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Arménio Carlos quer os utentes do Metro de Lisboa a apoiar a greve dos trabalhadores daquele que é um dos principais meios de transporte para milhares de pessoas que vivem e/ou trabalham em Lisboa. Uma greve que, diz o líder da CGTP, é em defesa do serviço público, para logo de seguida falar na falta de aumentos salariais e nos cortes que os trabalhadores do Metro sofreram nos complementos de reforma, como se a esmagadora maioria das pessoas não estivesse a ser afectada pela crise, em muitos casos de forma bem mais gravosa.
É caso para perguntar a Arménio Carlos se ser sindicalista implica ser estúpido. Será que ainda não percebeu que não vão obter o apoio de quaisquer utentes, que estes anseiam precisamente pela privatização do Metro e que quanto mais greves ocorrerem mais se reforça a legitimidade e a necessidade de acelerar o processo de privatização?
Esta é uma luta que os sindicalistas habituados a tornar a sociedade refém das suas reivindicações - egoístas e despropositadas na conjuntura em que vivemos - vão perder, mais cedo ou mais tarde. Felizmente.