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...de dar aos Estados o nome que escolheram. Quando a franja noroeste da Península Ibérica se auto-proclamou como país independente, auto livremente se denominou Portugal, com tal nome sendo conhecida até aos nossos dias. Quando a Holanda se auto-proclamou independente da coroa espanhola, fê-lo com o nome de Províncias Unidas e mais tarde, proclamada a Monarquia, como Reino dos Países Baixos. Idem quanto aos EUA, Bélgica, Roménia, Bulgária, Israel, todos os países latino-americanos, Guiné-Bissau (1973) e uma multidão de outros auto-proclamados: conservam hoje o mesmíssimo nome com que auto se proclamaram.
Temos então um caso insólito e por sinal, sintomático do ponto a que a Europa chegou. Um país que foi criado em territórios pertencentes à Síria e o Iraque, possui um poderoso exército; um país que possui um ministério da propaganda e outros serviços inerentes à condição de Estado; um país que tem um dirigente e uma bandeira internacionalmente conhecida; um país que bate moeda e descaradamente procede a transacções internacionais e conta com a geral animosidade do Ocidente nos quais se engloba a Rússia, vê muito injustamente ser-lhe negada a denominação que ele próprio escolheu. É islâmico? É, qual a dúvida? É um embaraço? Nem por isso, apenas o sendo para o imperante espírito collabo - nomeadamente das autoridades francesas -, para os timoratos e fosquinheiros que pontilham os departamentos estatais europeus e pior ainda, para a genericamente imbecilizada e frouxa opinião, essa sim auto-proclamada politicamente correcta.
Pois deixemo-nos então de subterfúgios que à légua denotam fraqueza, temor e rendição própria dos appeasers e demos-lhe finalmente o nome: Estado Islâmico, o mesmo que hoje, ao cometer um ofensivo crime que lhe é tão comum e que conta com acções semelhantes e aos milhares no Médio Oriente - não na Europa -, acabou de ostensivamente declarar guerra à força mais poderosa do planeta.