Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
O Partido Socialista (PS) está a ter dificuldades em engolir em seco. Não está a conseguir encaixar o que se está a passar e a Ana Catarina Mendes Pedroso é o exemplo vivo de alguém que ainda não entendeu as transformações em curso no nosso mundo. Sempre existiram bons e maus comunistas, péssimos e excelentes social-democratas ou medianos e magníficos socialistas. A Taxa Social Única simplesmente não serve de bitola do que quer que seja. Em causa está a natureza parcelar da Política. São causas avulso que permitem distinguir uns de outros. Ora assumir de antemão a vontade de outrém roça a sobranceria autoritária. Sempre dei o braço a torcer e aplaudi a iniciativa do homem livre, desprovido de ensinamentos de mestres e ideologias caducas. Não se podem erguer muros em torno de reservas oportunistas. Até parece que a concertação social é uma invenção do Largo do Rato e da Esquerda. Errado. Desde sempre, desde Chicago, se quisermos, as negociações entre trabalhadores e patrões, assalariados e pagadores, decorreram, tratando essencialmente de matérias validadas intrinsecamente e não por ditames ideológicos. O Partido Social Democrata ou o Bloco de Esquerda, para todos os efeitos, podem e devem quebrar a "alegada disciplina ideológica" que o PS reclama como regra de ouro. Isso faz vibrar a democracia. Existem social-democratas comunas, como existem socialistas de extrema-direita, mas não significa que sejam nem peixe nem carne. Se não querem ver com olhos de ver, então estão metidos em grandes sarilhos. A NATO já não é a NATO, a União Europeia já não é a União Europeia, a Presidência dos EUA já não é a Presidência dos EUA, mas o PS continua igual a si. Geringonças há muitas. Depende da perspectiva.