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Geringonça, por quem os sinos dobram

por John Wolf, em 07.12.16

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Onde é que eu ia? Ah, muito bem. Já sei. Distraí-me com a Caixa Geral de Depósitos, o desastre aéreo na Colômbia  o apuramento para os oitavos, a meia de elástico da Tadeu e as promoções do Pingo Doce. De maneiras que é assim. Os italianos de Nápoles não foram simpáticos, mas os italianos de Itália também não estão a ajudar - Referendo para que te quero. Antes de começarem a bater no Commerzbank e a chamar nomes aos alemães, lembrem-se que foi inaugurada a época natalícia, que entramos em pleno na época de paz, embustes e promessas grandiosas para o ano que vem. O Banco Central Europeu (BCE) já sabe o que António Costa tem vindo a negar: Portugal é candidato a um dos lugares cimeiros da crise europeia. Daí que Draghi e companhia já tenham ameaçado manter a compra de títulos de dívida nos estados-membro em apuros ao ritmo de 80 mil milhões de euros até ao final de Setembro de 2017. Ou seja, o mercado já está a descontar a crise europeia que parece passar ao lado da geringonça. O timing para se estar no sector da banca não poderia ser melhor para patrões e para detentores de acções de instituições financeiras. O dinheiro fresco ficcionado pelo BCE vai directamente para a toxicodepêndencia monetária de países como Portugal, embora tenha sido pensado para o cliente italiano (não se esqueçam da Grécia). Depois temos as outras autárquicas de arrumação política-monetária - o Brexit efectivo que causará mossas nos planos bi-quinquenais de Costa. E não há nada que se possa fazer para barrar o que se passa para além da Mancha. Que fique esclarecido: as obras de Medina nas artérias de Lisboa não são investimento. Não geram produtividade. São florzinhas de estufa. Os putativos ciclistas que farão uso das vias verdes que estão a ser plantadas, baixarão o colesterol, mas não serão um alívio para o Serviço Nacional de Saúde. Há taquicardias que não podem ser evitadas. Invistam fortemente no Natal.

publicado às 11:57


5 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 09.12.2016 às 12:13

O Costa, António, pode relativamente ir dormindo descansado até às próximas eleições alemãs, pois aterrada com o furacão que desencadeou no seu próprio país, a actual Chanceler deve ter dado ordens no sentido de não molestarem muito os países incumpridores. Quer ganhar as eleições seja de que forma for.


Apesar da descarada censura que é contornada através do fácil acesso popular e não populista - populista é ela e os negacionistas de Lisboa a Berlim - ao feicebuque e ao youtube,  por sinal existirá um plano para uma ríspida repressão a quem se atrever a espalhar as verdades que o governo não quer ver por razões óbvias. Merkel justamente tem estado em queda livre e do lado de lá do Atlântico veio um aviso que deverá ser tomado como sério. A nova grande heroína da esquerda europeia foi reeleita "com 90 e tal por cento dos votos" da verdadeira CDU e veremos se isto será suficiente para daqui a um ano não ser relegada para a história, como um mero ersatz do Marechal Paul von Hindenburg. 

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