Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Insurgindo-se contra uma parte de um artigo de Pacheco Pereira, há quem ande há dias sem conseguir ultrapassar o que aquele assinalou a respeito de uma observação que Cavaco Silva faz no seu mais recente prefácio. A dada altura, afirma Pacheco Pereira:
O Presidente fez isso e, apontando números de crescimento que todos sabem não ser realistas, chegou a mais de 20 anos do mesmo.
Vejamos, agora, a que passagem do Presidente da República se referia Pacheco Pereira:
Pressupondo um crescimento anual do produto nominal de 4 por cento e uma taxa de juro implícita da dívida pública de 4 por cento, para atingir, em 2035, o valor de referência de 60 por cento para o rácio da dívida, seria necessário que o Orçamento registasse, em média, um excedente primário anual de cerca de 3 por cento do PIB. Em 2014, prevê-se que o excedente primário atinja 0,3 por cento do PIB.
Da leitura da insurgência que se vem verificando, chega-se, portanto, à conclusão de que o seu autor acredita que os números supra são realistas. Trata-se de um proeminente conhecedor da ciência económica que gosta de apodar outros de arrogantes para sustentar as suas crenças.