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o autor da « Enfermaria do Idioma », com a autoridade de quem mostrou, no muito que escreveu, cuidados tamanhos com a Língua da Pátria Grande, vem nesse seu escrito zurzir, em acto premonitório, já se disse, o que houveram por bem designar acordo ortográfico, em dia de falha inspiração; aborto, veio depois a correcção.
Certeiro, quando escreve: " Letras aparentemente ociosas campeiam em qualquer Língua aparentada com o Português. Alguém convencerá o Espanhol a suprimir o d de soledad? Alguém convencerá o Francês a suprimir o t de gilet? Dirá o espanhol que o d lhe abre o a. E o Francês que o t lhe abre o e.
Antes o " gilet " fique sem botões do que sem e aberto - diria o Francês com aborrecida graça, a quem lhe propusesse a supressão do " t ".
Nós, se nos quiserem tirar o c de espectador, somos capazes de concordar. Não diremos que o c abre o que tem às costas, não diremos que é preciso distinguir espectador de espetador, não diremos nada. Nem sequer diremos que o c , em muitos casos, deve subsistir para nos não divorciarmos de civilizações latinas, próximas da nossa civilização. Haja em vista o c de actor e outros. "
Como estava longe, João de Araújo Correia, dos Malaca Casteleiros. Mas previu que eles nos pudessem surgir pela frente. E disse-nos para resistirmos.