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Podemos concluir que o jornalista Alexandre Abreu é o mérito em pessoa. O imposto sucessório é o mais justo dos impostos? A época de caça aos bens dos outros está oficialmente aberta. Até parece que o jornalista em causa não é português. E ofende tanta gente que teve uma vida honrada e suada para juntar algo para os filhos. Insulta o Sr. Ermelindo que se fez à estrada e chegou a França nos anos sessenta com pouco mais do que a quarta classe, e que trabalhou décadas a fio para montar uma empresa de construção. Uma vez tornado a Portugal com o pé-de-meia de uma vida esforçada, constrói a sua vivenda, e cumpre uma promessa antiga - ter o melhor restaurante lá na Beira-Baixa. Os filhos, amparados pelas mãos calejadas do pai, não irão conhecer a dureza do betão. Em vez disso, dão expressão intelectual às suas existências. Um forma-se em medicina e o outro conclui um MBA e pega no caminho já traçado pelo pai e abre uma pequena empresa de aluguer de equipamento de construção. Ao todo, o património do pai vale um milhão e meio de euros, mas o Sr. Abreu, numa manhã de restauros e conservações, decide bater à porta e apontar uma pistola e dizer: passa para cá 40% do teu bolo, porque os teus filhos são uns mandriões, uns preguiçosos. É isto justiça económica? Não me parece. Façam como o Hollande. Apliquem a tabela dos 70% ao património alheio para ver o que acontece.