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O relógio democrático da União Europeia determinou que não deve haver mudança da hora de Verão para aquela de Inverno. Para dizer a verdade, estou verdadeiramente a borrifar-me para a matéria, especialmente tendo em conta que me encontro em Portugal. Sarcasmos, cinismos ou entropias à parte, este país vive no seu próprio fuso horário. A tal reunião marcada na sede com o director do departamento de comunicação estava agendada para as 10h de terça, mas o Sr. dr. (dr. da treta, da tanga, da cueca...ou do raio que quiserem) chega ao meio-dia e um quarto - não esboça arrependimento nem roga perdão - siga para bingo. Sinto aqui mandrionice à mistura; sair de casa quando ainda está escuro? Oh, raio! Cresçam e apareçam. Daqui a nada inventam uma ponte cronológica e uma tolerância de hora morta. Para não falar de Agosto, o lindo mês de Agosto em que nada há a fazer - o serviço apenas reabre a 17 de Setembro. A Geringonça, e em particular o Bloco de Esquerda, gosta de pegar neste tipo de bicho pelos chifres para lançar teses sociológicas respeitantes ao direito ao descanso e rituais de acasalamento. Quando a malta quer, arranja sempre tempo. E esse tempo geralmente acontece à custa da pontualidade alheia, nativa ou exógena. Não se esqueçam - um relógio avariado oferece a hora certa duas vezes ao dia. É aproveitar.