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«Mais eis que, agora livres do peso de funções oficiais, ao abrigo do invejável título de ex-ministros, tudo o que dizem parece estar certo e carregado de sensatez, quando antes era tudo ao contrário. Agora têm soluções para todos os problemas e conseguem detectar falhas de calibragem na mais discreta medida. Curiosamente, se a memória não me falha, desde que aderimos à UE nenhum ex-ministro das Finanças alguma vez regressou à função em data posterior. Trata-se de uma infelicidade nossa porque, muito claramente, o ideal era ter um ministro das Finanças que fosse um ex-ministro das Finanças. Como o circuito da carne assada das conferências nos demonstra repetidamente, um ex-ministro das Finanças que fosse ministro das Finanças endireitava Portugal em 100 dias.»

 

Paulo Gorjão, «A sapiência que chega sempre atrasada», no Bloguítica.

publicado às 03:50


1 comentário

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De Jose a 21.03.2014 às 05:48

Acho o comentário que cita perfeitamente despropositado. aliás, o  artigo que é suposto ilustrar o comentário, não ilustra coisa nenhuma. Pode ler-se: «prioridade nacional que está condicionada às regras do pacto de estabilidade e crescimento». Agora, há que saber ler, saber o que é o PEC, e recordar a situação orçamental que se vivia na altura.  


MFL foi das primeiras pessoas a sublinhar o problema do endividamento numa altura em que ainda só se falava do défice. Nas eleições de 2009 disse várias vezes (a propósito das megalomanias socráticas): «não há dinheiro para nada». Devia ter dito mais alto. Pois devia. Não devia ter dito outra coisa porque as pessoas só ouvem o que se lhes grita. É evidente. Ninguém ouviu. Nessa altura, lembro-me bem, o Sr. Coelho dizia que tinha de haver uma política para o crescimento e recusava demarcar-se dos tais grandes investimentos. Temos o que merecemos. 


Esta falta de memória, este exercício continuado que consiste em reduzir tudo ao mínimo múltiplo comum, além de ser uma injustiça para com as pessoas credíveis que dedicaram anos da sua vida ao serviço da causa pública, é sobretudo uma excelente maneira de desresponsabilizar os incompetentes e os corruptos. Essa gente, que não se sabe de onde vem, mas que sabe bem para onde vai - empresas com capitais públicos, ou que vivem de dinheiros públicos.    


Continuem a bater na coitada da MFL. Como na caricatura do Bruno Nogueira, ela  vai fazer a sopa ao neto. 

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