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Com uma indesejável frequência, muitos dos que pastoreiam a nossa bela nação escudam-se no realismo para tentar justificar o que muitas vezes não tem justificação, em especial em matéria de política externa. Mas como, na verdade, desconhecem o que seja o realismo em política externa, ainda não aprenderam com britânicos e norte-americanos - os que mais teorizam e praticam o realismo em política externa - que lá porque seja conveniente termos relações e negócios com países com regimes políticos pouco recomendáveis, não quer dizer que tenhamos de ser capachos destes países ou, pior ainda, dedicar-lhes encómios. Aliás, nestes casos, aquilo a que o realismo obriga é a uma certa discrição - ou, mais prosaicamente, a saber que, o mais das vezes, o melhor é mesmo ouvir, ver e calar.