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O regime no seu esplendor

por Samuel de Paiva Pires, em 21.01.19

cgd.jpgOs pequenos devedores lá vão fazendo o que podem para pagar as suas prestações, quando em risco de incumprimento mal conseguem renegociar os seus créditos e aqueles que entram em incumprimento não se livram de ter as empresas de cobrança de créditos à perna durante anos, sem esquecer que são ainda incluídos na lista negra do Banco de Portugal, ficando impedidos de contrair empréstimos junto de qualquer instituição bancária. Por isso, da próxima vez que pensarem em pedir um empréstimo à CGD não sejam tímidos. Peçam logo em grande e não dêem quaisquer garantias. Se a coisa correr mal, paga o Zé Contribuinte. Não conhecem ninguém na Administração? Azar o vosso. Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais que outros, já dizia Orwell. Talvez esteja na hora de pararmos de brincar com o erário público e privatizarmos a CGD. E já agora, se não for pedir muito, responsabilizar criminalmente quem esteve nas Administrações que autorizaram estes empréstimos escandalosos.

publicado às 22:08


5 comentários

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De Paulo Salaberth a 05.02.2019 às 10:55

Estava tudo a correr bem até que de repente se sugere privatização para um problema na banca pública...
Não faltam exemplos de banca privada 'bem gerida'.
Obrigado pelo cuidado.
Bem haja.
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De Samuel de Paiva Pires a 07.02.2019 às 16:33

Claro, mas ao abrigo das mais recentes regras da União Europeia para resgates financeiros a bancos começar-se-á por um bail-in e só em último recurso é o erário público chamado. Com a CGD, sendo um banco público, é o que se sabe. Ao contrário de muitos liberais e socialistas, não acredito nos dogmas da superioridade da gestão pública ou da privada. Simplesmente, no caso desta última, creio que se deve deixar o mercado funcionar e punir devidamente as instituições que são mal geridas, em vez de continuarmos a privatizar lucros e nacionalizar prejuízos.
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De Paulo Salaberth a 07.02.2019 às 17:12

Estava tudo a correr bem até ao 'deixar o mercado funcionar'.
Não faltam exemplos da perfeição do mercado autoregulado.
Obrigado pelo cuidado.
Um bem haja.
Até sempre.


Ps.: não se digne responder. Esta 'troca' tem os dias contados.
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De Samuel de Paiva Pires a 07.02.2019 às 17:17

Porque é muito melhor continuarmos a brincar às nacionalizações e aos riscos sistémicos, espoliando o erário público ou irmos mais longe e matarmos o mercado, o que tem tido sempre excelente resultados em países socialistas.
Já ensinava Aristóteles que para cada argumento há um argumento contrário. Há exemplos de tudo e do seu contrário. E sim, há situações em que, efectivamente, se deve deixar o mercado funcionar, ainda que não seja defensor do laissez faire que apraz aos libertários. Sou um conservador adepto da heterodoxia e anti-dogmático, mas percebo que seja mais fácil discutir com espantalhos e ideias simplistas. 
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De Paulo Salaberth a 08.02.2019 às 11:52

Nem um, nem o outro. 
'No meio está a virtude'.
Por isso lhe pedi para não responder.
Obrigado.

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