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Observador

por Nuno Castelo-Branco, em 19.07.14

 "A grande questão é saber quanto tempo pode um Estado democrático e de direito, como Israel, sobreviver a uma guerra sem fim. Por enquanto, tem os meios materiais necessários. Mas até quando? É que se um dia lhe faltarem, não teremos muito tempo para lastimar Israel."

publicado às 12:05


5 comentários

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De xico a 19.07.2014 às 17:38

Nuno,
Para Israel ser um estado de direito teria de entregar as terras aos refugiados que foram expulsos do território de Israel e acolhê-los como cidadãos de pleno direito. Depois teria de se posicionar dentro das fronteiras definidas pela ONU. É que ao contrário do que um comentador disse no Observador não é Maomé e o Islamismo que definem o que é um árabe. Este povo, os árabes, habitam aquela zona há tanto tempo como os judeus, até porque têm a mesma origem. Se a Bíblia pode servir para definir direitos então que se lembrem que ambos descendem de Abrãao. Um cidadão português ou americano que professe a religião aceite por Israel não pode ter mais direitos de cidadania do que aqueles que nasceram e descendem dos que sempre ali viveram. Pelos critérios sionistas até os Braganças, Jorge Sampaio ou a Daniela Ruah podiam ser cidadãos em Israel mas os refugiados da Palestina não.
O sionismo foi e é um erro histórico e é responsável por este desastre humanitário. É preciso reparar esse erro com justiça e equidade. Coisa que falta a ambos os lados.
Israel não é assim um estado de direito. E é por recusar acolher os eleitores que ali pertencem que se pode dar ao luxo de ser democrático.
O Nuno e eu sofremos a injustiça de ver recusada a nossa verdade nacional num território onde nascemos e onde nasceram os nossos pais, à luz do critério de quem chegou primeiro. Devia imaginar o que sofrem os refugiados palestinianos que não conhecem nem têm outra pátria de origem onde se acolherem.
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De Nuno Castelo-Branco a 20.07.2014 às 16:56

Estou totalmente de acordo consigo e apenas ressalvo o interesse ocidental na manutenção do facto consumado que é Israel. Creio que Rui Ramos não fugirá muito a esta regra, por muito que decerto lhe desagradará a acção dos governos israelitas. Compreendo muitíssimo bem aquilo que os palestinianos reivindicam, pois tal como eles, nós, os alemães do leste e outros passámos pelo mesmo, sem que a comunidade inetrnacional jamais nos tenha reconhecido quaisquer direitos. Aliás, não tenho memória curta e jamais esquecerei da vergonhosa política de Ben Gurion e Golda meir a respeito de Portugal, enquanto da forma mais descarada aproveitavam o bote de salvação que era a base das lajes. o que ganhámos com isso? Sanções na ONU apoiadas por Telavive, campanhas de ouro pretensamente "nazi", etc. Dos americanos, idem, lembrando-lhes apenas os crimes cometidos no Vietname e a negação da ajuda ao seu aliado português.


Do que duvido  é da intenção "islâmica" de um súbito apaziguamento nas relações com o ocidente após a hipotética resolução do caso do Médio Oriente. Visto o islão ser hoje (também) uma ideologia com clara repercussão nas relações entre os Estados e pior ainda, ser retintamente expansionista, agressivo, desrespeitador dos direitos das gentes - nós os "gentios", os "infiéis" -, há que podnderar seriamente a conveniência do apoio a certos grupos que mais tarde se virarão contra nós. Isto é a realpolitik que não se compadece com as gritarias ao estilo SIC. Alguém tem hoje a menor hesitação acerca do que Moçambique ou Angola seriam em 2014, no caso dos acontecimentos de 74 jamais tivessem ocorrido? Digo-o abertamente a quem quiser escutar: 1974 consistiu num desastre que tanto nós - por cá - e eles - por lá - pesadamente pagam da pior forma. 


Embora me desagrade de sobremaneira tudo aquilo que vamos vendo, ouvindo e lendo acerca do conflito na Terra Maldita - essa mesmo apodada de "santa" -, a situação parece-me extremamente complexa, fugindo à percepção até do mais conhecedor e interessado. veja o caso sírio e as patifarias que os nossos aliados lá promovem, Israel incluído. Isto, sem sequer recuar trinta e cinco anos e aos desagradáveis e trágicos acontecimentos de Teerão. 
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De xico a 20.07.2014 às 22:30

Nuno,
Eu não me posiciono em qualquer dos lados. Ambos querem e alimentam esta guerra e nada fazem para acabarem com ela. Quanto ao Islão, como sabemos ambos, convivemos de perto com ele entre vizinhos e campanheiros de carteira. Lembro-me bem da reverência de muçulmanos à imagem da Senhora de Fátima e da forma cordial e amigável em que convíviamos todos. Mas não sou dos que diabolizam as cruzadas, muito pelo contrário. Considero que foram as Cruzadas o grande empreendimento que ajudou a Europa a ganhar consciência de si mesma. Talvez que este espírito nos anime de novo. Não a fazer a guerra ou a conquistar territórios, mas a defendermos o que é nosso e a lutarmos pelo nosso modo de pensar e viver.
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De Nuno Castelo-Branco a 21.07.2014 às 09:59

Xico, este islão pouco ou nada tem em comum com aquele dos tempos da nossa escola em Moçambique. Nada. Uma minoria transformou-o numa espécie de ideologia violenta e expansionista embora ainda acredite tratar-se de um fenómeno ampliado por aquela minoria muito activista que nos entra em casa através do noticiário. no entanto, a verdade é que os chamados "moderados2 não reagem, estão confinados á defensiva pelo silêncio. Ainda não perceberam o que está em causa. Estamos no tempo em que na Europa há quem exija o fim das procissões, o fim do toque de sinos, a proibição da celebração pública das festividades na Páscoa e no Natal e até as procissões! Tudo isto ofende "Alá" e/ou o "Profeta", dizem eles. Em França, na Bélgica, Holanda e R.U.  a situação é catastrófica e parece-me que estão a abrir o caminho aos que teoricamente são seus inimigos ferrenhos. 

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