Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Os media fascistas

por John Wolf, em 10.11.16

media-bias.jpg

 

Não irei poupar-me a termos e qualificativos de grande repúdio dos Media. E incluo na admoestação os meios de comunicação social locais, as antenas cá do burgo, as redacções europeias, os jornalistas-estrela e as suas empresas de inquérito de opinião. Como é que se puderam enganar de um modo tão flagrante em relação ao desfecho das eleições presidenciais nos Estados Unidos? A resposta: não se enganaram. Não foi um erro. O que aconteceu foi algo mais cínico. A comunicação não é livre, se é que alguma vez foi. Os canais de televisão pertencem ao aparelho. As networks pertencem ao establishment. É sobretudo a Esquerda que apregoa a liberdade de expressão, mas não a vejo indignada com os sucessivos enganos. E sabem porquê? Porque todos, sem excepção, alimentam a mentira. Todos sem excepção estão nas mãos de conglomerados de comunicação que os próprios criaram. O que aconteceu deveria implicar a criação de comissões para investigar as práticas convencionadas pelas empresas que realizam os inquéritos de opinião. Numa escala mais pequena, mas igualmente preocupante, também em Portugal os Media se encontram na dependência de poderes instalados. A eleição de Trump, se é para partir a loiça toda, e realizar um reset, não deve excluir uma abordagem transversal à questão. Quanto custa a mentira? Quem dá a ordem para a decepção? Se não obtivermos a resposta, apenas existe um termo a aplicar aos Media: fascistas.

publicado às 10:50


7 comentários

Sem imagem de perfil

De Anónimo a 10.11.2016 às 22:45

O que se passou nos EUA, e até certa medida no Reino Unido com o referendo, é recorrente em Portugal. As sondagens dão sempre um ascendente artificial ao PS para tentar criar a ideia de que o partido vai ganhar e assim levar os eleitores indecisos (que são sempre muitos nas nossas eleições) a votar no partido que vai à "frente" e reforçar a "vitória" socialista. 
Em Portugal as sondagens não procuram produzir um resultado aproximado do que será o resultado nas urnas, mas induzir a um determinado voto nas urnas. Para tal, usa-se a amostragem mais adequada, e terá sido aqui que as sondagens falharam nos EUA também. 
Se em Portugal existe uma clara manipulação da parte de empresas como a Eurosondagem (é um escândalo como a ERC ainda deixa esta fraude ao serviço do PS andar a fazer "sondagens"), nos EUA não sei até que ponto houve inadequação, ou mesmo manipulação também.


Ainda sobre o resultado das eleições americanas, o Donald Trump pode ser rude, egocêntrico, etc., mas de parvo não tem nada. Ninguém constrói os negócios que ele construiu num país competitivo como a América se não for inteligente. O seu programa em política externa é muito vago, mas concordo com a maioria das críticas que ele fez à política externa de Obama e à responsabilidade da Hillary na mesma. A administração Obama criou o Estado Islâmico, das piores coisas que a humanidade já viu. Se o Bush e o Blair cometeram crimes de guerra no Iraque, como diz a esquerda, o que dizer de Obama e de Hillary Clinton? E afinal, o que pretendem com a Rússia? Para quê meter a Ucrânia na NATO se não há unanimidade no país e isso equivale quase a uma declaração de guerra à Rússia? Quem é a potência agressiva aqui? 
O Putin pode ser um déspota, mas a Rússia tem direito a ter interesses e a sentir-se segura. 


Veremos como se comporta Trump na Casa Branca, mas já vimos que na política partidária ele foi impiedoso. Nos debates das primárias republicanas humilhou autenticamente os seus oponentes, chegando a deixar Jeb Bush à beira das lágrimas. Usou uma linguagem directa e brutal que captou a atenção do público, pois dava uma ideia de força, exactamente aquilo que o eleitorado de direita não vê no presidente cessante. 

O estilo de Trump pode ser algo chocante, mas daí a concluir que ele é um idiota, é uma estupidez. Quando ele assumir a presidência acredito que os seus níveis de popularidade subirão rapidamente, porque será o tipo de presidente com quem o americano médio não se importaria de beber uma cerveja. Vai uma aposta?
Claro que a "Europa" ficará horrorizada, mas para quem tem políticos como o Hollande, mais vale estarem calados.

Comentar post







Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2007
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D

Links

Estados protegidos

  •  
  • Estados amigos

  •  
  • Estados soberanos

  •  
  • Estados soberanos de outras línguas

  •  
  • Monarquia

  •  
  • Monarquia em outras línguas

  •  
  • Think tanks e organizações nacionais

  •  
  • Think tanks e organizações estrangeiros

  •  
  • Informação nacional

  •  
  • Informação internacional

  •  
  • Revistas