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Passos Coelho acaba de empossar o governo de António Costa. O primeiro-ministro promove os socialistas ao seu mais alto nível de usurpação. Certamente que conhecem a expressão:"contra uma porta aberta não vale a pena empurrar", e, nessa medida, como já havia escrito noutras ocasiões, o PSD e o CDS devem deixar a nova Esquerda demonstrar a amplitude das suas contradições. Deixem-nos utilizar a sua varinha mágica. A mesma que gera aumentos de salários, reposições de pensões, que acaba com as privatizações, que diminui a dívida pública e privada, que disciplina a banca e os especuladores neo-liberais, que cria impostos sucessórios pesados ou que lança obras públicas megalómanas. Portugal tem todo o tempo do mundo para suportar todas as experiências, para se afundar novamente, para repetir a história recente. O PS apenas quer apresentar um orçamento. Vive obcecado com essa ferramenta de execução governamental, como se não houvesse nada mais a acrescentar ao desígnio nacional. António Costa quer respeitar os compromissos europeus, mas ainda não percebeu que o continente está a mudar. Quero saber quem irá ser o Centeno dos negócios estrangeiros. Será Freitas do Amaral o novo responsável pela política externa deste país? Não seria mal visto. Os bons serviços devem ser recompensados. Essa é a lógica conceptual do PS. Colocar gente de confiança nas juntas de freguesia, nas chefias de repartições públicas e nos quadros de grandes empresas. Se houver chatice, basta virar as costas. Fingir que Armando Vara é nome de cantor e José Sócrates alcunha de outras sortes. Não vale a pena insistir na tese da banana pequena. Cavaco poderá prestar um último serviço ao país, e daqui a uns meses quando estiver a gozar a reforma na praia da Coelha, poderá dizer: eu bem que avisei.