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O Partido Comunista Português (PCP) sempre foi o moralista supremo, o campeão da ética, a auto-proclamada voz da verdade, o exemplo de justiça, o símbolo-maior de liberdade, a bandeira do universalismo dos valores humanos, o farol dos direitos dos trabalhadores, o adversário dos capitalistas, o dono da isenção ideológica, o santo padroeiro da inovação política, o exemplo-maior de fulgor existencial, o muso inspirador do cancioneiro nacional e da estrofe lusa, o intérprete exclusivo da ideia de governação, a excelsa repartição de pensamento e filosofia, o único agente da transformação civilizacional, o derradeiro instigador de revoluções e mudança de paradigmas, o timoneiro do pacifismo, o libertador das correntes do colonialismo e da opressão...e, mesmo dispondo desse património rico, bastou um genro e uma rosca para deitar abaixo tanta presunção e água-benta.