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Não revelo a fonte aliada de Portugal que me transmitiu o seguinte: os portugueses julgam que se encontram à margem das reais intenções do Estado Islâmico. À medida que os "hard targets" trancam as portas e apertam o seu grau de vigilância, os "soft targets" sobem na classificação de alvos apetecíveis. Portugal, de acordo com esse critério, preenche os requisitos da efectiva tangibilidade. Está à mão de semear. A mentalidade colectiva sempre reforçou a falsa premissa - isso é lá com eles. Mas existem mais pedras no sapato. As guerrinhas domésticas, que afligem os organismos e as estruturas, alegadamente com responsabilidades maiores na implementação de modelos securitários. As quezílias e dissabores que parecem ter sido instigados pelas mais recentes decisões governativas confirmam os nossos maiores receios. O inimigo é doméstico. A politiquice é uma espécie de fundamentalismo que afasta e extingue a competência daqueles que deveriam implementar modelos de gestão de ameaças e exercer as suas funções sem o ónus das filiações ideológicas ou partidárias. Exige-se ao actual primeiro-ministro que saiba estar à altura da realidade geopolítica, que entenda que não temos tempo para brincar com fogo.