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Portugal não pode dar-se ao escusado luxo de ter deficientes relações com qualquer um dos países onde tenha, mercê da história, exercido qualquer tipo de soberania, fosse ela longínqua como naquelas paragens asiáticas - Índia, Ceilão, Birmânia, Tailândia, Malásia, Indonésia, China e Japão -, como noutros temporalmente mais próximos, na América do Sul, África e Oceânia. São os nossos aliados históricos e isto deveria ser sentimentalmente tão válido como a aliança luso-britânica.
A vinda do muito corajoso presidente angolano a Lisboa é um sinal de um possível recomeço numa relação multissecular, onde no mapa surgiu uma Angola unificada que deve as suas fronteiras a Portugal, fossem elas ditadas pelos acasos da política local, ou pelo seu delimitar como resultado da Conferência de Berlim. Esta é uma trivialidade tão conhecida em Luanda como na capital portuguesa e ultrapassados os complexos após quatro décadas de independência, há que rechear os ditos fáceis da oratória, com resultados concretos.
Foi bem recebido e muito merecidamente com todas as honras.
* Nota: nada nos poderá surpreender quando atitudes nos chegam através do único e odioso partido fake news, Panem et circenses com assento parlamentar. Digno sucessor da contra natura aliança UDP/LCI, possui um espantosamente inesgotável cardápio de antiportuguesismo, não hesitando em cometer todo o tipo de baixezas que roçam a vulgar ordinarice. A última foi a atitude após o discurso de João Lourenço, permanecendo grosseiramente sentados e sem sequer aplaudir um discurso mais do que aceitável, aquela pedra que por si tapa todos os buracos abertos inadvertidamente pela inépcia de ambos os lados. Não têm o menor resquício do sentido de Estado a que nem o cada vez mais respeitável PCP, muito escrupuloso cumpridor do protocolo e das instituições, escapa.
Já tinham feito algo semelhante na última sessão extraordinária do Parlamento, aquando da visita oficial de Filipe VI. Esta tarde repetiram a dose, com a agravante de J.L. significar agora e neste preciso momento, a possibilidade de um corte radical na praxis política até há pouco julgada eterna em Angola.
Neste tipo de duvidosa gente surgem os Pol Pot e outros genocidas deste mundo, pois é assim que funcionam os mais descerebrados esquerdistas, no presente caso nem sequer blasés por defeito ou virtude de classe. São apenas histéricos terroristas sociais. Dada a ignorância que campeia no eleitorado e a inveja que por cá impera, talvez seja impossível existir a felicidade de erradicá-los do mapa parlamentar na próxima eleição geral. Oxalá seja daqui a um ano conhecido pelo partido do tuk-tuk.