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Não se trata de um tema de campanha e muito menos uma arma de arremesso político. A calma é o que se aconselha quanto a este melindroso dossier da evacuação de nacionais estabelecidos na Venezuela. Estrondeia nas redes sociais um coro de indignações por aquilo que sucedeu num organismo qualquer da U.E. a propósito do voto português quanto ao notoriamente incapaz Maduro de Caracas. Por muita razão que os nossos comparsas europeus tenham, não atendem aos mesmos problemas enfrentados pelas autoridades de Lisboa, sejam elas de que partido forem. O que têm os portugueses em perspectiva? O número que uma vez mais se aproxima do milhão. Não estamos a falar de moedas ou de apostas, mas sim de pessoas que urge proteger.
A verdade é que o regime não pode nem deve falhar onde fracassou clamorosa e voluntariamente em 1974/76. Não pode, seria mesmo uma afronta ao interesse nacional.
Queremos então acreditar de tudo estar a ser feito para precaver uma catástrofe e assim, os assuntos que são simulltaneamente políticos e humanitários, deverão ser tratados de forma discreta. Contudo existem alguns indícios preocupantes, como os milhares já arribados à Madeira e deixados à guarda do governo regional, parte integrante da estrutura do Estado de direito que é Portugal. Não se vislumbram campanhas organizadoras ou recolectoras de fundos, os dizeres na imprensa são praticamente inexistentes, não se vê um único programa nos canais televisivos nacionais. Dir-se-ia nada estar a acontecer.
A palavra é dura e neste caso politicamente feia, mas real: refugiados.
Neste momento deveria o governo de Lisboa apresentar um plano de contingência em Bruxelas que aos refugiados da Venezuela fossem pelo menos concedidas as mesmas condições de integração como as oralmente garantidas aos que à Europa chegam de outras paragens. Está isto a ser feito? Não parece, é duvidoso e este caso deve ser tomado de rédea curta. Mantenhamos então a vigilância.