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Santana Lopes, o socialista

por John Wolf, em 07.10.17

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Proponho uma simples reflexão, um pequeno exercício. O Partido Social Democrata (PSD) está obrigado a encontrar um lider que possa contestar de um modo profundo e eficaz as soluções de governação da geringonça. E existe uma pequena fissura por onde entra alguma sombra de dissensão entre o Partido Socialista (PS), a Coligação Democrática Unitária (CDU) e o Bloco de Esquerda (BE) - as autárquicas puseram as comadres a ralhar, umas mais do que as outras. Mas limitemos o âmbito destas considerações ao tema da liderança no PSD. Sem nutrir preferências por putativas candidaturas, gostaria de ressalvar os seguintes aspectos de uma hipotética candidatura de Santana Lopes. Começemos então pelo seguinte; a questão da antiguidade, do repescar de velhas figuras de outros ciclos e mandatos políticos. O PS é um bom exemplo dessa prática museológica. Lá estão o Ferro Rodrigues e o Carlos César que julgávamos que tinham descalçado as botas do combate, encostado às boxes - não é o caso, estão aí cheios de Viagra. Ou seja, Santana Lopes tem legitimidade para pensar um regresso - tem a mesma idade política daqueles socialistas. Mas há mais, quiçá de índole incontornável. Que eu saiba, durante o consulado de Santana Lopes na Santa Casa de Misericórdia de Lisboa (SCML), não fomos confrontados com algo equivalente a um Processo Marquês, um escândalo de desvio de fundos para benefício próprio ou alguma forma de tráfico de influências. Por outras palavras, se Santana Lopes for o adversário a abater, o PS terá de esgravatar muito para fundamentar teses de roupa suja, de falência técnica ou ética. E há mais. A própria missão da SCML é mais socialista do que o socialismo do Rato. Assim sendo, Santana Lopes, e decorrente do conceito de redistribuição  de riqueza, é mais comunista do que Jerónimo e mais bloquista do que Catarina. Adiante. Avante. Não nos esqueçamos do seguinte; Santana Lopes está para Durão Barroso como Passos Coelho está para Sócrates. Ambos entraram para limpar borrada alheia, arrumar a casa e inverter processos de desarranjo político e económico. Ou seja, Santana Lopes, à falta de originalidade, tem argumentos que encaixam perfeitamente na matriz do poder instalado. António Costa deve ser considerado uma velha raposa, com a escola toda. Se um caloiro do PSD fosse promovido a regente, seria como entregar carne sacrificial ao rito de uma igreja ideológica e partidária que faz uso de todos os argumentos de desgaste e arremesso políticos. Vamos ver de que modo o PS volta a confrontar um seu velho adversário. No PS queriam o Rio, que é quase da casa, mas as bases do PSD já viram outros camaradas serem aliciados e depois corrompidos nos meses que se seguiram àquela noite longa de Outubro.

 

foto: Jornal de Negócios

publicado às 11:58


8 comentários

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De Anónimo a 07.10.2017 às 13:09

Santana Lopes poderá ser o comandante certo para a nave social democrata, durante os anos de tormentas que tem pela frente. Está mais velho, mais calejado e não se assusta com os pestilentos mostrengos socialistas que infestam as águas que vai sulcar.
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De Anónimo a 07.10.2017 às 21:31

concordo plenamente.
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De Joao Antonio Mota Asseiceiro a 07.10.2017 às 21:26

Santana Lopes foi um mau PM ? Nao nao foi.
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De Anónimo a 07.10.2017 às 23:34

Não foi mau, foi uma merda!
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De Anónimo a 07.10.2017 às 23:04

O problema do Sr.º Santana Lopes, é gostar e ter sucesso com as mulheres, o que provoca o ódio e inveja dos demais. 
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De Alain Bick a 08.10.2017 às 11:01


rio seco
'foste soldado artilheirona batalha do Buçaco.
levaste um tiro no traseiro,
ainda lá tem o buraco'
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De Anónimo a 08.10.2017 às 12:19

Quem demitiu Santana Lopes do Governo para por lá O Sócrates, não merecia estar naquele lugar. Esse foi um dos obreiros do país que temos, mas não o único. 
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De Anónimo a 08.10.2017 às 14:37

Como ponto prévio deveria ter assumido previamente a sua preferência política, a sua militância no PPD e, assim, o leitor ficaria informado do que viria a seguir ou mudava de página. Prometeu uma reflexão sobre o PPD mas, antes de cumprir o prometido, pôs-se a tergiversar sobre o PS, a CDU e o BE, uma «geringonça» oscilante, agravada com as autárquicas «que puseram as comadres a ralhar»...Esquecem, sem pudor, que o principio básico do acordo era a manutenção da identidade política e ideológica dos partidos integrantes. Eventuais divergências de opinião não significam rotura, dialoga-se e tem-se conseguido convergências úteis para os portugueses e portuguesas. Após o estabelecimento do acordo entre os partidos de esquerda, no seguimento das eleições de Outubro de 2015, os seus companheiros políticos, e certamente o senhor, vaticinaram a existência efémera daquilo a que Paulo Portas, hoje alto funcionário de um Banco estrangeiro, com intenções depreciativas, designou por geringonça. Dois anos e meio passaram e continuam a martelar em ferro frio, sem imaginação nem inteligência, apesar de todos os indicadores demonstrativos da melhoria da situação do país, quer do ponto de vista social como económico e financeiro o que obrigou, as chamadas agências de notação, a rever em sentido positivo, a notação de 
Portugal. Associem-se todos os partidos de direita, PPD, CDS, PPM e outros e, porque não, o PNR, mas deixem a esquerda governar, a nível central como nas autarquias, para bem de todos os portugueses.

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