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Muito obrigado. Passei a ver UBERs em tudo e mais alguma coisa. No jornalismo - a realidade não pertence aos media nem aos repórteres. Na imperial - a cerveja à temperatura certa a 50 cêntimos mesmo ao lado do Mercado da Ribeira. Nos cabeleireiros - o mesmo corte, a mesma permanente, e mais qualidade a um preço razoável. Nas oficinas de reparação automóvel - com as mesmas garantias e a um terço do preço. Nos serviços de advocacia - o mesmo processo, a mesma lei e os honorários conforme o desfecho jurídico. Nas telecomunicações - o custo de roaming a desaparecer. Enfim, UBER existe desde sempre. Desde Adam Smith. Desde a teoria das vantagens comparativas. O país que descobriu o mundo, que navegou mares desconhecidos e trouxe prata e marfim, ouro e especiarias, é o mesmo que inventou a UBER. Quando Portugal se fez aos mares alterou por completo a estrutura da economia mundial, dinamitou as relações laborais e volvidos séculos continua a encher o peito dos portugueses com um sentido de orgulho muitas vezes questionável, contraproducente. Fizeram a revolução há 42 anos? Pois bem. Foi para isto mesmo. Para que o espírito empreendedor se pudesse libertar. Quem não entende o que está em causa não entende o processo civilizacional. O de Elias ou de outro qualquer.