De Makiavel a 04.01.2015 às 15:24
Que blog mais pífio!
Primeiro: Mário Soares não é um cidadão igual aos outros. Foi primeiro-ministro, presidente da república e (agora manifestando a minha opinião) um dos fundadores da democracia parlamentar portuguesa e um dos defensores primeiros da aproximação de Portugal ao modelo político europeu, em épocas conturbadas de experiências de socialismo à portuguesa e democracias populares afro-latino-americanas. Bem podem os (actuais e de sempre) detractores de Mário Soares tentar menorizá-lo, mas ou caem na deselegância e falta de argumentos que a referência à sua actual idade mostram, ou em insinuações torpes acerca da sua honorabilidade. A catadupa de comentários sobre a pessoa de Mário Soares demonstram que ele não é um português igual aos outros, mas com isso não se coloca acima da lei (abaixo dela é que também não).
Segundo: é manifestamente ridículo vir clamar contra o suposto condicionamento da justiça e o seu vilipendiamento (passo o neologismo) com as declarações inflamadas que faz à porta do EP de Évora. Comparadas com os títulos, insinuações, meias verdades e rotundas mentiras que o correio da manha vem lançando diariamente há vários anos, as declarações de MS não passam de desabafos de quem acha que este processo está profundamente desequilibrado e inquinado desde o seu início.
Será que vilipendia mais a justiça quando "declara a inocência imaculada de José Sócrates" do que aqueles que declaram a sua culpabilidade sem remissão, como parece ser o seu caso? Quem colocou este caso na praça pública fê-lo com o propósito de levar o julgamento para esse terreno, apostando na desigualdade de armas. Enganaram-se no visado, se pensava que ia ficar calado.
De FS a 04.01.2015 às 19:03
Não é igual porque tem cheiro. E cheira mal. Qualquer monte de esterco, cheira mal, muito mal. Algumas Fundações suportadas por dinheiro sujo de banqueiros desonestos, também cheiram mal, muito mal. Em Évora também cheira mal, muito mal. Também lá está um grande monte de esterco. O grande problema é que o cheiro mau, muito mau, dos montes de esterco é prejudicial à nossa saúde. É urgente que alguém erradique os montes de esterco.
De JCorreia a 04.01.2015 às 19:25
Pedir a intervenção do Presidente da República para resolver questões do foro judicial, não me parece muito democrático. Parece-me mais com alguém que tem a mania que é dono disto tudo. O Dr. Mário Soares, só pôs os pés em Portugal passados três dias após a revolução. Só quando estava tudo garantido... e calmo o suficiente. Todos os dias tenho pedidos exasperados de ajuda de instituições de solidariedade. Todos os dias me pedem dinheiro para acudir a crianças que passam mal... e não há dinheiro. Só há dinheiro para fundações gastarem em Ciência Politica e sustentar este tipo de pessoas. Estou triste com isto tudo.
De Makiavel a 04.01.2015 às 20:47
O pedido, que ele sabe não ter seguimento nem cabimento, insere-se na luta pessoal que Mário Soares tem com Cavaco Silva, desde o tempo em que a múmia que actualmente ocupa o Palácio de Belém disse do então PR Mário Soares que devia ser ajudado a acabar o mandato com dignidade. Uma pérola de cooperação institucional... Neste momento, basta Mário Soares dizer em público "bom dia" para logo saltar da toca a inteligentsia retornada, quando não é mesmo a mais bafienta opinião salazarenta a por os cornos à vista.
Ó makiavel da merdalheira, nada k se passe no espaço merdiatico deve confundir a justiça. O pp44 não é condenado nos merdia. Quando muito tem o julgamento dito popular. Afinal a aura dele vem de grunhos como tu e o chulares maroscas. A justiça não se pronunciou. Só se precaveu e está imperturbavel. O resto são delírios de cabecinhas ti tas e com pesos vários nas consciencias se as tiverem. O espalhafato do escarafunchoso está ao nível rasteiro da estirpe chucha.
De Makaivel a 05.01.2015 às 14:20
Mas a conversa já chegou à latrina? Grunho é a senhora sua prima.
De João Carlos Reis a 05.01.2015 às 02:47
Prezado Makiavel,
efectivamente o Mário Soares não é um cidadão igual aos outros... é apenas e tão só um dos piores que infelizmente Portugal já produziu ao longo da sua História.
Além de ter intitucionalizado o compadrio e a corrupção em Portugal logo no seu primeiro governo constitucional, aconselho-o a ler os "mimos" (registados na imprensa nacional e estrangeira) com que ele brindou os Portugueses nos primeiros anos da década de 80 do século passado quando os seus actos governativos levaram a que Portugal tivesse que pedir, pela segunda vez em democracia, auxílio finaceiro externo... isto para já não falar na opinião que ele tinha da então C.E.E. antes de pedir a entrada do nosso país nessa Comunidade...
Como escreveu o sr. António, eu apenas tenho respeito pela sua idade, não por alguma coisa que alguma vez tenha feito em benefício do País, algo que nunca fez...
De Makiavel a 05.01.2015 às 14:27
É a sua opinião.
Apenas uma correcção, a bem da verdade: o FMI foi chamado em 83 pelo governo de Mário Soares e Mota Pinto, na sequência da governação da maioria anterior (PSD-CDS-PPM). Não é por se repetir uma mentira que ela passa a ser verdade.
Quanto à posição dele acerca da CEE na altura, a história desmente a sua afirmação. Foi um governo liderado por ele que iniciou o pedido de adesão à CEE. Os eurocépticos da altura andavam pelo PSD e CDS (já para não falar no ainda eurocéptico PCP)
De João Carlos Reis a 06.01.2015 às 00:47
Prezado Makiavel,
não é a minha opinião (que nestes assuntos a minha opinião não conta). É pura e simplesmente a realidade dos factos.
A bem da verdade não foi só pelo governo da então Aliança Democrática (mas também) que o FMI foi chamado, mas sim por culpa de todos os governos anteriores pós-25 de Abril (como, fazendo uma comparação, não foi só por culpa do Sócrates que infelizmente estamos a passar pela situação em que estamos, mas por culpa de TODOS os governos que exerceram as suas funções após a Revolução).
Pois... que ele iniciou o pedido de adesão sei eu e por isso mencionei esse facto na minha anterior participação. O que eu também sei, e isso está registado numa entrevista que deu cerca de um ano e pouco antes do pedido de adesão, é que ele era contra a C.E.E. e os seus princípios orientadores...
Pelo que reparei, não leu os "mimos" (registados na imprensa nacional e estrangeira) com que ele brindou os Portugueses nos primeiros anos da década de 80 do século passado... mas se quiser eu posso arranjar-lhe só alguns, pois todos os que foram por ele ditos são dose demasiado grande para uma pessoa aguentar sem se enojar...
De Makiavel a 06.01.2015 às 21:48
Venham de lá então esses mimos dos inícios de 80, estou curioso. Mas que venham dentro do contexto, não me inunde com excertos tirados do contexto. Foi MS que formalizou o pedido de adesão à CEE, era ministro das finanças Hernâni Lopes. Isto sim é um facto, não é uma opinião. E dizer que "MS é um dos piores que infelizmente Portugal produziu ao longo da história" é uma opinião, não é um facto.
De João Carlos Reis a 09.01.2015 às 01:17
Prezado Makiavel,
tal como prometido, aqui vão alguns dos "mimos" (só alguns), pois todos seria demasiado "indigesto"
Em 14 de Março de 1976 (antes das Eleições), Mário Soares dizia o seguinte numa entrevista dada ao jornal alemão "Der Spiegel":
"O Partido Socialista teve ocasião, em diversas oportunidades, de afirmar a necessidade de transformar a Europa de forma a que deixe de ser a Europa dos ‘trusts’ e passe a ser a Europa dos trabalhadores. Hoje esta tomada de posição de princípio tem urgência em ser reafirmada, na medida em que certas forças políticas em Portugal se encaminham para defender a aproximação de Portugal às Comunidades Europeias numa perspectiva puramente capitalista que não corresponde aos verdadeiros interesses do povo português e se afasta dos imperativos de uma verdadeira independência nacional condicionando a transformação da sociedade portuguesa a caminho do socialismo."
Um ano e 14 dias depois, em 28 de Março de 1977 (já 1º-Ministro), pedia ele próprio a adesão à então CEE.
“Pedi que com imaginação e capacidade criadora ao Ministério das Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgiram estes novos impostos”. 1ª Página, 6 de Dezembro de 1983.
“Posso garantir que não irá faltar aos portugueses nem trabalho nem salários”. DN, 19 de Fevereiro de 1984.
“A imprensa portuguesa ainda não se habituou suficientemente à democracia e é completamente irresponsável. Ela dá uma imagem completamente falsa.” Der Spiegel, 21 de Abril de 1984.
“[O desemprego e os salário em atraso], isso é uma questão das empresas e não do Estado. Isso é uma questão que faz parte do livre jogo das empresas e dos trabalhadores (…). O Estado só deve garantir o subsídio de desemprego”. JN, 28 de Abril de 1984.
“Quem vê, do estrangeiro, este esforço e a coragem com que estamos a aplicar as medidas impopulares aprecia e louva o esforço feito por este governo.” JN, 28 de Abril de 1984.
Como se vê pela "coerência" (entre outros factores) desta "pessoa", infelizmente se confirma que "Mário Soares não é um cidadão igual aos outros... é apenas e tão só um dos piores que infelizmente Portugal já produziu ao longo da sua História." é um facto.
De Makiavel a 10.01.2015 às 22:24
Prezado João Carlos Reis,
As citações da década de 70, pertencem a essa década. E mesmo as que mencionou, reflectem o pensamento de sempre de MS em relação à Europa. Não vi nenhuma contradição ente o que disse na altura e o que diz hoje da Europa. Mas foi ele que deu início ao processo de adesão, isso é um facto. Na década de 70, até o PSD votou uma constituição que tinha num dos seus artigos a construção de uma sociedade a caminho do socialismo. Convém fazer o desconto da conjuntura.
As outras são citações de um político. Não tem grande diferença de todos os outros. Considerá-lo "um dos piores que infelizmente Portugal já produziu" só pode ser uma opinião fruto de carência prolongada de clima tropical.
De João Carlos Reis a 12.01.2015 às 01:47
Prezado Makiavel,
pois... quando a coisa não convém, dá sempre jeito ser-se incoerente e dizer uma coisa e fazer (ou dizer) o seu contrário... a hipocrisia tem destas coisas, mas enfim... mas esteja descansado que não é só ele, pois ele apenas e só foi o "pai" dos que lhe sucederam, independentemente da cor política...
É infelizmente por causa dos políticos deste calibre que nos têm governado no pós-25 de Abril que, em 40 anos de democracia, Portugal infelizmente já teve que pedir três auxílios financeiros externos (e só não teve na última década do século passado e na primeira deste por causa dos fundos que para cávieram da então C.E.E.) e, grave o que lhe vou dizer, se assim continuarem, vamo-nos preparando para que na próxima década também tenhamos outro resgate financeiro. Vão-se preparando, compatriotas...
Não considerá-lo "um dos piores que infelizmente Portugal já produziu" só pode ser uma opinião fruto de excesso de prolongada exposição ao clima tropical (como eu não tenho dinheiro para tal, estou bem consciente do que digo e escrevo)... Quando um "presidente" da República humilha um agente das forças de segurança que foi enviado para o proteger (não sei se se lembra deste episódio)... sem mais comentários, pois este é um dos muitos exemplos dum "cidadão" que "não é um cidadão igual aos outros"...
Está-se a esquecer que o FMI já tinha vindo antes, em 1977. De quem eram as responsabilidades, então? Quanto aos seus comentários acima, ao achar que MS está acima dos outros apenas ajuda a desmentir a ideia da "ética republicana", uma belíssima treta. De resto, não são os outros que põem em causa a honorabilidade de MS, mas o próprio, que já disse que Cavaco devia ser derrubado na rua, julgado, que "por menos do que ele tinha feito D. Carlos tinha sido assassinado", etc, além de que desconhece o princípio de separação dos poderes e o conceito de prisão preventiva. Se ninguém lhe pôs um processo em cima é porque as palavras dele são de alguém que nitidamente não sabe o que diz.
De Makiavel a 06.01.2015 às 21:51
Para fim de conversa, pode-me dizer em que parte do meu post é que eu digo que MS está acima dos outros? Não ponha palavras no meu texto que eu não escrevi. Se quer concluir nesse sentido, a responsabilidade é sua, mas eu não disse que ele estava acima dos outros. O que me parece é que anda por aqui muita gente que o acha abaixo dos outros.
"Mário Soares não é um cidadão igual aos outros", escreveu no início de um dos comentários acima. Isto não é achar que está acima dos outros? Ou em que é que esta "desigualdade" se concretiza? A verdade é que se Soares não estivesse no estado em que está (e sejamos sérios, ninguém totalmente lúcido diz coisas daquelas), com 90 anos e sobretudo com uma recente encefalite, poderia perfeitamente ser objecto de processos por difamação.
De Makiavel a 07.01.2015 às 22:37
Escrevi e reafirmo: não é um cidadão igual aos outros. Quanto ao seu estado mental, ainda assim e sendo mais novo, está muitos furos acima do actual habitante de Belém. Quanto aos processos por difamação: o que é que ele disse de difamatório mesmo? Isto quando Mário Soares fala, uma onda de retornada indignação dá à costa. Um reprimido e antigo desejo de o calar...
O que é que ele disse de difamatório? Quer que eu repita? Disse, por exemplo, que "por menos do que ele tinha feito D. Carlos tinha sido assassinado", disse agora que Cavaco se arrisca a ser julgado, já de outras vezes insinuou que ele devia estar preso, ele e os outros membros do governo, etc, ao mesmo tempo que reafirma a inocência de Sócrates, e agora até que o juiz lhe devia pedir desculpas. Isto não é difamatório? Para mais vindo de alguém com imensos rabos de palha e casos suspeitos. Gostava de ver alguém dizer em público de Soares o que ele diz de Cavaco. Ah, mas não pode, porque "ele não é igual aos outros." Alguém falou na "ética republicana" e no "princípio da igualdade"? Pois...
De Makiavel a 08.01.2015 às 20:41
Desculpe dizer-lhe mas está um pouco confuso quanto ao que acha que é difamatório e o que são opiniões que pode não concordar por excessivas. Em todos os exemplos que deu não vejo nenhuma difamação, apenas opiniões inflamadas. Dizer que por muito menos, D. Carlos foi assassinado é uma difamação de quem? Do actual visado ou do falecido rei? Difamação acontece quando alguém é acusado publicamente de um ilícito que não cometeu. O correio da manha está cheio de exemplos de difamação a diversas personalidades públicas. Pode verificar lá, para evitar confusão.