Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Portugal encontra-se órfão em termos de famílias político-partidárias em relação a uma das maiores que tem assento no Parlamento Europeu desde há muito tempo a esta parte, e a outra que poderá vir a compor boa parte deste em resultado destas eleições. Falo dos liberais e dos eurocépticos não comunistas. E é pena. Sou um adepto do pluralismo e do bom debate político. Preferia que tivéssemos partidos que suscitassem a discussão em torno de questões europeias do que este marasmo e pobreza franciscana em que umas eleições europeias servem para tudo menos para falar do futuro da União Europeia. Porque, em abono da verdade, os partidos dominantes ou não sabem o que pensar sobre isto, ou concordam em seguir o que for moda em Bruxelas. Insultos, beijinhos às peixeiras, visitar feiras e fazer arruadas e jantaradas é que importa. Foi bonita a festa, mas hoje quem ganha, provavelmente com uma esmagadora maioria, é a abstenção. Pelo que o mais interessante neste Domingo será assistir às interpretações da abstenção pelo Prof. Marcelo. Afinal, há que continuar a inventar desculpas para os fracassos do regime, justificar o injustificável e avançar com a ideia do voto obrigatório.