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Se eu fosse português sentir-me-ia traído pelo sistema judicial deste país. Temos mais uma prova de que a política fala mais alto do que os imperativos de justiça e equidade. Os socialistas, mesmo não sendo governo, conseguem desferir murros significativos. Conseguem apagar um longo rastilho que decerto daria voltas e mais voltas ao largo do Rato. Se as gravações vão ser destruídas é porque trazem água no bico. Portugal, eterniza, deste modo, a máxima de que é possível fintar a justiça - a ideia de que o poder político e os partidos controlam as instituições e violam o princípio da separação de poderes. Se eu fosse português sentir-me-ia intensamente desprotegido, à mercê daqueles que foram eleitos precisamente para salvaguardar os nossos direitos. Espero que alguém se tenha infiltrado no sistema e que disponibilize as gravações. Que uma torrente de informação privilegiada passe a ser do domínio público.