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No Alto Minho, talvez o de Vila Verde seja um dos concelhos mais ricos na beleza e diversidade das suas paisagens, onde à prodigalidade da Natureza se alia, numa harmonia ímpar, a perfeição do património construído. É, pois, entre o verde que lhe dá o nome, que a todo o momento encontramos belíssimas casas de habitação, sejam senhoriais ou humildes casas rurais, onde não falta o espigueiro, onde o lavrador local guardava - e guarda - o milho que arrancou da terra.
Das muitas e diferentes freguesias que o compõem, a de Soutelo impõe-se à vista deslumbrada de quem a visita. Muitas são as razões, mas, por certo, a Casa da Torre é uma delas.
Propriedade dos Viscondes da Torre, foi doada, em 1950, à Companhia de Jesus, que aí mantém um centro de espiritualidade multidisciplinar, pela 2ª viscondessa, em cumprimento de um desejo do marido.
O Terreiro do Paço só passou a ter esta designação depois que D. Manuel I, no início do século XVI, mandou construir os Paços da Ribeira. Mas já era conhecido como Terreiro antes disso. Com efeito, Vilhena Barbosa refere-se-lhe como " um terreiro muito vasto, que se estendia por fora da cerca de muros da cidade, banhado pelo Tejo ", ao qual na altura - 1865 - chamavam Ribeira Velha.
E acrescenta: " Governando El-Rei D. Afonso V, começaram-se a construir navios na praia, onde agora vemos o Arsenal da Marinha. Porém D. Manuel aumentou e deu uma forma regular a este estabelecimento, em terreno roubado ao Tejo, como o da Praça do Terreiro do Paço, também feita pelo mesmo soberano, em frente dos paços da Ribeira, que mandara edificar para sua residência ".
Refere ainda o autor que ao primitivo arsenal, conhecido como Tercenas Navais, se chamou depois Ribeira das Naus, o qual se conservaria até ao terramoto de 1755, tendo então essa mesma denominação passado ao novo arsenal, edificado no lugar onde tinha estado o antigo.
Mas, em 1933, quando João Paulo Freire ( Mário ) escreve sobre a Praça, esse nome - Ribeira das Naus -, " só na boca dos eruditos. O povo já dele se esqueceu, e hoje chama-lhe apenas « Arsenal da Marinha ».
Resumo de um " olhar " de João Paulo Freire, in « Lisboa do Meu Tempo e do Passado »
Guimarães estava quase toda em obras, quando naquele sábado de Maio, cheio de sol, me dirigi à zona da Colina Sagrada - Castelo, Paço dos Duques de Bragança e Capela de S. Miguel, onde, segundo a tradição, terá sido baptizado o nosso primeiro Rei.
Levava como objectivo revisitar o Paço, coisa que não fazia desde que deixara o liceu, ali perto; entre outras coisas, queria ver as Tapeçarias de Pastrana, sobre as quais fizera, havia pouco tempo, um post, porque sem saber que estavam tão perto, as fui encontrar no Museu de Arte Antiga, aquando de uma exposição de âmbito internacional.
Quando entrei no Paço, logo comecei a ouvir pessoas a falar em várias línguas, o que vem de encontro a esta notícia que diz ter sido o ano de 2009 um bom ano de turismo para esta cidade minhota, que guarda muitas características medievais no traçado das ruas e ruelas.