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é a única coisa que se me oferece dizer, ao ler isto.....
Quem fracassou mais do que este partido, a quem, incompreensivelmente - por mais que se tente entender - os eleitores se preparam para pôr novamente no governo? Delírio colectivo?
A febre chegou, e o resto ( ? ) de vergonha que pudesse haver, ainda, evaporou-se definitivamente.
" As eleições mais deprimentes de sempre.
A campanha eleitoral não o tem sido, em larga medida. Não se tenta convencer ninguém: luta-se pelo poder. Numa batalha de lama, PS e PSD comportam-se como duas prostitutas velhas à bulha pela posse de uma esquina onde já ninguém pára. O CDS tem o mérito de ter colocado as PMEs na agenda e de ser o único partido com preocupações com a agricultura; mas não chega ao ponto de propor medidas concretas neste sector para além de dar os subsídios em falta. O BE, que dantes se proclamava a ovelha negra da política portuguesa, o anti-partido contra o sistema, apresenta-se hoje como uma alternativa de coligação para um governo do sistema, apesar das embaraçosas burrices que incluiu no seu programa. O PCP afunda-se no seu ridículo. Dos ditos pequenos partidos, destaca-se o MEP, com um cocktail de propostas sociais-democratas há muito conhecidas dos discursos do PS, PSD e CDS, sendo a maioria dos restantes pequenos partidos uns meros grupos de pessoas a brincarem aos partidos. Das questões que afectarão o país, não só nos próximos 4 anos, mas nas próximas décadas, nada. Nada sobre um projecto nacional, que não o de um quintal de partidos políticos, um mercado reduzido a um feudo do Estado e a uma coutada de grupos económicos, e de um território onde a lei e a ordem são cada vez mais precárias. É catastrófico que nas eleições gerais num país onde o Estado está em tudo e em todo o lado, o debate seja sobre coisa nenhuma. É o caminho da escravatura, ainda que encapotada. Esta semana, na apresentação do seu novo livro "A Circunstância do Estado Exíguo", o Prof. Adriano Moreira abriu mais uma vez os olhos de todos para o que será a condição de Portugal num futuro próximo - resta saber se não é já a presente. Com a lucidez e o realismo que o tornam numa das grandes figura do Portugal contemporâneo, foi referindo os factos que nos estão a condenar a sermos um país falhado: irrealismo das opções de política externa e comercial, inacessibilidade das elites ao poder, acolhimento irresponsável de imigração desregrada, abandono do espaço rural e do mar, desbaratamento do poder cultural e - no que somos acompanhados por todo o Ocidente - a perda de valores e consequente empobrecimento cultural. O público presente no auditório do IDN aplaudiu de pé, consciente de que ouvira um discurso de alcance histórico. Mas serão poucos, dos que ali estavam, que ousarão ter as mesmas opiniões cá fora. Concorda-se mas ninguém se quer queimar repetindo ideias politicamente incorrectas. Cá fora, não convém contrariar o sistema e tentar interromper o processo. O caminho para deixarmos de ser um país e tornarmo-nos numa mole de acéfalos falidos e impotentes fica aberto e pavimentado pelas conveniências ".
De saída para um jantarinho " melhorado ", e após uma sesta tardia, que atrasou os planos de escalpelar as notícias, certamente cinzentas, neste dia de Outono dourado, o tempo suficiente apenas para ler uma vez mais o desastre que será , neste momento crítico, a teimosia de levar em frente o projecto do TGV.
Não que ele não seja uma " mais valia ", mas agora? Olhe que não estamos a viver no melhor dos mundos, senhor Engenheiro. Surpresa?
Seria um regresso ao PREC e quem leu o que então se viveu não iria querer assistir à " reprise "...
Não são esses " porreiro pá! " todos ( " a presidência portuguesa da União Europeia, a Cimeira Europa-África e a assinatura do Tratado de Lisboa, para realçar a importância da imagem internacional de Portugal " ) que dão a necessária confiança para que os portugueses " naveguem ". Por isso muitos de nós têm de demandar outras terras.
Com este cenário, com as medidas catrastróficas do BE, é muito previsível a fuga dos empresários para o Estrangeiro, onde ninguém é suicida nem inconsciente, e então esperemos que os políticos estejam preparados para criar empregos.