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Andam todos os noticiários numa fona, procurando aterrorizar o contribuinte com uma invisível invasão de germes ou vírus - sei lá! - que desta vez e de forma infalível, propiciarão a tal extinção em massa que os textos bíblicos engendrados por comedores de tâmaras e de carne de borrego, prometem há milénios.
Sempre que deflagra um conflito bélico de contornos duvidosos, ocorre inexplicavelmente a ameaça de uma pandemia de qualquer coisa. Ou é a gripe das aves - cujos atchims acabam por afectar um punhado de infelizes -, ou são os adenovírus. Em Portugal, qualquer queda do ministro X ou Y, acarreta logo um problema com nitrofuranos, uma ameaça de brucelose pandémica e agora, o ribombante regresso da malária e do dengue.
Desta vez, chegou a época dos pobres bácoros servirem de biombo. À semelhança de antigos mas regressados políticos, diz-se que "andam por aí" à solta uns vírus perigosíssimos, capazes de engolir num mortal vórtice de febres, diarreias e suores quentes ou frios - depende da preferência de cada um -, a humanidade inteira. Afinal, existem coisas mais mortíferas que a crise financeira que também é política. Preocuparmo-nos com as vigarices da banca-política-betão? Para quê, se o final triunfo dos porcos parece irreversível?
Os malucos e as malucas das caixas de comprimidos, compressas para as orelhas, clisteres de aguardente velha, assim como os alcoólicos "invertebrados", os pacientes de ""espandiloses", "al-morróidas", doentes da "prósta", "úrsulas do estômago" e respectivos utentes dos cachecóis de lã em Julho e cento e cinquenta lavagens de mão diárias, podem ficar descansados. Entre a transferência de um futebolista e a partida de um treinador, a comunicação social prodigalizará intermináveis noticiários com queixinhas dos doentes ai-ai-ai do costume, anunciando o entupimento das urgências hospitalares. Qualquer unha encravada se deverá à nefasta influência dos porcos - ..."pois é, quem te mandou comer mãozinhas de coentrada?! - e um sonoro e cheiroso flato será prenúncio de um estourar de intestinos cheios de porcaria. O pânico está aí e as autoridades competentes esfregam as mãos de felicidade. Temos programa de entretenimento garantido pelo senhor qualquer -coisa George: o caso do Grande Terror dos Pata-Negra.
A culpa é dos porcos. Será que teremos todos de "virar" seguidores de Mafoma ou de Adonai?