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Hoje é em termos práticos o primeiro dia para a aplicação obrigatória do novo sistema de controle e rastreio tributário de mercadorias.
Em duas penadas, isto traduzido para a vulgata significa o seguinte.
Vitrúvio, baptizemos assim o nosso herói, encontra-se sentado como tantos outros dias perante o seu portal de contacto com a realidade maior, janelas abertas em profusão.
O colega de Vitrúvio, motorista responsável pela distribuição dos produtos comercializados pela empresa para cuja subsistência e consequente retribuição ambos laboram, tem de entregar todos os dias duas dezenas de pacotes, que podem ser díspares desde a caixa de parafusos até à broca industrial.
Desde hoje, Vitrúvio tem de comunicar, através de um sistema tentacular matrixiano, à Autoridade Tributária: onde se faz a carga (que é sempre no mesmo local mas tem de se repetir por cada documento), onde se descarrega, as moradas completas, a hora e o minuto, o distrito.
Se houver alguma falha este novo braço armado da rede não fornecerá nem código, nem senha, impedindo assim Vitrúvio de imprimir a guia mandatória para o despacho do transporte.
Diz que vai faltar leite nos supermercados.