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A Catarina Martins aprecia revistas. Diz que foi actriz, mas nunca a vi no Parque Mayer. Mas também nunca poria lá os pés. Portanto, nunca a poderia ter visto. Contudo acredito que tenha aprendido a dar pancadas de Moleiro (sim, a fazer farinha), a inventar estórias e enredos. Esta cantiga urgente sobre a promiscuidade entre "ex-espiões" e empresas privadas, declamada pelo Pureza do bloco, serve apenas uma causa. Serve para distrair os espectadores do grande buraco da CGD, do incómodo ideológico que afinal não é nada disso - salvar bancos com o dinheiro dos contribuintes. No entanto, o BE perde uma excelente oportunidade. A nova gerência da CGD deveria ter lá plantado um ou dois espiões. Uns elementos insuspeitos que poderiam servir de supervisores do mais que certo descalabro que se seguirá e que dara azo a comissões de inquérito parlamentares para fingir o apanágio de justiça e transparência. Só que desta vez as manas Mortágua e a Catarina Martins fazem parte dos maus da fita. Também assinam a providência monetária que concede 5.000 milhões de euros ao banco público. Quanto isto rebentar espero que o BE demonstre o mesmo entusiasmo com que brindou os responsáveis do BES no procedimento de inquirição. Talvez ainda não tenham percebido, mas a dita Esquerda acaba de passar uma receita neo-liberal - acreditam no capital como entidade salvadora dos males do mundo. Ainda bem que a CGD é pública. É na praça que será julgada.