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Não é necessário regressar às Lajes de Durão, Aznar, Bush e Blair para estabelecer uma ligação doida com os eventos de Ponte de Sor. Teria sido uma vendetta aquilo que os filhos do embaixador do Iraque encetaram? Não me parece. Contudo, o governo de inspiração integracionista, o agrupamento alfa do PS, BE e PCP parece temer represálias do Iraque. O caso está a ganhar contornos bizarros. Está na praça pública. Encontra-se nas mãos da opinião pública. Os ódios, alimentados pela violência perpetrada na Síria e Iraque pelo Estado Islâmico, estão a contaminar este caso de um modo preocupante, mas que não deve ser menosprezado. Registamos a apetência para o despoletar de reacções mais extremas se o governo da República Portuguesa não souber gerir o processo de um modo inequívoco. São as águas de bacalhau que têm causado dano a Portugal, que têm minado a sua credibilidade. Onde está Guterres? Não tem opinião sobre a matéria? Poderia ter, mas não é obrigatório que tenha. Grave é o desaparecimento de António Costa (estará a banhos?) e a ausência de comentário de Marcelo Rebelo de Sousa - o presidente com poderes para acreditar e desacreditar embaixadores. Se fosse o filho do embaixador do Canadá a partir a fuça de um cidadão português, até poderia compreender a neutralidade conveniente. Afinal os juros da dívida portuguesa continuam a subir e a agência de rating canadiana DBRS tem nas mãos o futuro de Portugal. Basta mais uma castanhada financeira e lá se vão as ajudinhas do BCE, e Portugal fica a ver estrelas. Como podem constatar, a não ser que o Iraque tenha voto no rating de Portugal, as reverências nacionais não fazem muito sentido. Os filhos do embaixador do Iraque discursam de um modo imaculado, com o polimento de um colégio britânico, e demonstram que são melhores que o governo de Portugal. E isto é inacreditável. Perdoai-os - o governo de Portugal.