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Quem semeia cravos, colhe Catalunhas. Foi preciso uma causa oriunda de Espanha, da casa dos "nem bons ventos nem bons casamentos" para o Partido Socialista (PS) elencar aqueles que são mais grandoleiros e distinguí-los daqueles que são um pouquito menos. Sabemos que a discussão em torno de Puigdemont e amigos assenta na aliteração: serão prisioneiros políticos ou políticos presos? Como seria se estivesse cá Mário Soares? Que regime imporia ao PS sem tolerar desvios? Em suma, a experiência recente da Geringonça, da vivência a trois, quiçá terá tornado o partido mais maleável, menos disciplinado, e sim, mais democrático. Porém, não nos iludamos. A causa é simbólica, fica bem no resposteiro, no tabliê do carro e pouco mais. Como é um assunto que acontece nos arredores de França, não aquece nem arrefece o assento parlamentar. Portanto, estes arrufos e esta ficção de discordância não servem para grande coisa. Os cinco deputados do PS, que batem o pé catalão, são refugo de gerações distintas. São parecidos com a Catalunha. Andam para ali apregoar independência, mas não largam a saia da mãezinha. Gostava de ver estes heróis vestir a camisola de um limiano derretido pela teimosia das convicções. Assim, a aproveitar as novelas dos outros, demonstram que nem para actores servem. Grândola deveria ser declarada uma república reincidente.