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Mas o Movimento Partido da Terra, com Marinho e Pinto, elegeu tantos eurodeputados como o CDS. De resto, para quem, à direita, parece chocado com a eleição de Marinho e Pinto, o mais das vezes por ter uma apreciação negativa da personalidade do ex-bastonário da Ordem dos Advogados, e ainda para os que perguntam quem é o número dois da lista do MPT - que ainda pode vir a ser eleito -, vale a pena lembrar que o número dois da lista da Aliança Portugal é Fernando Ruas (ainda hoje quero acreditar que isto não não pode ser verdade), o número três é uma ilustre desconhecida cujo currículo permite perceber que sabe tanto de assuntos europeus quanto eu de tricot, o número quatro é esse monumento à demagogia que dá pelo nome de Nuno Melo, e o restante, exceptuando Carlos Coelho, José Manuel Fernandes, Mendes Bota e Fernando Costa (a este último aplica-se o mesmo que a Fernando Ruas), são mais uns quantos desconhecidos militantes de terceira ou quarta linha sem quaisquer especiais competências para serem eurodeputados. Isto diz quanto baste da importância que PSD e CDS atribuíram a estas eleições. Não acordem para a realidade, continuem a manter os partidos fechados à sociedade e a promover a mediocridade e pode ser que um dia destes um qualquer Marinho e Pinto mais talentoso que o original consiga provocar por cá o mesmo que o UKIP está a conseguir no Reino Unido. Bem vistas as coisas, quando uma democracia se bloqueia a si própria e os donos do sistema não a deixam regenerar-se e revitalizar-se, na perspectiva destes isso até seria o menor dos males possíveis. É que noutros tempos, cá no burgo, estas coisas resolviam-se com golpes de estado, revoluções e guerras.