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Nos tempos que correm, acredito na segunda possibilidade.
Na zona de Caxias foi distribuído um panfleto com a foto deste cão à procura de dono. Pelo que o texto diz, o bicho é muito manso, terá uns dois ou três anos de idade, gosta de crianças e de água. Tem estado provisoriamente hospedado no Solar Palmeiras, em Paço de Arcos, Caxias.
Quem estiver interessado em receber este belo cão, ligue para o 21 446 83 00
* Os colegas de blog que me perdoem a ocupação do espaço, mas gostava que este bicho - que nunca vi - pudesse encontrar uma casa de gente boa.
Como há tempos escrevi, nutro apenas indiferença pelo espectáculo tauromáquico. Não deixo, contudo, de o compreender na sua dimensão cultural e social como sendo uma tradição portuguesa que não deve ser eliminada apenas porque um movimento de reduzidíssima expressão social o queira. Da mesma maneira que, sendo agnóstico, obviamente compreendo a herança judaico-cristã enquanto expressão da identidade ocidental. Infelizmente, há quem não conceba o conceito de tolerância, bastas vezes não se coibindo de mostrar à saciedade que talvez não devesse partilhar a mesma categoria moral dos demais bípedes.
Perante o sucedido com o forcado Nuno Carvalho, que corre o risco de ficar paraplégico após ter sido colhido por um touro, certos ditos defensores dos animais, que pretendem impor aos outros, por via da coerção, a sua visão quanto à existência de touradas, aproveitaram ou para utilizar o sofrimento do forcado para dar força às suas convicções, demonstrando lapalissianamente que além dos animais, os humanos que participam em touradas também se sujeitam a lesões graves - como se eles não soubessem -, ou para se regozijarem com o que potencialmente lhe virá a acontecer. Se dúvidas houvesse quanto à falta de nobreza de carácter dos ditos cujos, ficariam agora desfeitas.
Leitura complementar: Os animais que um forcado tem de pegar (JCS).