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António Barreto


«O que acho é que essas pessoas, esses partidos, essas instituições, com nome, deveriam ser tornadas públicas: quem é que fez o quê e quem é que assinou o quê, não para meter na cadeia, mas para os impedir de voltar a fazer política, para os impedir de voltar a ter acesso às decisões.»

publicado às 10:46

Carta de António Barreto à Direcção do Público

por Samuel de Paiva Pires, em 03.09.12

Via Corta-fitas:


«A História de Portugal, Rui Ramos e Manuel Loff

Por várias vezes, no decurso das últimas semanas, fui surpreendido por escritos alusivos à História de Portugal da autoria de Rui Ramos (coordenador), Bernardo Vasconcelos e Sousa e Nuno Gonçalo Monteiro, publicada em 2009. A maior parte desses textos apareceram no PÚBLICO e o seu principal autor é Manuel Loff. Sei bem que a liberdade de expressão não pode ser limitada de ânimo leve, nem sequer pela qualidade. Mas é sempre triste ver que a inteligência, o rigor e a decência têm por vezes de ceder perante essa liberdade última que é a de publicar o que se pensa.

Quando tive a honra de apresentar o livro, na Sociedade de Geografia, anunciei o que para mim era um momento histórico. Com efeito, esta História de Portugal quebrava finalmente o duopólio fanático estabelecido há muito entre as Histórias ditas "da esquerda" e da "direita". 

As várias formas de "nacionalismo" e de "marxismo" e respectivas variantes tinham dominado a disciplina durante décadas. Apesar de algumas contribuições magistrais (e a de José Mattoso é das principais), ainda não se tinha escrito uma História global, compacta e homogénea que rompesse com a alternativa dogmática, que viesse até aos nossos dias e que, especialmente para o século XX, "normalizasse" a interpretação da 1.ª República e do Estado Novo. Ambos estavam, mais do que qualquer outro período, submetidos à tenaz de ferro das crenças religiosas e ideológicas e ao ferrete das tribos.

Com esta História, estamos longe daquela tradição que cultiva e identifica inimigos na História. Agora, deixa de haver intrusos e parêntesis. Os regimes políticos modernos e contemporâneos, de Pombal à Democracia, passando pelos Liberais, pelos Miguelistas, pela República e pelo Salazarismo, eram finalmente tratados com igual serenidade académica, sem ajustes de contas. 

Um dos feitos desta História consiste na "normalização" do século XX, marcado por rupturas e exibindo feridas profundas. Por isso me curvava diante dos seus autores, homenageando a obra que ajuda os portugueses a libertarem-se de fantasmas. Mas, sinceramente, já não esperava que ainda houvesse demónios capazes de despertar o pior da cultura portuguesa.» 


Leitura complementar: Sobre a polémica Loff-Ramos

publicado às 21:03

10 de Junho nos Jerónimos

por Nuno Castelo-Branco, em 10.06.11

 Desfilando diante de populares, alguns dos quais mostrando a Bandeira azul e branca, os militares cumpriram mais um 10 de Junho institucional. Com a presença de Cavaco Silva e do 1º Ministro cessante, o ritual foi comedido, sem grandes exibições de uma força que em boa verdade, há muito se perdeu.

 

No seu discurso o Presidente apelou à união de esforços, declarando ser este o momento preciso para se ver a alma de um povo. Hoje já se viu essa manifestação de querer e de desafronta, mas num local muito afastado das rotineiras e sempre envergonhadas celebrações oficiais. No sentido daquilo que António Barreto disse, a cerimónia do 10 de Junho que a TVI transmitiu em directo, não foi pasto de ódios políticos ou egoísmo partidário. Foi uma celebração do Portugal uno.

 

No Mosteiro dos Jerónimos realizou-se a cerimónia do 10 de Junho histórico e bem simbolicamente, a liturgia foi presidida por D. Ximenes Belo, um herói de um Portugal maior. Cercado pelos seus antigos companheiros de armas, S.A.R. o Duque de Bragança, foi o símbolo que representa este país que teimosamente quer ser independente.

 

As condecorações esta manhã vistas nos Jerónimos, não são recompensa por amizades, serviços prestados a uma causa uninominal ou prémios a fidelidades de oportunidade. São medalhas merecidas no campo de honra e sem qualquer conotação de Partido ou de regime. É este, o Portugal que mais importa.

 

Hoje tivemos Rei.

 

publicado às 13:33

Seremos ainda mais saqueados?

por Nuno Castelo-Branco, em 31.03.11

O que parece estar a tornar-se cada vez mais nítida, é a declarada intenção de intervir nos negócios internos de Portugal. Estes assuntos são tão evidentes como a Economia, Finanças e em complemento futuro, a própria ordem interna do país. A pressão advém daquele confuso imbricado que tem as agências de rating como cabeça, mas que na realidade, obedece à estratégia gizada pelos principais detentores da nossa dívida, sendo alguns deles nossos parceiros na U.E. De facto, qualquer governo português já se encontra atado e bem atado a compromissos e deveres contraídos e isto, sem que jamais a população tivesse sido chamada a pronunciar-se acerca do seu destino. Todos ainda temos presentes as palavras de proferidas por Cavaco Silva, quando no ocaso da sua passagem pela casa de S. Bento, declarava a impossibilidade dos portugueses se pronunciarem acerca de Maastricht, por exemplo. Hoje, António Barreto pede uma muito necessária auditoria às contas públicas, coisa impossível porque conhecendo-se os figurantes do poder das últimas décadas, pressupõe a queda do regime.

 

Esta crise poderá até servir para obrigar o conjunto dos países mais pequenos da União, a prescindirem dos resquícios da soberania que ainda conservam. Dentro de pouco tempo, regressarão sugestões acerca da renegociação dos Tratados. Não tenhamos ilusões quanto a isso.

 

No entanto, existem ainda outras hipóteses para a resolução de muitos dos nossos problemas. Aqui estão. Se a U.E. não ficar satisfeita, paciência. Há que contornar o barco corsário e seguir em frente, pois perdidos já parecemos estar.

 

publicado às 13:45

António Barreto, a ouvir atentamente

por Samuel de Paiva Pires, em 24.03.11

Veja AQUI.

publicado às 17:49

António Barreto sobre o FMI

por Samuel de Paiva Pires, em 09.01.11

A ler aqui:

 

No discurso do 10 de Junho de 2009, antes das legislativas, deixou uma série de avisos ao poder político. Desde aí, o País caiu num pântano?


Acho que sim, e não sou o único a dizê-lo. Se as autoridades políticas portuguesas há um ano tivessem tomado algumas medidas importantes, preventivas da crise, hoje não teríamos metade dos problemas que temos. Se Portugal tivesse feito o que devia, ou mesmo se tivesse pedido, há dois anos, apoio à União Europeia ou ao FMI... eu não percebo esta verdadeira obsessão contra o FMI.

 

O FMI é Deus ou o Diabo? Ajudar-nos-á ou levará o País para um problema maior?

Para um problema maior não leva de certeza. É bom dizer que nós pertencemos ao FMI. Tem-se a impressão de que o FMI é uma entidade exterior, tipo KGB ou Gestapo, que vem aí dar cabo de tudo. O FMI também tem interesse que daqui a cinco anos possa reaver os empréstimos feitos.

publicado às 13:21

Que o poder não seja um Frei Tomás

por Cristina Ribeiro, em 10.06.09

Só o exemplo dá frutos...

publicado às 17:07

Absolutamente a não perder

por Samuel de Paiva Pires, em 06.05.09

É ler na íntegra a entrevista de Medina Carreira no Correio da Manhã:

 

(...)

LC – Temos o PS com maioria absoluta. Há o grande risco de sair uma maioria relativa das legislativas. É uma questão que o preocupa?

- É o senhor que diz que há um risco. Eu acho é que se sair uma maioria absoluta é que é arriscadíssimo. Eu não quero mais maiorias absolutas de um partido. Porque se o PS levar por diante estas obras resulta do facto de ter maioria absoluta.

LC – Mas com maioria relativa vai cair muito provavelmente um ou dois anos depois.

- Pois, temos que arranjar maneira de viver. Maioria absoluta com gente deste estilo nunca mais. Para mim nunca mais. Estas asneiras teimosas, absolutamente fora de senso comum, só são possíveis porque há maioria absoluta de um partido.

LC – Que solução é que imagina num cenário de maioria relativa? O regresso do Bloco Central?

- Eu como acho que os partidos que existem não estão em condições neste momento de resolver os problemas tanto faz.
É uma caldeirada relativamente irrelevante. Os partidos têm de ter qualidade, têm de estudar, têm de ter pessoas que estudem.

(...)

 

E ainda o artigo de António Barreto no Público:

 

Trinta e cinco anos depois de Abril, a democracia continua a viver à custa de Salazar e da sua queda. Parece que o regime democrático e a liberdade nada têm a oferecer ao povo para além do derrube do ditador. Que, aliás, não foi do próprio mas do sucessor. Aqueles partidos e aquela instituição vivem obcecados. Sentir-se-ão culpados? De quê? De não terem sabido governar o país com mais êxito e menos demagogia? De perceberem que a população está cada vez mais cansada da política e indiferente aos políticos?

publicado às 02:41

António Barreto e o princípio de Darwin

por Nuno Castelo-Branco, em 18.12.08

 

 

But it helps. A lot!

 

O Parlamento português já não surpreende. Ninguém espera absolutamente nada daquela casa. Serve para completar a maquinaria democrática, mas foi rebaixado a um papel secundário. Qualquer câmara de televisão é mais importante do que aquela instituição. Aliás, os que ainda se dedicam a fazer discursos ou aparecer no hemiciclo fazem-no apenas com a televisão no espírito. Já se viram ministros e deputados a falar olhando para as câmaras, nem sequer para os seus pares. O tom geral dos debates, pelo tom e pelos berros, mais parece o de uma lota de peixe. Raros são os deputados que falam normalmente e expõem os seus pontos de vista com argumentos racionais. Mais raros ainda são os que mostram sinais exteriores de pensarem quando falam.

 

Como dizia há apenas uns dias, urge redesenhar todo o edifício constitucional, reduzindo drasticamente o número de deputados (100) e criando uma Câmara Alta onde tenham lugar técnicos, cientistas e representantes de confederações, sindicatos, academias, etc. Isto não é corporativismo, pois as eleições partidárias decorrerão normalmente. Aplique-se apenas o já velho princípio darwiniano da selecção natural. António Barreto tem razão.

 

 

publicado às 13:07






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