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José Sócrates merece uma nota de louvor, o nosso reconhecimento. Há quem o tenha vilipendiado, chamado de traidor, insultado e difamado sem prova do que quer que fosse, mas agora devemos ser justos e imparciais. O ex-primeiro ministro demonstra que tem sentido de Estado e que os homens estão sempre a tempo de se redimirem, de renascerem na bruma do desgaste da fé política. As mais recentes palavras de abade de José Sócrates são uma benção. Agora temos motivos para rumar, romar(ia) ao seu novo santuário. Afirma o próprio, que tem sido parco em palavras e comedido no tom, que está ao lado de António Costa e do Partido Socialista. Amigos destes não se arranjam com facilidade. O candidato socialista, o não-empate-técnico, o ganhador de tudo, deve estar muito feliz com a dádiva do prestamista Sócrates. Não há nada melhor do que ter o apoio de cidadãos verticais e impolutos. António Costa já avisou que não comenta comentadores, mas agora vê-se obrigado a agradecer o apoio do seu colega, uma vez que o mote no Largo do Rato é inequívoco: os camaradas são para todas as ocasiões. Sobre aquela pergunta infantil que os jornalistas repetem a toda a hora; se José Sócrates vai contaminar a campanha de António Costa (?). Precisam de mais esclarecimentos? Ai, abençoado abade.