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Era uma personagem de Tintim, surgindo na aventura O Ídolo Roubado. Baseou-se em Basil Azaroff, um escroque internacional negociante de armas que pertenceu à Vickers-Armstrong, tornando-se conhecido por ter acicatado guerras para conseguir bons contratos com ambos os contendores.
Assim parece estar agora a acontecer com a administração Trump, ainda há pouco conseguindo um multimilionário contrato com os repugnantes sauditas, para agora fazer exactamente o mesmo com o felizmente não menos repugnante mas segregado Qatar. Temos guerra garantida? Remotamente talvez, se os fornecimentos se limitarem a material pesado - artilharia, tanques relativamente ultrapassados como o Abrams, aviões F-15, etc - e não passível de uso, conhecendo-se a timidez que grassa naquelas fileiras sempre à cata de bandidos úteis por encomenda. Esta parafernália limitar-se-á a martelar as avenidas destinadas às paradas e logo seguirem para os habituais depósitos para o necessário processo de enferrujamento. Bom para ambos os lados, especialmente para a indústria de armamentos americana e respectivos operários a quem o presidente muito prometeu para ser eleito. Foi eleito e agora cumpre o prometido. Nada que os precedentes não tenham feito, sabemos bem, mas agora está sob o foco das redes sociais e media.
Outro caso seria virmos a saber que as encomendas também incluirão material mais ligeiro como jeeps, transmissões, granadas, explosivos, mísseis anti-carro e anti-aéreos portáteis, metralhadoras, instrumentos de visão nocturna, etc. Vão parar directamente às mãos dos amigos de McCain.
Há actos que tudo dizem sem o proferir de uma só palavra.
Hoje, na Austrália, foi pedido um minuto de silêncio em memória das vítimas da acção terrorista há pouco ocorrida em Londres. Enquanto o público e a selecção australiana de futebol cumpriam o solicitado, os sauditas olimpicamente desprezaram a sugestão e da forma mais ostensiva passearam pelo relvado, como se não tivessem entendido. Afinal entenderam e explicaram-se com um desinteressado ..."isso não faz parte da nossa cultura". Sabemos que não e também temos a certeza de ser a nossa civilização algo muito confortavelmente incómoda e por isso mesmo não podemos nem queremos ceder. Nem nisto, nem num oceano de outras coisas.
Note-se que para nossa vergonha e humilhação, a Arábia Saudita é por interpostas alianças, nosso comparsa internacional.
É mesmo a assunção do orgulho pelo crime, um escarro lançado à nossa cara. Se algum dos politicamente correctos que por aí pululam em delíquios de aprazado colaboracionismo ainda duvidam do mal, aí está ele.
...da abominável criatura, eis uma notícia tão insólita como as louvaminhosas homenagens por cá prestadas ao defunto.
Há dias chegou-nos a notícia de que a Arábia Saudita se preparava para decretar que as mulheres que tenham os olhos demasiado atraentes sejam obrigadas a cobri-los em público. O objectivo desta medida é evitar provocar a tentação nos homens.
Hoje esta mesma Arábia Saudita esteve em Genebra a distribuir lições de democracia pelos países vizinhos.
O que virá a seguir?