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Afiança este palrador farsante que ..."as exportações caíram abruptamente em Setembro". Claro que a greve dos Sturm Abteilung da Intersindical "nada terá a ver" com estes dados. Como quer ele conseguir enviar as mercadorias para os seus destinos contratados? Através de teletransporte?
...devia pensar duas vezes antes de arrotar tanta posta de pescada podre. Pelos vistos, dentro de momentos segue-se a santificação do menino Mohamed.
Alertado pelo Combustões, aqui fica este sugestivo video do antigo secretário-geral do Partido Comunista francês.
Num normalizado artigo de encher pneus em que requenta a sua expressa opinião do costume, o balsemado valentão-anti-cobardes Daniel Oliveira espuma por Passos Coelho não ter aderido ao documento glosado por David Cameron. Em boa verdade, muito daquilo que lá está escrito poderia ser suficiente para o governo português assinar de cruz, como aliás habitualmente tem feito desde há mais de trinta anos. Mas simplesmente não pode agora fazê-lo de ânimo leve. Porquê?
O sistema que pariu e tem mantido os danieisioliveiras, é precisamente aquele que hoje se encontra em apuros e sob o fogo cerrado dos mesmos eternamente irados danieisoliveiras. É o esquema do subsídio à farta para o mau cinema votado às moscas, para os grupos teatrais do rebola no chão e bate na lata, o subsídio para resmas e resmas de ilegíveis opúsculos de e para amigos, das fundações e gabinetes de comparsas, BPN, BPP, PPP, etc. O dinheiro acabou e isso parece insuportável, urgindo recorrer à chantagem para que o caudal volte ao leito a que se habituaram. Tarde demais, é impossível.
O país faliu, aderindo sem sequer poder manifestar-se em referendo, a uma Europa que lhe tirou as ferramentas capazes de garantir uma frágil mas até então segura subsistência. O articulista deverá compreender de uma vez por todas que a loucura consumista acabou e não se vislumbra qualquer tipo de data para uma "retoma" do vício. Os danieisoliveiras quiseram o Euro e puderam fazer figura de compinchas ricos com "ar de estrangeiros", viajaram, foram aos music-hall em Londres, andaram em solidárias marchas aqui e ali, viram exposições de parafusos como arte e tostaram o lombo em resorts caribenhos. Acham piada ao Castro, jamais o atacam porque pareceria mal - até porque gostam de charutadas - e admiradores dos tempos em que os russos ocupavam metade da Europa e tinham apontados SS-20 a Lisboa, Porto e Setúbal - nunca organizaram uma única "manifestação popular e pacifista" contra o facto -, estes danieisoliveiras andam com gorgolejos intestinais pelos negócios que Portugal tem celebrado com os ex-camaradas do MPLA. Há uns quinze anos, arremetiam contra a UNITA, um terrível bicharão pago pela CIA, no MPLA de J.E. dos Santos encontrando o "lídimo representante" do povo angolano. O comunismo foi pelo Futungo de Belas varrido do mapa, levantaram-se as tendas dos negócios, a filha do ex-camarada desfrizou a cabeleira e por Lisboa se passeia burguesmente em compras. Aqui está mais um inimigo de classe, mesmo que essa classe seja precisamente a dos danieisoliveiras.
Portugal é hoje um país oportunista na cena internacional? É sem dúvida e estará por muito tempo condenado a sê-lo, mercê do desastre a que o actual regime o conduziu, destruindo a sua estrutura económica, desvairando as suas finanças, chocando no ninho trupes de vigaristas de Estado e desviando a sua segura e tradicional política externa, para uma aventura europeia sem nexo. Os danieisoliveiras odeiam a Alemanha que é precisamente quem garante alguma coerência a essa Europa que calcularam radiosamente unida e "em igualdade". Mas será possível a possível, tratando-se de uma união entre desiguais? O espírito parasita do "viver à conta" num sistema em os convivas preguiçosamente se despiolham mutuamente, alastra então do microcosmos português onde o subsidiozinho enche algumas ávidas barrigas, para a imaginada grande política internacional dentro da U.E. Assim sendo, a "Alemanha deve pagar", um velho refrão de outros tempos e que serviu para o que se sabe e a geração dos pais dos danieisoliveiras estrangeiros teve de suportar sob um dilúvio de bombas.
Diz agora o sempre indignadamente iracundo escriba que ..."a marca do que somos, como Nação, fica para sempre. Se os outros não se lembrarem, lembrar-nos-emos nós. Não é por acaso que somos um povo com tão baixa autoestima. Há tanto tempo que, como País, não fazemos nada de que nos possamos orgulhar."
Nisto tem razão e à gente do esquema dele o devemos: Portugal tornou-se num malcheiroso mierdero.
Não cabe aos monárquicos o papel de defender o Presidente da República, nem nisso temos qualquer interesse, seja ele quem for. Ninguém disso está à espera e jamais o faremos. Defenda-o quem nele confia ou quem dele dependa. Desta forma, estamos muito à vontade para opinar acerca do entusiasmado indignar e risos de hiena que andam pelas redes sociais e via alguns blogs conotados com a eleitoralmente deposta antiga maioria parlamentar.
Cavaco Silva cometeu uma tremenda gaffe, é verdade. O que se torna ridículo e bem sintomático do enveredar pelo "vale tudo", é este aproveitar até à exaustão e precisamente por parte daqueles que sempre andaram vendados nos tempos dos imediatos antecessores de ACS. Já se leu alguma vez, uma linha que fosse acerca das estranhas amizades e do patchwork relacionado com Macau, aliás volatilizado pela inexistente censura que existe? Este é um exemplo entre muitos outros, aos quais se somam escandalosas omissões, descarado conluio com a incompetência governamental, desleixo ou contemporização relativa a más políticas oportunamente denunciadas. Os antecessores de Cavaco, inventores dos "direitos à indignação" que tão bem lhes serviu para ocultarem as próprias pústulas, puderam sempre dormir descansados, pois os trolhas de serviço obravam judiciosamente para lhes erguer poderosa paliçada protectora. Negócios, amizades impensáveis, viagens perdulárias à conta do contribuinte, atropelos à normalidade constitucional, uma lista civil sempre em vergonhoso crescendo de mordomias, faltas de respeito para com entidades estatais que lhes garantiam a segurança e a dignidade do cargo, tudo, tudo passou em branco numa imprensa medrosa e bem controlada.
Devíamos estar satisfeitos por esta onda que visa achincalhar o actual Presidente, mas os monárquicos são por regra gente decente, ordeira e respeitadora da legalidade e das instituições, mesmo - como é o caso - não mercendo estas qualquer tipo de homenagem.
Denegrindo o titular do cargo máximo do Estado, atingindo a sua honorabilidade, arrastando-o pela lama ou encostando-lhe o canivete à jugular, os refastelados patetas estão precisamente a fazer um trabalho que parecia impossível: dão a machadada final, na única instituição que até há pouco era passível de contemporização por parte de um povo farto de abusos. Se um dia destes começarem a ouvir-se uns tiros aqui e ali, não se admirem. Uma vez mais, a responsabilidade será deles, precisamente dos herdeiros dos bandidos de 1908 e 1910.
Entretando, já entrámos naquela fase do soma e segue. Ainda bem.
O timoneiro-comandante deste navio está a estagiar... em França!
(desenho "roubado" aqui, no Arrastão
"Nunca devemos desprezar a importância de nos sentirmos importantes. E há tanta gente que se leva tão a sério... Já a razão porque carreiristas e traficantes se sentem bem neste tipo de organizações é bem mais fácil de compreender: mesmo que não tenham nascido para isso, elas são o lugar ideal para construir carreiras a medíocres e fazer negócios menos claros.
Mas a coisa fica bem mais grave quando percebemos que naqueles espaços se traficam, em segredo, os segredos do Estado. Ou seja, que estas organizações se apoderam, usando da sua obscuridade, de funções que a democracia reservou ao Estado."
Daniel Oliveira, no Expresso e no Arrastão
Na semana em que o regime PS/PSD definitivamente reconheceu de facto a perda da soberania, o Eixo do Mal foi esta noite hegemonizado por Daniel Oliveira. Diga-se que pelas melhores razões. É impossível não concordarmos com aquilo que dele escutámos ao longo do programa. Curioso será verificarmos o regresso da esquerda ao nacionalismo, o facho que outrora acendeu e transportou. Definitivamente, este é um novo tempo. O tempo em que sem o saber, o regime da III República já morreu.
Entretanto, leiam este surpreendente texto.
Parece que agora estar de braços cruzados em outdoors de campanha eleitoral passou a ser uma forma de fascismo. Doravante, quem estiver em momento de pausa e de braços cruzados será imediatamente denunciado pela virtuosa União de Resistentes Anti-Fascistas. Acho muito bem: afinal de contas é uma posição ligada ao ócio, e, por consequência, à burguesia exploradora e inimiga do trabalho. Espera-se que no seu próximo artigo Boaventura Sousa Santos desenvolva os tópicos sobre o novo Fascismo-Braçocruzadismo. Revolução sempre! Braços cruzados nunca mais
O programa do Eixo do Mal de ontem, consistiu numa já costumeira catilinária das sumidades de serviço, mosqueteando a torto e a direito, no mais corriqueiro "parece bem do politicamente correcto" nacional. Nada de novo. Passando sobre todas as minudências tratadas por suas excelências, apenas um assunto mereceria uma reflexão, mas a falta de credibilidade de quem o trouxe à lide, dispensa considerações de maior.
O senhor Daniel Oliveira do Arrastão do B.E., lá atirou a rede para pescar a tainha habitual que é condimento indispensável para todo e qualquer autopromovido cozinhado intelectual do burgo. O trapinho vermelho ao pescoço, numa tardia reminiscência do pioneirismo dos heróicos Trotski e Estaline, sempre vai servindo como biombo de disfarce para o mais descarado programa anti-semita. De facto, o senhor Oliveira lá empurrou a arrastadeira pró-iraniana, manifestando estupor pela preocupação mundial, nascida do anúncio da posse de um pequeno míssil, por parte do modelar e democrático regime de Teerão. O argumento arrasta-se há décadas: se Israel alegadamente possui mísseis capazes de atingir o Irão, porque razão não será legítimo conceder aos senhores aiatolás a reciprocidade, isto é, a obtenção de armas capazes de atingir Israel ? Não contente com a alforreca arrotada, o senhor do Arrastão ainda teve o desplante de sublinhar que este armamento iraniano até é uma boa notícia, porque evita tentações agressivas por parte dos costumeiros intervencionistas, os EUA e Israel, claro está.
Não vale a pena forçarmos o timoneiro a pescar noutras águas. Esgotado o banco de pesca do Pacto germano-soviético, decerto passou a atirar a linha ao arenque do Mar de Barents. Acabada abruptamente a possibilidade da faina naquele sector do planeta, os armadores da pesca furtiva lá vão conduzindo embarcações e tripulações para águas mais auspiciosas, lá para a zona do golfo pérsico. A esperança é a última a morrer. A estupidez também. Infelizmente.