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Bruno Vieira Amaral, As Primeiras Coisas:
A verdade dos factos, conceito que nem os juristas usam sem que um sorriso lhes traia o pensamento oculto, é a camada mais desinteressante da existência, a coutada vitalícia das pessoas sem imaginação. Os pragmáticos que vivem obcecados em apurar a verdade dos factos, em determinar circunstâncias, em patrulhar a realidade – virtudes louváveis em investigadores policiais – são incapazes de conceber alternativas ao que lhes entra pelos olhos e de, em consequência, viver nos interstícios felizes do improvável.