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Por esta hora ainda é cedo para decapitar uma garrafa de raposeira para celebrar o exílio de Augusto Santos Silva (ASS). Ainda estão a contar votos dos tais círculos eleitorais que determinarão o destino do barão socialista. Mas, assumindo a partida do ex-presidente da Assembleia da República como certa, não deixará saudades. Vilipendiou e usurpou a posição que assumiu naquele orgão de soberania. Não tratou com equidistância democrática os grupos parlamentares. Foi faccioso e fez pender sempre a balança a favor dos camaradas socialistas. Cortou vezes sem conta, com laivos de superioridade ética e moral, a palavra daqueles que se desviassem da cartilha socialista. As suas tiradas de interjeição excederam, e muito, os limites da função para a qual foi designado. Não retemos na retina nada de vulto da sua ação pedestal, do alto do magistério da presidência da Assembleia da República. Não sei quais são os planos do homem, mas não devemos ficar surpreendidos se Belém fizer parte dos seus intentos. Agora imaginem só o que seria ter aquela figura de distorção como chefe de Estado. ASS não serve para assentar arraial em funções governativas. O caso dele é flagrantemente botched. Não há remendo possível que possa endireitar o que sempre foi descaído e flácido. Não existe cura para a soberba e o tom sobranceiro com que brindou o parlamento. Como corre nas redes sociais — Karmass is a bitch. Kiss his ass goodbye.
Augusto Santos Silva, na TVI24, vocifera contra dogmas do neo-liberalismo, acusa o PSD de ter uma liderança à direita e fala em sentido de responsabilidade. Eu prefiro interrogar-me sobre como será possível o país não ir ao fundo com os dogmas esquerdalhóides. Mais ainda, pergunto onde está o sentido de Estado de um Ministro da Defesa que se julga comentador político? São tão leais os cães de fila socráticos...
Subscrevo na íntegra o Paulo Pinto Mascarenhas:
A respeito da polémica que para aí vai em relação às declarações da Igreja, porque muita gente já disse de forma bem melhor o que penso, aqui ficam algumas sugestões de leitura, deixando apenas umas breves notas, para começar, a de que como bom liberal, concordo em absoluto com o Michael Seufert:
…mas só queria dizer que, não sendo religioso, acho perfeitamente normal que a hierarquia da igreja indique quais partidos melhor representam as suas ideias. Sindicatos, corporações, clubes, etc, etc, fazem o mesmo. Só mails recebidos de professores (organizados ou não, nem interessa) a apelar contra o PS, são às dezenas.
Faz-me confusão esta gente que confunde laicidade (separação da Igreja do Estado) com a negação total das opiniões da Igreja apenas porque vão contra as dos que se consideram herdeiros da tal "ética republicana". O que é feito da democracia e da liberdade de expressão? Eu que, nem sendo particularmente religioso, embora seja crente, tendo como apenas natural o facto de sermos uma sociedade com uma matriz cultural católica, e independentemente de ser ou não a favor do casamento entre homossexuais, não vejo qual é o problema da Igreja manifestar a sua opinião. Aliás, a Igreja, em Portugal, historicamente ocupou-se de áreas como a educação e a saúde, e sempre foi um dos tais corpos intermédios que diminuem a perigosidade do Estado contra o indivíduo, goste-se ou não do poder que a Igreja também detém em si. Não deixa de ser irónico que nestes tempos de crise sejam precisamente as instituições ligadas à Igreja quem mais apoia os menos afortunados. E não deixa também de ser irónico que se verifique uma maior liberdade de expressão precisamente nuns quantos países como o Reino Unido em que não há separação entre a Igreja e o Estado (embora haja certas pessoas como Vital Moreira que consideram os britânicos completamente atrasados). E, não deixa ainda de ser irónico que o "pai" do regime, Mário Soares, tenha sido das pessoas que melhor soube lidar com a Igreja. Os censores demagogos como o ministro da propaganda Santos Silva talvez devessem aprender com ele.
A ler:
Apolíticos?, Joaquim, no Portugal Contemporâneo.
Regras legais universais, João Luís Pinto, n'O Insurgente.
A ICAR é contra o casamento homossexual. E depois?, Miguel Madeira, no Vento Sueste.
*texto e título posteriormente corrigidos em virtude do comentário do João Pedro em relação ao laicismo e laicidade.
Não, por acaso não, acho que não se deve bater às mulheres nem com uma flor (manda-se logo o vaso... :p), e além do mais, sou sportinguista. Mas, esta linguagem típica de grupúsculos de meninos adolescentes do MRPP, MES, PCP ou semelhantes (já que "pátria" parece que é coisa de grupúsculos de extrema-direita, vá-se lá saber porquê), deixa muito a desejar para um ministro, o dos Assuntos Parlamentares. Já agora, alguém sabe para que serve um ministro dos Assuntos Parlamentares? Para além de fazer propaganda descaradamente? Adiante, esta linguagem, acaba por não surpreender, vinda de quem vem:
Mas, mais grave que isto, são estas afirmações:
Viva a Liberdade de Expressão, e o 25 de Abril, e a Democracia, e a República. Não haja dúvida, o que mais há por cá é liberdade de expressão...