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Seja o que Deus quiser

por Manuel Sousa Dias, em 03.07.14
Não sei bem porquê mas sinto uma sensação incómoda de que todos, crentes e não crentes, rezamos pelo que poderá aí vir em relação ao BES.

publicado às 19:11

Como me defendi da Banca

por John Wolf, em 02.04.14

Há mais de uma década morava muito perto de uma filial do banco Cetelem ao Jardim da Estrela e, a dada altura, o sistema de alarme dessa dependência bancária começou a disparar na calada da noite. A primeira vez que sucedeu seriam umas 3 da manhã. Acordei sobressaltado julgando tratar-se de um assalto e liguei à esquadra da PSP mais próxima. Em pouco mais de 4 minutos lá chegou o carro da polícia e uns quantos agentes. Mas tinha sido em vão: tinha sido um alarme falso. O aviso sonoro ruidoso afinal ficou a dever-se a uma falha técnica. Ok, disse eu. Muito obrigado senhores agentes. Até à próxima. E não pensei mais no assunto. Foi uma situação pontual, julguei eu. Mas não. O problema agravou-se, e, noite sim noite sim, lá disparava o raio da sirene e começei a perceber que o problema era crónico - uma maleita definitiva do equipamento anti-roubo. No dia seguinte peguei no telefone e liguei directamente para essa filial do banco para expor a questão e solicitar uma solução célere e definitiva. Sim, senhor. Esteja descansado que vamos "já" tratar do assunto. Mas assim não foi e, já com a minha cabeça a bater mal com tantas noites mal dormidas após semanas e semanas de desprezo do banco, subi a parada do jogo e mudei a estratégia empregue. Passei directamente ao ataque com a ajuda de um Fax. Já não ia mais naquela conversa da treta já estamos a tratar do assunto. Eles queriam lá saber se a vizinhança dormia bem ou mal (os bancários não dormem na dependência, pois não?). Desse modo, compus um documento Word com 200 páginas, mas apenas com um fundo negro sobreposto sobre si umas 20 vezes (copy-paste do fundo negro sobre o fundo negro, vinte vezes. É assim que se faz) e enviei directamente do PC para a sucursal a longa "bandeira negra" (a altas horas da noite). Como podem imaginar a máquina dos faxes ficou toda borrada. O pobre aparelho lia vezes sem conta as linhas do fundo negro e não avançava, não saía do mesmo lugar. No dia seguinte os empregados bancários devem ter ficado um pouco baralhados assim que entraram na loja. Epá, o que se passa aqui com o Fax! Parece uma fralda borrada. Como eu sabia que eles não imaginavam o que se tinha passado, esperei pela próxima noite e um novo disparo de alarme para enviar uma nova "mensagem" de 100 páginas, mas desta vez com um texto com o tamanho da font no máximo: POR FAVOR QUEIRAM REPARAR IMEDIATAMENTE O VOSSO SISTEMA DE ALARME. E assim continuei mais umas noites com pequenas variações sobre o texto enviado, mas com um novo destinatário incluído na minha lista de protesto. Sim, senhor. Enviei a mesma mensagem interminável para o presidente do banco incluindo o meu nome e a minha morada. Por essa altura do campeonato não me importava nada que julgássem tratar-se de um louco (certamente não andariam longe da verdade!) e, para meu espanto, volvidos apenas dois dias, não é que me bate à porta um estafeta com uma entrega especial: um embrulho com o logotipo do banco Cetelem estampado na frente e no verso. Agradeci ao estafeta a gentileza da entrega, e já no interior do meu apartamento, abro o pacote para ser surpreendido com uma garrafa de champanhe, uma agenda e uma carta com um pedido de desculpa pelas noites mal passadas. Fiquei realmente contente com o resultado desta estória e pensei o seguinte - o que seria de mim sem estas maravilhas tecnológicas? Provavelmente as minhas noites nunca mais seriam as mesmas. Mas mais importante do que isso, descobri que um fax pode ser um aliado formidável, uma arma de protesto notável. Depois não digam que eu não dou boas ideias! Hum?

 

* história verídica

publicado às 11:55

Be careful, donkeys!!

por João Pinto Bastos, em 11.04.13

Lagarde diz, preto no branco, que há bancos na periferia (sim, o aviso da dita cuja inclui este pobre cantinho à beira-mar plantado) que têm de fechar. Depois da bomba holandesa, que foi encostado na chefia do Eurogrupo por "artes mágicas", o FMI, pela boca da sua responsável máxima, soltou as amarras do politicamente correcto e disparou uma verdadeira saraivada de tiros. Resta saber qual será o resultado destes perdigotos no humor volúvel dos mercados. A conclusão que há a retirar é que as nossas poupanças, as minhas e as dos leitores, não estão, de modo algum, asseguradas. O estoiro final já esteve bem mais longe. 

publicado às 14:56

O dinheiro dos contribuintes nas mãos de Gaspar

por João Pinto Bastos, em 20.03.13

Lenta e inexoravelmente o Leviatã vai espalhando os seus tentáculos sobre tudo o que mexe. Com o dinheiro dos contribuintes como lenitivo.

publicado às 23:42

Uma postura que faz a diferença

por Pedro Quartin Graça, em 28.01.13

publicado às 22:52

Uma questão pertinente

por João Pinto Bastos, em 25.01.13

Qual é o banco que está a conceder o generoso crédito que permite ao engenheiro da falência colectiva da nação levar uma vida nababa na cidade luz? É que com tanta abundância de crédito para Sócrates começo a perguntar-me o porquê de as pequenas e médias empresas não terem acesso com a mesma facilidade ao crédito concedido pela banca. A solidez das contas de Sócrates é assim tão superior à segurança creditícia fornecida pelas milhares de empresas que labutam todos os dias pela sua sobrevivência?

publicado às 14:14

Socialismo bancário (2)

por João Pinto Bastos, em 21.12.12

Há coisas que são mesmo do arco da velha e que comprovam que vivemos em regime de socialismo bancário. O caso Monte Branco, que hoje vem amplamente noticiado em alguma imprensa, é a prova final e acabada de que a finança é um negócio da China. Fazem-se trapaças, ludibriam-se os patetas, extraem-se rendas e comissões, mas, atenção, falir como ocorre amiúde em qualquer actividade normal sujeita à livre concorrência, isso é que não. O capitalismo da "creative destruction" schumpeteriana só se aplica ao Zé da mercearia. De preferência, com a banca, esse potentado feudal, a ganhar. E, perdão que já me ia esquecendo, a destruir. Por fim, não poderia terminar esta posta sem referir o silêncio sepulcral que reina na blogosfera liberal a propósito deste assunto. Silêncio esse, sintomático e indiciador de algo bem mais nefasto que, por respeito aos leitores, me abstenho de dizer. Tristes tempos.

publicado às 20:40

Crónica de um país falido (2)

por João Pinto Bastos, em 26.10.12

Serei eu o único a ver - bem, talvez não, dado que o Pedro Lains concorda com este diagnóstico - que a colusão de interesses entre o Estado e a banca tem tudo para terminar num revés económico de grandes proporções? Não é surpresa para ninguém, pelo menos para os analistas mais cautos, que os bancos tentarão a todo o custo livrar-se dos títulos públicos que têm em carteira. A má notação da dívida pública, consequência óbvia do estiolamento da situação económica, traduzir-se-á em mais uma invocação ao já esmifrado erário público. Resta saber se ainda haverá dinheiro para acorrer a esse mais do que previsível desastre. 

publicado às 00:13

A autofagia da iniciativa privada

por João Quaresma, em 23.10.12

Nos últimos anos, no debate que se gerou em torno de qual deve ser o papel do Estado na economia, e dos privados no satisfazer das necessidades nacionais, têm sido frequentes os «Não há razão para que isto seja feito pelo Estado», e «Não há razão para que aquilo não seja feito por privados». A Escola Austríaca está na moda e é fácil que o sentimento anti-Estado seja forte, depois de décadas de desgovernação socialista e com o actual estado de pilhagem do país a atingir níveis feudais. É natural que assim seja: o radicalismo gera sempre radicalismos de sinal contrário.

Mas o facto de termos um Estado bastante mau e omnipresente no funcionamento da economia não torna a iniciativa privada sobredotada nem intrinsecamente capaz de resolver os problemas e satisfazer as necessidades. Nenhuma sociedade poderá ser bem sucedida e resolver os problemas que a afectam se viver desprovida do sentido do bem comum, de uma estratégia comum e se cada um dos agentes - seja público ou privado - agir apenas com egoísmo e de acordo com os seus interesses económicos directos. Sobretudo, não se deve cair no erro de ver qualidades, capacidades e iniciativa onde elas não existem. A seguinte notícia, do Diário Económico, é disso esclarecedora:


«Banca tira financiamento à economia para lucrar com o Estado

A banca nacional cortou o financiamento às empresas em 6,8 mil milhões de euros este ano. Por outro lado investiu 7,4 mil milhões em dívida pública.

A banca continua a cortar no financiamento às empresas nacionais, apesar dos alertas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos apelos do próprio Banco Central Europeu (BCE) que, em Dezembro e Fevereiro, abriu os cordões à bolsa. Os dois leilões de longo-prazo, promovidos pelo BCE, tiveram por objectivo garantir que a banca europeia teria fundos suficientes para assegurar que o crédito continuaria a fluir para a economia, apesar das necessidades de cumprir com dívida a vencer em 2012. Nesse último leilão, a banca portuguesa levantou quase 8,8 mil milhões de euros, com uma taxa de juro de 1%. Nos dois meses que se seguiram, os bancos investiram 6,3 mil milhões em títulos de dívida pública nacional.»

 

É desnecessário lembrar o que a falta de crédito tem feito e está a fazer a muitas empresas, que assim não conseguem aproveitar oportunidades de exportar ou sequer de funcionar (vou citar os casos de duas das últimas companhias de navegação portuguesas, à beira do fim, a Naveiro e a Classic International Cruises, com navios arrestados por incapacidade em se financiarem junto da banca). Os bancos estão a destruir outras empresas para poderem investir de forma que consideram segura sustentando um Estado que está a destruir a economia nacional. Por outras palavras, e parafraseando Churchill sobre o apaziguamento, os bancos esperam que quando chegar a vez deles, o crocodilo já esteja satisfeito e não os coma. Acham que o monstro que alimentam, por muito monstruoso que seja, obedecerá sempre à voz do dono. Normalmente, estas coisas não acabam bem.

publicado às 15:50

Justiça, uma boa notícia

por Nuno Castelo-Branco, em 28.04.12

Que se faça então jurisprudência, cerceando-se as extorsões e abusos.

publicado às 23:07

Para eles, o tamanho importa.

por João Quaresma, em 19.04.12

El Banco de España obligará a las entidades financieras a eliminar 'la letra pequeña' de los contratos de los productos bancarios con el objetivo de avanzar en la protección de los clientes y promover la concesión responsable de créditos. (...)

 

"La letra a utilizar en los documentos de información tendrá un tamaño apropiado para facilitar su lectura. En todo caso, la letra minúscula que se emplee no podrá tener una altura inferior a dos milímetros", dice el texto de la futura norma.

 

Esta condición deberá regir para productos y servicios bancarios como depósitos, créditos al consumo, préstamos hipotecarios sobre viviendas y negociación de cheques, así como avales, fianzas y garantías, según recoge el proyecto de la circular.

 

Pois. O Estado cá também gosta de regular coisas: proibir carros com mais de 20 anos de circular em Lisboa, proibir o consumo de álcool antes dos 18 anos e proibir as colheres de pau nos restaurantes. Coisas realmente importantes.

publicado às 23:45

Há aqui qualquer coisa que não bate certo

por Pedro Quartin Graça, em 16.01.12

Soube-se hoje pelos media, que divulgam dados do BCE, que desapareceram 2.323 bancos desde a criação do Euro. Assim, o número de bancos na zona euro recuou 4% em 2011, face ao ano anterior, informa o Banco Central Europeu (BCE).

A zona euro contava com 7.533 bancos no dia 1 de Janeiro deste ano, 332 instituições menos que no mesmo dia de 2011, um decréscimo que foi observado em toda a região, de acordo com estatísticas publicadas hoje.

O recuo mais forte em percentagem foi observado na Irlanda (15%), seguido de uma redução de 8% no Luxemburgo, 6% em Chipre, e ainda 5% em França e na Grécia.

Em número de instituições, a Irlanda lidera também, com 106 sociedades financeiras extintas, seguida da França 59), Luxemburgo (48) e Alemanha (43).

O BCE constata que, apesar do alargamento da zona euro desde a sua criação em 1999, o número de instituições financeiras não parou de diminuir, alcançando já os 24% num total de 2.323 bancos desaparecidos.

Em 1 de Janeiro de 2012, a Alemanha e a França albergavam 41% dos estabelecimentos bancários da zona euro. A União Europeia, no seu conjunto, perdeu 334 sociedades financeiras em 2011, sendo que 9.587 bancos continuam altivos na UE.

No meio disto tudo, e sendo Portugal um dos 2 países financeiramente mais afectados da Zona Euro, conjuntamente com a Grécia, natural seria que vários fossem os bancos portugueses que também desaparecessem. Tal não sucede contudo. Por cá os Governos preferiram apoiá-los do que deixar a sua sorte nas mãos do mercado. É a tal teoria dos riscos endémicos defendida por uns quantos para justificar o que não tem justificação. Com o argumento, velho conhecido, de que a banca portuguesa é segura.

O problema é que quem paga esta "segurança", estes "luxos" que, de práticas neo-liberais nada têm, é o Zé Povo! Não é Dr. Mira Amaral?

publicado às 14:11






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