Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O Ministério Público está pejado de razão quando declara não ter havido qualquer intencionalidade em ultrajar a actual e mais recente bandeira nacional. Não houve de facto qualquer intencional injúria e a nenhum dos presentes naquela varanda tal coisa interessaria, pois a insígnia é a demonstração visível do próprio poder que exercem sem grandes contas terem de prestar.
Em Portugal não existe uma verdadeira democracia, pois o que temos sofrido, consiste no descarado rapto da mesma por um sistema partidário duvidosamente eleito através do sistema de lista. No nosso país e ao contrário daquilo que se passa nas pérfidas Monarquias europeias, as petições populares - geralmente clamando pela fiscalização de todo o tipo de dislates que para sempre ficam impunes - não valem mais que um "pedaço de papel" e em vez de termos um sistema partidário que vê na participação popular o poderoso esteio da sua própria sobrevivência, verifica-se precisamente o oposto. Pior ainda, o Chefe do Estado é a cabeça mais visível do total divórcio existente entre eleitos e eleitores, servindo para ainda mais conúbios e visíveis vasos de comunicação entre forças políticas e interesses aparentemente alheios ao exercício do poder. Ficam assim ilibados todos os BPN, todos os Freeport, ajustes directos, contentores, transumâncias de aeroportos, inexistência de fiscalização à banca e tudo o mais que é supérfluo mencionar.
Se por milagre os agentes da nossa política tencionassem enviar ao povo um sinal claro de regeneração, bastaria que contratassem agências independentes, bem pagas e que no estrangeiro procurassem o esconderijos dos milhares de milhão roubados no BPN. Sem isto, de pouco ou nada valerão quadraturas de círculos, antenas abertas, eixos do mal e outras tantas indisfarçadas válvulas de escape para "português ver". Já poucos terão ilusões quanto à mais que arranjada e fictícia pseudo-oposição angariada pelos embalsemões da praça.
Por agora, fica assim liquidada a "questão da bandeira ao contrário", mais uma dispensável chinesice sem qualquer importância. Nem poderia acontecer algo de diferente, pois o Ministério Público teria então de muito retroceder no tempo e agir em conformidade, chamando à barra os legítimos herdeiros políticos daqueles que no já longínquo dia 1º de Dezembro de 1910, fizeram queimar montões de Bandeiras Nacionais - muitas delas pertencentes a unidades militares - num crepitoso auto-da-fé em plena Praça dos Restauradores.
Subversão triunfante, terrorismo institucionalizado, Constituição rasgada, juras militares e civis à Carta e à Bandeira esquecidas, ultraje descarado aos símbolos da Pátria e da legalidade do Estado de Direito. Não haja dúvida, um modus faciendi que criou um belo precedente que tudo pode legitimar. E mais não dizemos.
Nem a Marinha Grande escapa? Aqui d'El Rei!
Via Radical Royalist, um texto chegado da Alemanha
Eine 6 x 4 Meter große blau-weiße monarchistische Flagge wurde letzten Freitag, den 26. März, an der höchsten Stelle des Parque Eduardo VII, mitten in Lissabon, im Morgengrauen, auf den Fahnenmast hochgezogen, an dem normalerweise die grün-rote Nationalflagge Portugals hängt.
Zu der Tat bekannte sich eine Gruppe, die sich „Carbonara – Movimento Monárquico para as Massas“ (dt.: Carbonara – Monarchistische Bewegung für die Massen) nennt, und die angibt, diese Tat begangen zu haben, um den Geburtstag des portugiesischen Thronfolgers, den 14jährigen Infanten Dom Afonso de Santa Maria de Herédia e Bragança, zu feiern.
Die Flagge wurde auf Halbmast gesetzt um, so eine anonyme Quelle, auf die „aktuelle katastrophale Lage der portugiesisch-republikanischen Nation“ hinzuweisen.
Sie wehte im Parque Eduardo VII, unweit des Marques de Pombal, bis um ca.12 Uhr.
Erst dann konnte die Lissabonner Feuerwehr einen Leiterwagen erübrigen, um mit seiner Hilfe die blau-weiße Flagge vom Mast herunterzunehmen.
Wie der Lissabonner Polizeichef André Gomes der Nachrichtenagentur LUSA mitteilte, wird gegen die „Carbonaras“ Strafanzeige erhoben werden, und der Fall dann dem Innenministerium (port.: Ministério Público) übergeben.
Es obliegt dann dem Innenministerium juristisch gegen diese Carbonara-Gruppe vorzugehen.
Da die portugiesische Staatsflagge über Nacht nicht am Fahnenmast hing, kann man nicht von einem Diebstahl von dieser reden, wie damals im letzten August, als Monarchisten die republikanische Nationalflagge gegen die blau-weiße Flagge der Monarchie im Lissabonner Rathaus tauschten (lesen sie hierzu auch meinen post „31 da Armada - Die Monarchie in Portugal lebt” vom 13. August 2009).
Auch von Sachbeschädigung kann nicht die Rede sein, da ja kein Schaden am Fahnenmast entstanden ist.
Aber das republikanische Portugal wird schon Gründe und Wege finden, nach jungen Männern zu suchen, die sich einen Spaß daraus machen, blau-weiße Flaggen zu hissen.
Natürlich machen sich königliche Fahnen im Jahre der 100-Jahresfeiern der Republik nicht gerade gut. Also wird mit aller Kraft gegen solche politischen Aktionen vorgegangen.
Ohne Zweifel ändern sich mit der Zeit die politischen Systeme, genauso wie die Fahnen.
Aber anscheinend ist es eine Tatsache dass es hier in Portugal genug Menschen gibt, die sich die Wiedereinführung der Monarchie vorstellen können, ja sich diese sogar wünschen.
Und solch eine Tatsache zu ignorieren ist nicht nur zutiefst undemokratisch, sondern auch politisch sehr unklug!
Dom Duarte Pio, der Thronprätendent Portugals wurde am Parque Eduardo VII gesichtet, als er den Feuerwehrmännern zusah, wie sie sich Mühe gaben, die Flagge vom Mast runterzuholen.
Er war zu keinem Interview bereit.
Aber sein breites Grinsen sprach Bände.
http://planetportugal.blogspot.com/2010/03/carbonara-mobarchie-fur-die-massen.html
Para quem tenha qualquer dúvida, aqui está a prova, sem truques de perspectiva, photoshop ou outras habilidades do género. Alguns órgãos de comunicação social de "referência", já iniciaram a campanha de desinformação, dizendo terem os "Carbonaros" substituído uma certa coisa acintosamente feia e de má memória de um péssimo século, pela bandeira azul e branca.
Como sempre, mentem. A novidade é uma não-notícia, porque totalmente falsa!!
O mastro estava vazio desde finais de Novembro de 2009, quando ali se ergueu a árvore de Natal que todos os anos promove um banco qualquer.
Nos sectores da blogosfera políticamente bem instalada na vida, a resposta obedece previsivelmente ao cânone clássico, preferindo-se desprezar a ousadia e invectivando os monárquicos de patuscos! São tão conservadores e elitistas, estão caquéticos, imobilistas e agarram-se tão ferozmente aos capitosos privilégios de casta! É o eterno argumento dos vencidos reduzidos à defensiva e incapazes de sequer colarem um cartaz, coisa que a passada juventude jamais lhes proporcionou. Sempre tiveram quem o fizesse por eles, a troco de metal sonante. No fundo, fica-lhes bem. Não esperávamos outra reacção, até porque vendo bem as coisas - e concordando ou não com o que por vezes lá se escreve -, o 5 Dias tem uma outra consistência. Pelo menos, ignora-nos e em algo podemos convergir: no patriotismo.
Numa despeitada reacção aos acontecimentos desta noite, o presidente da Câmara Municipal de Cascais enfiou o Capucho e acabou por dizer o que não devia: falou em gratuitidade da acção.
Tem toda a razão, o senhor António Capucho*. A colocação da Bandeira na frontaria da Cidadela não custou um tostão aos contribuintes portugueses que pelo contrário, entram como "cooperantes" no financiamento das despesas dos senhores Conselheiros de Estado, presidentes de Câmaras Municipais, etc.
Para mais, não se entende qualquer tipo de "ofensa" no acto. O Palácio da Cidadela - aliás uma modesta casa de férias -, embora sendo a residência oficial do Chefe de Estado, raramente acolhe dentro dos seus muros os sucessivos inquilinos de Belém. De facto, estes refinados e selectos veraneantes, escusam-se a sofrer o incómodo daquele "lugar indigno e sem condições", impróprio para tão sofisticadas excelências. Há muito se foram os tempos em que outra gente por ali ficava nas férias, uns simplórios que davam pelos nomes de "o Luís, a Maria Pia, o Carlos e a Maria Amélia". Uma gente qualquer, com certeza! A quem Cascais e o seu indignado presidente "nada" devem**...
* Tome lá cuidado com o que diz, porque as eleições estão à porta.
** Mas que servem para a publicação de livros enaltecedores da localidade e ainda surgem como chamarizes turísticos da zona. Não há CMC que "do Luís, da Maria Pia, do Carlos e da Maria Amélia" não se aproveite. Seja a edilidade rosa ou laranja.
Por referência aos U2 e à sua música One, fui dar com aquele hit da maravilhosa Shania Twain, You're Still the One, que aqui deixo na versão ao vivo, a solo, e na versão em dueto com Elton John. Mas o melhor mesmo é o que encontrei no site da própria Shania Twain. Depois do massacre de hoje da equipa das quinas à Suécia, que, mais uma vez, não resultou em qualquer golo, parece-me que a Bandeira Nacional bem precisa de uma remodelação, pelo menos para moralizar Carlos Queiroz e a restante selecção, e Shania Twain parece já ter uma proposta:
Basta o Sol bater na coisa por uns tempos e até a bandeirola deles transforma as cores, berrando em azul e branco "Viva a Monarquia!