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A República está caduca

por João Almeida Amaral, em 20.01.16

 

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A 4 dias das eleições presidenciais, estou perante um dilema que me deixa preocupado. Sou adepto de um sistema de Monarquia Constitucional , porque julgo ,mais moderno, mais justo e economicamente mais sustentável que a velha República, no entanto, nunca deixei de exercer o meu dever cívico, de exprimir a minha opinião nas urnas.

Desta vez , mais do que nunca, as eleições para a Presidência da República ,apresentam um rol de candidatos paupérrimos. Não sei os nomes de todos, mas os que são mais mediatizados, são por si, assustadores para mim.  

Começo pelo homem do óculos , não sei o nome , parece Groucho Marx, diz umas coisas vagas . Que me perdoe mas é uma perca de tempo . O Morais, tem um mérito é o Sr. Corrupção , não há dúvida que se faz ouvir mas sempre no mesmo tema, uma obsessão talvez. O "Tino" traz-me o Douro à memória , simpático, um homem do campo Duriense, mas que só por esse facto não não preenche os requisitos para ser Presidente da República. Estava a esquecer-me da Marisa e do Padre que já o não é , mas esses nem comento. 

O Nóvoa é um sectário , não se assume como esquerdista e para cumulo há duvidas sobre a sua formação académica, não tem ideias e julga que é candidato a 1º ministro. Maria de Belém , não será má pessoa , mas sofre do problema típico do partido onde milita, divisionista. Para fim de campanha o tema das subvenções mancha-lhe o caminho.

Marcelo, bom o Marcelo eu nunca escondi, que não gosto do estilo, mas parece-me apesar de tudo, que é o homem mais preparado, para a função . O candidato mais credível para mim é Neto mas a idade é um problema.

Em consciência dia 24 estou perante um dilema.

A República está caduca.

Nenhum destes candidatos tem perfil para a função.

PS.

A morte de Almeida Santos confirma o estado da República,as elites ,aperaltaram-se para ir a Basílica da Estrela.

Não entendo,  se o defunto era ateu e não queria cerimónia religiosa, porque havia  o corpo de ir para uma Igreja.

Vícios de uma República caduca .

 

publicado às 11:40

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Na política abundam macacos de imitação. Um camarada teve uma ideia genial há 50 anos e de repente aparece outro que a apresenta como se tivesse descoberto a pólvora. Até parece uma sina portuguesa. À falta de melhores ideias de governação, lá vão buscar ao sotão o raio da Regionalização que, apesar do entusiasmo e da verborreia, nunca chega a parte alguma. Mas convenhamos; o tema serve para encher chouriços, serve para acenar a cenoura de liberdade e autonomia à frente do chanfro de autarcas com aspirações a maiores voos. E nada acontece - não conseguimos e tal, tentamos em vão. Portugal sofre ciclicamente deste estado político psicótico; os actores têm um vaipe e metem a cassette para ver se pega - não pega. Contudo, não nos quedemos por aqui. Há mais. Assim que a pen das presidenciais é inserida na máquina, nascem logo uma série de candidatos nos principais partidos de Portugal. O Partido Socialista tem sempre à mão 3 ou 4 macróbios da terra (cito Eça...). O Partido Social Democrata também tem um punhado deles (peço perdão, deveria ser ao contrário - o punho é socialista). Pelo menos com Garcia Pereira sabemos com o que contamos: é um e apenas um - não há apostas múltiplas. E é aqui que vou buscar o saudoso António José Seguro que pode dar (ou já deu) o seu contributo a Portugal. O homem vai obrigar a mais macaquices de imitação. Pelo andar da procissão prevejo primárias presidenciais dentro dos partidos. Estou particularmente interessado no duelo entre os Antónios: o Vitorino e o Guterres (têm mais ou menos a mesma altura do chefe da casa civil do presidente, Nunes Liberato). Enquanto isso possa vira a decorrer, na casa dos segredos laranja, Santana Lopes e Marcelo parecem ser os pré-convocados para o frente a frente. A ver vamos. Agora a ideia de primárias presidenciais partidárias não seria mal metida, não senhor. Com tanto simpatizante que por aí anda, Portugal apenas pode sair vencedor. Afinal todos estes candidatos já deram provas do seu valor.

publicado às 08:17

Bem-vindos Sócrates, Guterres e Barroso!

por John Wolf, em 15.11.13

Uma vaga de imigração está a assolar Portugal. O primeiro a chegar à Portela foi Sócrates. Sabemos que Guterres já se instalou em território nacional e agora chega-nos a notícia que José Manuel Barroso provavelmente voltará a ser Durão Barroso. Observo que a casa portuguesa começa a ficar apertada, cheia de visitas políticas de última hora. Resta saber que profissões desejam exercer na Lusitânia. Como forma de acreditação junto dos esquecidos, Sócrates e Guterres já têm livros para contar versões integrais ou parciais dos seus percursos - falta Durão Barroso lançar um volume no seu regresso oficial. Um livro de capa dura à Diplomacia de Kissinger com o título: "Breves notas sobre o abandono de Portugal e o meu regresso". Para já, Sócrates está a agitar as hostes socialistas - António José Seguro e António Costa que se cuidem porque não me parece que o ex-lider se quede pelas noites de Domingo. Guterres ainda não deu muito nas vistas - está a cumprir um período de nojo antes de provavelmente iniciar um estado de graça. António Costa, Seguro ou Sócrates não se têm de preocupar com Guterres. Se este correr para algum lado, será quase de certeza para Belém. Durão Barroso, que ainda não sabemos ao que vem, vai ter de acertar agulhas com o PSD para saber se é o homem presidencial (ou se tem lugar no novo partido da esquerda de Rui Tavares, para revisitar as suas origens ideológicas). Marcelo Rebelo de Sousa fará aquele jogo que conhecemos - não irá colocar as cartas todas em cima da mesa. Vai deixar os outros tomar a iniciativa, como tem sido o seu estilo, e depois, dirá à Judite de Sousa o que irá fazer (e ela, comovida pela confidência oferecer-lhe-á um cabaz de Natal ou um ramalhete de flores). Ainda faltam uns quantos que não caem na categoria de regressados à pátria. Refiro-me a outros que andam por aí a bailar e à espera do momento propício. O que deve ser sublinhado nestes regressos auspiciosos, tem a ver com a noção que inunda os seus espíritos - a ideia de que ainda podem prestar serviços à nação. Eu disse serviços. Não disse bons serviços, nem lindo serviço. Os portugueses que decidam que destino dar a estes trabalhadores - que eu não tenho voto na matéria.

publicado às 11:12

As falinhas mansas de Seguro

por John Wolf, em 04.08.13

O vice-primeiro de Seguro - Carlos Zorrinho -, embora queira mostrar os dentes e defender o lider do seu partido, está efectivamente a salvar a sua pele. As falinhas mansas que refere são um modo de sacudir a água do capote. Quem é brandinho e inofensivo é Seguro. Quem tem falinhas que nem chegam a ser mansas é Seguro. E o facto de Zorrinho passar grande parte do seu tempo político na companhia do seu compincha de bancada parlamentar pode significar que sofreu efeitos de contágio. O perfil comprometedor de Seguro pode ser do tipo infeccioso que passa de parceiro para parceiro se estes não se protegerem adequadamente nas relações que estabelecem. Zorrinho, sem dar por isso, terá replicado um pouquinho de Seguro. Pode-se ter assegurado um bocadinho sem dar conta, e agora corre o risco de ser entendido pelos eleitores como um membro que se confunde com Seguro - um quase Seguro. Mesmo um chefe acarismático, como o secretário-geral, pode marcar o estilo dos seus seguidores. Sem o desejar ou sem o saber, os fiéis acabam por emular alguns tiques e figuras de estilo. Zorrinho tem consciência disso e porventura quererá demarcar-se da estrela cadente e marcar os limites da sua personalidade política. Se cai Seguro levará consigo a palette toda, os associados da empreitada e os resistentes às palavras inócuas. As frases perfeitas para um abstracto político, um esboço teórico de afirmação populista que dista das medidas concretas que o país necessita mas que estes trovadores desconhecem por não serem capazes (crescimento e emprego? Como?). As autárquicas podem rebentar com as guarnições vazias dos socialistas. Se de repente os camaradas ganham umas câmaras valentes, terão de lidar com a sua própria herança, com o regresso à ruína inacabada - o modo continuum socialista com todas as suas nuances, as fantásticas empresas municipais e os seus directores de águas e gases. Se mantiverem as câmaras que já detêm, serão obrigados a assumir por inteiro a responsabilidade dos descalabros financeiros, as contas desfalcadas de mandatos repetidos sem intromissão. De nada servirá atirar a culpa para os "dois anos de governação do governo de coligação". As catástrofes autárquicas terão apenas uma assinatura-rosa, terão apenas uma parte contratual e a batata quente não poderá ser devolvida a outros remetentes. A morada definitiva será essa e mais nenhuma. Os socialistas, num putativo regresso triunfal ao universo autárquico, retornam ao seu legado, ao seu passado, aos fantasmos e aos mortos-vivos da sua excelsa administração, a um Castelo-Branco-sujo em todo o seu esplendor. Os socialistas, toldados pela vontade de ganhar, levados na corrente da paixão, demonstram que não conseguem pensar uma para a caixa eleitoral. Não são capazes de ser racionais, metódicos e programáticos quanto baste para se organizarem a nível partidário, quanto mais para dirigir os destinos de um país. Os socialistas, que se acham capazes de congeminar um plano de salvação a solo, são politicamente narcisistas e egoístas, e reafirmam esse devaneio por não terem alinhado nas cantigas e acordes de Belém. Com este género de discurso pueril, sabemos que estamos a lidar com crianças queixinhas. A expressão "falinhas mansas" não demonstra maturidade política. É um balbuciar como tantos outros a que nos habituou Seguro. O punho rosa, hirto e firme, parece ser de outros Verões quentes, de outros protagonistas. Eu não disse que Seguro era contagioso?

publicado às 17:13

Há dias enganei-me no caminho e fui parar aos Dias da Música em Belém. Foi no último Sábado, creio. Estava à pinha, o estádio do CCB. Havia gente a perder de vista. No pátio exterior (aquele que se encontra lá em cima, diante das garrafas vazias de tinto ou branco, sem casta, da tal Vasconcelos...) um palco deu as boas vindas a um "Ensemble de Trompetes" pouco passava das 15h. Salvo erro, eram oito marmanjos gaiteiros e uma garina com a boca no trombone e a mini-saia pelo umbigo. Tinha pernas jeitosas, sim senhor, mas não irei enveredar pelo cliché sexista, nem saxofonista. Limito-me a devolver em surdina o que pude avaliar dadas as minhas limitações culturais. Não sei o suficiente sobre música e gostaria que assim não fosse. E que, dada a pompa dos dias da música, os pudesse aproveitar para somar notas musicais, aprender algo. Devo dizer que fico sempre chocado com eventos realizados às três pancadas, que primam pela ausência de um conceito, um sentido de missão pensado por uma equipa competente de servidores públicos. Como podem ler no artigo celebratório do jornal Público, o que interessa são os números. A quantidade infernal de ingressos, um sem número de utentes que lá foi entreter-se, mas que porventura pouco mais leva para casa. E porque faço estas afirmações. Porque já vi como se faz. Em Graz, Áustria (que tem a única Universidade de Jazz do mundo) ou em Filadélfia, nos EUA (que tem um Mann Center). Porque razão o referido ensemble de trompetes não brindou o público com um apresentador que enquadrasse os temas musicais na sua paisagem? E que explicasse ao público a natureza de instrumentos de sopro? Porque razão o bando de sopradores não elegeu um líder? Um guia para orientar as dinâmicas das pautas? Andaram perdidos, desafinaram e não chegam aos calcanhares de trompetistas de um qualquer licéu da República Checa. A loira? Bem sei que a rapariga com o saiote pelos cotovelos distrai, mas regressámos sempre ao mesmo quando se trata de cultura em Portugal. Um fosso que separa aqueles que poderiam dizer algo, daqueles que nem sequer sabem escutar. Não quero estar a induzir-vos em erro, mas o primeiro tema que apresentaram, julgo ter sido uma composição de John Williams. Sim, o mesmo que compôs a banda sonora do filme o Parque Jurássico. Mas não interessa. O tema até poderia ser da idade da pedra, da idade do mármore picado de Belém.

publicado às 09:56






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