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Acampamentos domésticos e o BE

por John Wolf, em 29.07.17

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É a Esquerda que está no poder. E no contrapoder. Nos meios de Comunicação Social, na Protecção Civil, na Caixa Geral de Depósitos, no BES, na Floresta, na praia do Ancão e no acampamento do Bloco de Esquerda. Por outras palavras - ela está no meio de nós. Mas as rezas de outrora, as causas da sua igreja ideológica, parecem desvanecer-se. Se bem me recordo foi a Catarina Martins que avisou que iria acabar de vez com a violência doméstica e que iria libertar a mulher dos estereótipos e lugares-comum. Não me parece que tenha havido grande esfregona e balde a serem empregues para limpar as manchas deste flagelo que assola a sociedade portuguesa. Com tanta prosápia sobre direitos inalienáveis e igualdade de géneros, não foram capazes de alavancar a mudança que se exige. Ou seja, como conseguiriam explicar aos libertários da revolução que a moldura penal para violentadores domésticos foi intensamente agravada? E é aqui que reside grande parte da contradição. O Bloco de Esquerda tem uma visão que nem sequer é selectiva nem generalista. É uma pescadinha de rabo na boca. Se a Esquerda fosse criteriosa e proporcional em relação à violência doméstica propunha medidas jurídicas que gostaria que fosse a direita a enunciar - restrições em relação ao conceito de liberdade que os bloquistas reclamam todos os anos sob os auspícios de um acampamento selvagem. Em vez disso, o número de mortes continua a doer.

 

Foto de John Wolf tirada no Christopher Day Parade em Berlim, 23 Julho 2017

 

 

publicado às 14:56

Turcos, Russos e Berlinenses

por John Wolf, em 19.12.16

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O assassinato do Embaixador Russo Karlov em Ancara deve ser interpretado à luz dos interesses comuns da Rússia e Turquia. São mais os pontos convergentes entre os dois Estados do que aqueles que os separam. Os regimes de ambos os países dependem em larga escala da justificação excêntrica. Quer Putin quer Erdogan poderão validar de um modo ainda mais intenso o modus operandi dos seus aparelhos. O alibi terrorista "externo" serve convenientemente a escalada de sistemas de controlo interno, a repressão dos media, os ataques aos inimigos que alegadamente polvilham destinos como Alepo, o reforço do apoio a um regime análogo como aquele de Assad na Síria, mas sobretudo uma certa eternização dos pressupostos de política interna e externa russa e turca.  Desenganem-se aqueles que realizam a leitura deste ataque terrorista à luz de um conflito entre os Estados formais - entre a Turquia e a Rússia. Os dois Estados, simbioticamente, saberão extrair dividendos deste evento. Erdogan poderá invocar a necessidade de uma ainda maior limpeza das forças de segurança interna e incrementar o seu processo de saneamento. Quase simultaneamente o ataque terrorista no mercado de Berlim parece obedecer a uma lógica de oportunidade e não tanto de premeditação. O primeiro evento envolvendo o Embaixador Russo em Ancara serviu para "ligar" as antenas dos media internacional, e à boleia desse facto, os actores envolvidos em Berlim terão aproveitado a deixa. A Turquia que já havia plantado sérias dúvidas em relação a uma putativa pertença à União Europeia, aproveitará este evento para se distanciar ainda mais das instituições europeias que têm demonstrado grande ineficácia no que diz respeito ao grande desafio migratório, e a montante ou jusante, o drama sírio. A Rússia tem a sua agenda determinada há já algum tempo, e estes trágicos acontecimentos em nada descarrilam os seus processos. Isto não acaba aqui. Nunca acabou. Nem terminará. Este é o nosso mundo.

publicado às 20:26

M&M - Marcelo e Merkel

por John Wolf, em 02.06.16

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De maneiras que é assim. Acabou o namoro entre Marcelo e Costa. O fim do matrimónio deve implicar separação de bens. A escapadinha tinha de acontecer - agora é M&M bff. O Presidente da República Portuguesa foi chamado à liça por Merkel. Entre duas ou três bolas de Berlim, a chanceler alemã puxou o professor para um canto e disse: "vê lá se ganhas juízo". Costa = Passos. Por outras palavras, Portugal = Portugal. E a festa é para continuar. Mas, Marcelo Rebelo de Sousa que passa mais tempo em Belém do que Berlim, ainda teve tempo para inventar uma ficção para consumo interno. O Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP) aceitaram a realidade? Minha Santa Ângela das mudanças de sexo aos 16!!! Eles nem sequer viram a realidade. Já ouviram falar do Bremain? Pois. Seis meses nem chega a ser uma gestação como deve ser.

publicado às 13:47

Conferência de Berlim

por Nuno Castelo-Branco, em 23.09.13

Do nosso leitor José V., residente na Alemanha, um breve resumo deste documentário:

 

"No início dos anos 80 do século 19, o interesse europeu sobre África, um continente quase totalmente desconhecido até à altura, cresceu de forma acentuada. As novas ambições geopolíticas conduziram à chamada "Conferência da África Ocidental“, também conhecida por a Conferência do Congo que teve lugar no Palácio do Chanceler do Império em Berlim. Foi presidida pelo Chanceler Otto von Bismark e teve a presença de diplomatas, juízes e geógrafos de 14 países da Europa (oeste).


Durante três meses negoceiam o futuro de Africa, dividem o continente em zonas de influência e desenham/decidem “de maneira selvagem“(arbitrária?) as fronteiras. Isto tudo sem nunca estar um único africano presente na conferência que pudesse opinar ou tomar parte na discussão. A 26 de Fevereiro, depois de duras e difíceis negociações, deu-se a conferência por terminada. O documento final, conhecido por "Carta do Congo“, confirma (graças ao bom trabalho de lobby do Rei Belga Leopoldo II), a Independência do Congo (Congo Belga), sob o domínio da Bélgica. Para além disso, a bacia do Congo foi declarada neutral.


Esta carta/documento, (Carta do Congo), foi a base para a divisão de África em colónias e abriu assim um dos períodos mais "negros“ da História Mundial. As decisões tomadas na Conferência nunca foram jamais postas em causa e as fronteiras decididas na altura nunca foram mudadas até hoje. Não é por isso estranho que tanto antes como ainda hoje estas decisões sejam a razão de muitas guerras e conflitos na Nigéria, no Chade, Uganda ou Darfur no Sudão, na Costa do Marfim ou no Congo.


Não existem fotos da Conferência (nem filmes, simplesmente por que não existia cinema na época), mas somente alguns esboços feitos por pessoas da altura. Para o filme/documentação, foram encenadas as cenas/fases mais importantes da conferência. A encenação baseia-se/apoia-se em documentos originais de arquivos da época (não de domínio público) e das últimas descobertas de pesquisa colonial. Calmettes, o realizador deste filme, mostra com esta documentação uma imagem "negra/negativa/chocante do Poder" e interesses da história política e convida a pensar nos motivos dos "bastidores“ da colonização e das relações muito conflituosas entre a Europa ocidental (West Europa) e a África.

 

  Um abraço amigo,

 

  José"

publicado às 17:32

Berlim e Lisboa

por Nuno Castelo-Branco, em 04.09.13

A reconstrução do magnífico Palácio Imperial - Stadtschloss Berlin -, custará 590 milhões de Euro aos contribuintes e mecenas alemães. Aquela zona da capital da Alemanha recuperará assim a coerência arquitectónica e a memória histórica deliberada e criminosamente destruída pelos senhores do SED. Gostaríamos de saber qual será o preço final do inacreditável mamarracho da PJ - cuja licença de construção foi passada pelo sr. Costa da CML - que está a erguer-se em plena Praça José Fontana. Poderá alguém esclarecer-nos? 

publicado às 23:30

Berlim "ocupa" Atenas e Lisboa

por Pedro Quartin Graça, em 30.01.12

Philipp Roesler, membro do governo alemão em entrevista ao jornal “Bild”: “Precisamos de maior liderança e monitorização relativamente à implantação das reformas. Se os gregos não estão a ser capazes de conseguir isto, então terá de haver uma liderança mais forte vinda de fora, por exemplo, da União Europeia”.

De acordo com o jornal i, "o governo grego ficou em estado de choque com a ameaça da próxima ocupação. O ministro grego das Finanças pediu à Alemanha para não acordar fantasmas antigos – a Grécia esteve ocupada pelas tropas nazis durante a II Guerra. “Quem põe um povo perante o dilema de escolher entre assistência económica e dignidade nacional está a ignorar algumas lições básicas da História”, disse Venizelos, lembrando “que a integração europeia se baseia na paridade institucional dos estados-membros e no respeito da sua identidade nacional e dignidade”. “Este princípio fundamental aplica--se integralmente aos países que passam por períodos de crise e têm necessidade de assistência dos seus parceiros para o benefício de toda a Europa e zona euro em particular”.

O documento que defende a ocupação de Atenas foi divulgado pelo “Financial Times”. Está lá escrito que para ter acesso ao segundo programa de resgate, a Grécia terá de ser obrigada “a transferir a soberania nacional para a União Europeia, em matéria de orçamento, durante algum tempo”. O texto sugere que “um novo comissário do orçamento nomeado pelo eurogrupo ajudará a implementar reformas”. “O comissário terá largas competências sobre a despesa pública e um direito de veto contra decisões orçamentais que não estejam em linha com os objectivos orçamentais e a regra de dar total prioridade ao serviço da dívida”.

Segundo a Reuters, esta tentativa alemã de governar Atenas pode ser estendida a outros países, como Portugal. Uma fonte do governo alemão disse à agência que esta proposta não se destina apenas à Grécia, mas a outros países da zona euro em dificuldades que recebem ajuda financeira e não são capazes de atingir os objectivos que acordaram."


publicado às 09:17

Regresso

por Samuel de Paiva Pires, em 16.11.08

Caríssimos leitores e leitoras, amigos e amigas, é só para avisar que já estou de regresso a Lisboa, depois de uma semana por Berlim, em parte em trabalho, como já referiu o Nuno, numa jornada coroada de êxito, em parte em passeio. Ao longo dos próximos dias vou deixar algumas fotos por aqui dessa magnífica e surpreendentemente tranquila cidade. Para aguçar o apetite aqui fica uma foto no terraço do Reichstag com a respectiva cúpula de vidro em pano de fundo. Agora vou descansar que amanhã é dia de desfazer malas, arrumações e colocar umas quantas coisas em dia.

 

publicado às 02:57

É já daqui a umas horas...

por Samuel de Paiva Pires, em 08.11.08

... que estarei em Berlim, até 4a-feira em trabalho, 5a e 6a em passeio, e Sábado regresso a Portugal. Quando regressar volto ao blog! Até lá, bom fim-de-semana e boa semana para todos!

 

 

publicado às 01:47






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