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Dear Jeroen, Yours Sincerely Yanis

por John Wolf, em 06.03.15

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Yanis Varoufakis acaba de propor, numa carta enviada ao Eurogrupo, a contratação de bufos em part-time - inspectores impromptu para denunciar casos de evasão fiscal. Não sei o que a Esquerda das liberdades e garantias tem a dizer a este propósito, mas transformar a sociedade grega num self Big Brother temporário não resolve a questão de fundo da evasão fiscal. O seu efeito dissuasor porventura será mitigado por hiper-desvios ardilosamente congeminados por anti-colaboracionistas. E servirá, consequentemente, para acentuar as fracturas que já assolam a Grécia. Esta decisão tsipraótica parece colidir com o sagrado do alegado acervo civilizacional da Europa que baniu do seu quadro de valores as práticas de regimes autoritários. A Stasi, a KGB ou mesmo a PIDE, parecem retornar à Europa entrando pela porta mais improvável dos supostos libertários da opressão imposta pelo norte - Dear John, Dear Jeroen.

 

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publicado às 19:30

Big Brother is (really) watching you!

por Pedro Quartin Graça, em 06.04.12

Passo a passo, de forma aparentemente "útil" para o incauto e "imbecilizado" cidadão, o Big Brother vai-se tornando cada vez mais forte. O dia a dia de uma pessoa vigiado até ao mais ínfimo pormenor. E com um sorriso na cara. Ou como, através dos seus olhos, o "Grande Olho" o controla. Há algo mais fantástico (e perigoso) do que isto?

 

Outras informações aqui e aqui.

publicado às 09:14

Mário Crespo - 2009

por Samuel de Paiva Pires, em 15.04.09

Mário Crespo, que estará na próxima semana presente no ISCSP enquanto orador nas Jornadas de Ciência Política, mais uma vez, brilhante e inspirado:

 

 

"Estava um dia frio e límpido de Abril e os relógios batiam treze badaladas" e eu dei comigo a pensar: 'Se calhar o melhor é passar um pano encharcado em creolina sobre isto tudo e deixarmo-nos de coisas porque a melhor política é o trabalho e qualquer dia… toca-me a mim'. Do Ministério do Amor já tinham vindo sérias admoestações. Recordam-se do zelador da justiça que, questionado por um jornalista mais impertinente sobre se o "Grande Irmão" poderia ser constituído arguido, respondeu: "Olhe, até você pode ser constituído arguido"? E não é que foi mesmo! Só na última semana foram uns três! Tudo isto para que não haja dúvidas que na "Oceânia", como foi dito, "não é qualquer director de Jornal com as suas campanhas" ou "uma qualquer televisão quem governa". Quem governa na Oceânia é "quem o povo escolhe". Por isso, estes três (e brevemente serão mais) obviamente foram entregues ao Ministério do Amor (um deles já foi ouvido) e agora vão de certeza parar à Sala 101 onde "confrontarão os seus piores receios" até aprenderem a amar sem reservas quem tanto bem lhes faz e a quem tanto devem. Tem que haver uma punição exemplar por esta ingratidão dos que não reconhecem o imenso trabalho que tem sido feito pelo Ministério da Abundância na "distribuição de rações". Como é que os amigos não os denunciaram (como foi feito, e bem na DREN)! Então o Ministério da Verdade não tinha já decidido dar mais um ano de completo bico-calado sobre tudo! E eles (e elas) a pisar cada vez mais o risco contando coisas! Falam de pressões sobre o próprio Ministério da Verdade! Subornos no Ministério da Abundância e, sacrilégio ultrajante, sugerem que há corrupção a alto nível! Qual nível? Ao nível do topo do "Partido Interno"! Como é que se pode dizer uma coisa destas e esperar fazê-lo com impunidade, aqui na Oceânia onde a Abundância é inigualável, e a paz e a justiça nas ruas é garantida por dez mil novos disparadores Glock-19 de 9mm! O Ministério da Verdade já exortou à serenidade com um brilhante anúncio na Rádio e na TV informando que as manifestações de rua são "contra" os cidadãos. E eles não quiseram acreditar! E mesmo no Período do Grande Silêncio decretado pelo Ministério da Verdade divulgaram coisas como se quem mandasse na Oceânia fosse um "qualquer Director de Jornal com as suas campanhas" ou "uma qualquer televisão", quando todos sabemos que quem manda é "quem o povo escolhe". Por isso vamos passar a esfregona bem encharcada em creolina sobre tudo isto e, com o Grande Silêncio garantido pelo Ministério da Verdade, com os desviantes na "Sala 101" a aprenderem a estar calados quando os mandam, o povo sereno votará e escolherá quem quer que continue a mandar na Oceânia. As listas para o "Partido Interno" já estão quase prontas. Depois vêm as do "Partido Externo". Nessas, os descontentes ao verem como ficam os jornalistas que o Ministério da Verdade vai levar à Sala 101, aceitarão de vez o Grande Silêncio e terá "chegado o grande momento. Salvar-nos-emos, seremos perfeitos."

PS: As frases entre aspas, mais inspiradas, são do 1984 de George Orwell. As menos inspiradas são de 2009. Quanto ao mais, como Marx diz no Capital, "muda-lhes os nomes e esta é a tua história".

publicado às 23:31

Liberdade na Democracia

por Samuel de Paiva Pires, em 07.04.09

 

Ainda há tempos escrevi que a discussão em torno das liberdades políticas e individuais se iria tornar premente ao longo dos próximos anos. Vale bem a pena ler o post do Tomás Vasques de que destacamos este parágrafo:

 

Cá por mim, tanto se me dá, como se me deu que invertam o ónus da prova. Mas estas «inovações» nos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos pagam-se, mais cedo ou mais tarde. O Estado começa com pezinhos de lã, em matérias em que ninguém lhe leva a mal, como o enriquecimento ilícito. Depois, aos poucos, vai estender o princípio consignado na lei e admitido constitucionalmente a outros crimes, aliviando o Ministério Público duma carga de trabalhos. Virá o dia em que o Estado acusa um cidadão da prática de um qualquer crime e o cidadão que se amanhe e prove a sua inocência num processo kafkiano. No fundo, é caminhar para as práticas da Inquisição e dos Processos de Moscovo. O Estado democrático dá todos os dias passos largos a caminho do Estado totalitário

publicado às 16:58






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