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Arménio Carlos equipara uma manifestação da CGTP às maratonas que têm ocorrido na ponte 25 de Abril. Diz o dirigente sindicalista/comunista que se as pessoas podem correr ponte fora, também se podem manifestar no mesmo sítio.
Ao mesmo tempo, o movimento "Que se lixe a troika", claramente ''apartidário'' e ''independente'', veio manifestar a sua solidariedade e apoio à decisão de rejeitar os três pareceres que justificam o perigo para a segurança dos manifestantes.
"É uma decisão política" diz Arménio Carlos.
Não é. E Arménio Carlos faz birra. É uma ponte. Uma ponte com manifestantes difere de uma maratona. São óbvias as diferenças. A aglomeração de pessoas, o nível de agressividade num evento e noutro, o propósito da acção. Gostava que um jornalista perguntasse ao dirigente se ele se responsabilizaria se alguém caísse da ponte. Ou tivesse um ataque cardíaco e a ambulância não conseguisse chegar a tempo. Ou houvesse actos de violência na ponte e a manifestação ganhasse contornos negros.
A culpa seria, como é óbvio, do governo. As pessoas caíram da ponte por causa dos cortes nas pensões. A ambulância não chegou a tempo porque os subsidios também não.
Arménio Carlos - e a própria CGTP - só têm a perder com este tipo de atitude política por uma razão: está ao nível de uma birra de um miúdo de 10 anos. Portugal passa por uma altura onde a oposição ao poder vigente só tem a ganhar. Muitas vezes basta não estragarem o estrago que os outros fizeram. Mas Passos Coelho e Cia. agradecem. Com oposição assim, com a defesa dos trabalhadores assim, mais vale entregar o ordenado e reforma ao Estado. Ao menos não nos fazem passar uma ponte.