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Coisas verdadeiramente surpreendentes

por Samuel de Paiva Pires, em 11.02.19

Uma pessoa pensa que já viu tudo na política portuguesa e, de repente, é surpreendida com um esquerdista amuado, qual criança mimada, a queixar-se da boa imprensa de Santana Lopes - e logo nas páginas do Público, cuja redacção anda com o Bloco de Esquerda ao colo desde que este nasceu, dando-lhe uma presença mediática que não corresponde à sua representatividade eleitoral. Isto, claro, sem falar no colinho que a esquerda em geral tem na comunicação social portuguesa, até em órgãos detidos pelo grande capital. O pluralismo democrático, em certas cabecinhas, é apenas terem palco os nossos, um vício de quem nunca se conseguirá livrar intelectualmente do autoritarismo e do totalitarismo que fazem escola por aquelas bandas, por mais loas que teçam à liberdade. Infelizmente, continuamos a comprovar que Alçada Baptista estava cheio de razão: "Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas”.

publicado às 11:52

O 25 de Abril da Venezuela

por John Wolf, em 05.08.18

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Sobre a legitimidade da resistência armada do povo venezuelano aos grilhões do regime de Maduro, o presente arranjo governativo da República Portuguesa parece ter memória curta. Portugal também realizou um atentado a 25 de Abril de 1974, em nome da liberdade e dos princípios democráticos que tanto apregoa. Talvez devido ao facto de Portugal ser refém das centenas de milhares de portugueses que vivem nesse Estado, o ministério dos negócios estrangeiros tome o partido errado e se coloque ao lado de um ditador que mata à fome o seu povo. Na própria Constituição da República Portuguesa a figura de acção directa e defesa contra agressões estão contempladas. Embora as mesmas aludam ao conceito de ameaça e violação da integridade soberana perpetrada por forças estrangeiras, a verdade é que a História já demonstrou de um modo inequívoco que muitas vezes os maiores inimigos são de origem nativa. Maduro deve ser considerado um traidor do seu povo. O resto é conversa política e normativamente correcta. Mas a política e a História não estão escritas em manuais. É na rua que elas acontecem. Viva o povo de Venezuela!

publicado às 21:10

Os manos Robles e a mania da riqueza

por John Wolf, em 29.07.18

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Mesmo que o tanso metesse ao bolso €2M (dois milhões de euros após pagamento de imposto de mais-valias e demais taxas) e a irmã outros €2M, aposto que estoiravam o guito em pouco tempo na senda daquilo que é habitual acontecer a quem ganha o Euromilhões. Que eu saiba, o Robles e irmã não estão habituados a esse tipo de dinheiro, não passando de uns deslumbrados. Ou seja, nem seriam capazes de montar um portefólio de veículos de investimentos saudável (um cabaz com ETF´s, Government Bonds, REITS, Fixed Income Investment Funds, Dividend Yield Funds ou Mutual Funds) porque um não passa de um reles vereador e a irmã aposto uns trocos que é artista. Por outras palavras, seriam (ou são) dois burros a olhar para um museu. O museu do Bloco de Esquerda. O mesmo se aplica a um Barroso que está na Goldman Sachs apenas a vender ligações políticas. De gráficos e mercados percebem pouco. Ou nada.

 

créditos fotográficos: Jornal de Notícias

publicado às 19:03

Do processo de corrupção moral do Bloco de Esquerda

por Samuel de Paiva Pires, em 28.07.18

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Sobre Ricardo Robles, certamente, e é o mais escandaloso no caso em apreço, podemos falar na distância que vai daquilo que se proclama àquilo que se pratica, no sentimento de impunidade de quem se assume defensor de certas virtudes públicas, mas que na vida privada faz o mesmo que condena em terceiros, numa variante do provérbio “bem prega frei Tomás, faz o que ele diz e não o que ele faz”, apetecendo até invocar Lord Acton, para quem o poder corrompe, ou ainda Montesquieu, que nos ensinou que “todo o homem que tem poder é levado a abusar dele; vai até encontrar limites”.

 

Mas mais interessante até que os negócios de Robles, é assistir às tergiversações bloquistas a seu respeito, particularmente ilustrativas do que é uma certa esquerda que se auto-proclama detentora de uma qualquer superioridade moral que, alegadamente, a diferencia não só dos restantes posicionamentos políticos como de outros partidos e actores políticos individualmente considerados, mas que, na realidade, se tiver oportunidade, toma atitudes idênticas às daqueles que critica recorrentemente. Não é novidade que os parceiros geringonceiros do PS talvez tenham alcançado a maioridade política ao, finalmente, perceberem que a política não pode ser só pregar a suposta superioridade moral e pensar de forma absolutista, sendo muito mais a arte do possível, em que o exercício do poder requer a capacidade de negociar e encontrar compromissos. Os silêncios, nos últimos anos, dos geringonceiros BE e PCP sobre diversas matérias denotam isto mesmo. Mas coisa bem diferente é a tentativa de spin a respeito de factos que, além de reflectirem uma gritante hipocrisia (as posições políticas de Robles sobre o alojamento local e os negócios que realiza neste âmbito), objectivamente considerados, são censuráveis em qualquer pessoa, independentemente do partido em que milite, e que, obviamente, diminuem - e muito - a legitimidade política do político em causa.

 

Sabemos há muito que, como dizia Sir Humphrey Appleby, “where one stands depends upon where one sits”. Só não estávamos habituados a ver esta atitude no BE de forma tão explícita. Está, assim, concluído o processo de corrupção moral do BE, mais uma grande vitória de António Costa e do PS, mas que aproveita especialmente à direita portuguesa. Talvez os bloquistas ainda não o tenham percebido, mas este episódio coloca em causa todo o edifício da sua praxis política e terá notórias consequências no futuro do partido. Mas compreende-se que estejam ocupados com o debate, a decorrer enquanto escrevo este texto, subordinado à temática “propriedade é roubo”.

 

(também publicado aqui.)

publicado às 15:56

Quem Robles a ladrão...

por John Wolf, em 27.07.18

 

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Triste visão de negócios em Portugal. Apenas sabem vender Gins a 12 euros ou especular com casas. O país que descobriu o mundo não tem ideias. Tem fome de ganhar tudo de uma assentada. O Robles & companhia representam algo de mais profundo e transversal. A ambição de ser como o Gordon Gekko e conduzir um Ferrari vermelho PC ou negro BE. Arrivistas mal amanhados. Mas o que causa mais comichão ao cidadão nacional não é o ganho, ou o lucro oportunista. É a hipocrisia de quem afirma categoricamente não praticar a religião capitalista, mas depois é apanhado a arrombar a caixa de esmolas. Quem Robles a ladrão tem cem blocos de perdão...

publicado às 08:07

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Catarina Martins ainda pensa de um modo industrial, ferroviário. Ainda não percebeu que as estações e apeadeiros da Esquerda e da Direita já não existem. A lider bloquista enferrujou e ficou paralisada naquele estado comatoso de instransigência ideológica. Desde quando é que o investimento estratégico é um exclusivo daqueles que estão a leste do diálogo democrático e tolerante? A arrogância que revela quase que viola a constituição da república portuguesa. Para quem depende da legimitidade parlamentar para abrir a boca, também deveria estender essa prerrogativa às orelhas e escutar panoramicamente. O Partido Social Democrata, que mal assentou o arrial do seu novo chefe, deve por todas as razões de interesse nacional ser escutado com o mesmo grau de respeito que o Bloco de Esquerda ainda parece merecer de alguns quadrantes. Num quadro sucessório de alternância de lideranças e fins de mandato, veremos que ditadora substituirá os comandos da nau bloquista quando Catarina se for - nada dura para sempre. A ideia de que a ferrovia vai salvar o país lembra o mapa cor de rosa de outras lides e regimes políticos. Mas nada de isto nos deve surpreender - o ferro fundido concorda com o grau de sofisticação de quem não consegue pensar para além de um sector, de uma partição ideológica. Desnível acentuado, cancela fechada.

publicado às 18:31

Catarina Martins é simplesmente ignorante

por John Wolf, em 15.09.17

 

Catarina Martins nunca produziu o que quer que fosse na sua vida (incluindo ideias originais). Catarina Martins nunca gerou um emprego (a não ser aquele que abarbatou na geringonça e que deve ao Costa). Catarina Martins não estudou economia nem finanças (andou pelo teatro). Catarina Martins não entende o que representa um risco de investimento (nem sabe o que é uma start-up). Catarina Martins não sabe gerar riqueza (e muito menos repartí-la). O que Catarina Martins sabe, e bem, é tirar do bolso dos outros. A afirmação que produz: "Há rendimentos que não são do trabalho, que não são salários nem pensões. São pessoas que têm muitos rendimentos de capital ou de propriedade e que deviam ser obrigadas a englobá-los para pagarem uma taxa proporcional” confirma inequivocamente que a menina não percebe patavina sobre o significado de capital, meios financeiros e muito menos rendimentos. Os rendimentos de capital que refere (acções e títulos financeiros de outra natureza) correspondem à retribuição devida àqueles que se dispuseram a acreditar nas virtudes de uma unidade produtiva. Quando um indivíduo adquire uma posição accionista (seja pequena ou seja grande) de uma empresa, está de facto a financiar a operação, está a conceder um empréstimo e está a correr um risco (a operação produtiva pode correr bem ou não) e, naturalmente, de acordo com o desempenho (se positivo) da empresa em causa, o retorno há-de acontecer, quer na forma de dividendos, quer na expressão de mais-valias. Ora ao penalizar quem empresta à economia de um país, e em particular os privados, o ónus do risco e do investimento recai sobre o Estado de um modo ainda mais intenso. E é aqui que reside grande parte da sua argumentação falida. A missão do Estado não é a geração de riqueza ou a obtenção de mais-valias - esse papel é da responsabilidade do sector privado. Subsiste porém outra contradição infantil no seu enunciado. Como se pode beneficiar a classe média, se é esta mesmo que tem a propensão para investir em veículos financeiros como acções? Ou seja, Catarina Martins propõe uma bastonada na classe média para depois lhe passar a mão de admoestação pelo mesmo coiro. Por outras palavras, não se pode tirar a quem nos dá pão para a boca - a classe média não pode ser simultaneamente castigada e premiada. Eu já disse vezes sem conta: erros de casting pagam-se caro. Mas ignorância deste calibre não tem preço. Não existe mercado para tal. Se deixarem a rapariga se esticar, ela matará o tecido empresarial do país que deixará de se poder financiar em condições e gerar emprego. Catarina Martins é mesmo ignorante. Se ao mesmo tivesse lido Marx, saberia que a teoria do valor (e onde o mesmo reside) é complexa. Mas ela não faz caso disso. Leva tudo pela frente.

publicado às 15:25

Sobre a rede de transportes de Lisboa

por Samuel de Paiva Pires, em 30.08.17

No debate entre os candidatos à Câmara Municipal de Lisboa, que decorre neste momento na SIC, após a afirmação de Ricardo Robles de que os transportes públicos de Lisboa, que utiliza todos os dias, estão à beira do colapso, Teresa Leal Coelho replicou que não é verdade e, sem se rir, ainda acrescentou que só com o actual governo se degradou a rede de transportes públicos de Lisboa e que o anterior até tinha melhorado a qualidade dos serviços prestados. Permitam-me apenas dizer que certos políticos, já que não têm pudor, talvez devessem, nem que fosse por um só dia, dar folga ao motorista e ao carro do Estado em que se passeiam habitualmente e experimentar a sensação de sardinha em lata na linha verde do Metro (ainda pior que nas outras linhas), no eléctrico 15 entre a Praça da Figueira e Algés ou nos comboios urbanos da CP (especialmente os da linha de Cascais durante a época balnear), o tempo de espera médio de 10 a 20 minutos em hora de ponta na linha amarela do Metro ou os autocarros da Carris que falham recorrentemente os horários indicados, em determinadas horas são suprimidos sem qualquer aviso prévio aos utentes e, num tempo em que a tecnologia de geolocalização se encontra tão aperfeiçoada, frequentemente não estão em consonância com a previsão nos painéis luminosos instalados nas paragens (os próprios painéis encontram-se, o mais das vezes, avariados). Não sou do Bloco de Esquerda - bem pelo contrário, sou militante do CDS - mas fui utente do Metro, da Carris e da CP de 2004 até há cerca de de um ano e foi precisamente por se terem tornado praticamente insuportáveis que deixei de utilizar os transportes públicos em Lisboa. Que a Câmara Municipal de Lisboa, quer com António Costa, quer com Fernando Medina, tenha a obsessão de dificultar o trânsito automóvel na cidade, só contribui para infernizar ainda mais a vida dos que residem e/ou trabalham na capital.

publicado às 22:08

Da hipocrisia do Bloco de Esquerda

por Samuel de Paiva Pires, em 09.03.17

Paulo Tunhas, "Lenine explica"

 

Acerca da anulação da conferência de Jaime Nogueira Pinto na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e dos motivos dessa anulação, muita gente, da esquerda à direita, se pronunciou com as palavras certas. Há, no entanto, uns silêncios que convém interrogar. Que eu tenha reparado, ninguém do PC ou do Bloco de Esquerda julgou útil desta vez fazer ouvir a sua voz, o que em princípio devia espantar, tratando-se de gente particularmente vocal que aprecia sumamente dissertar sobre toda a espécie de direitos e que tem ideias bem definidas sobre a liberdade, ou sobre as “amplas liberdades”, como dantes o PC dizia.

 

(...).

 

Não custa muito encontrar uma explicação simples: porque concordam com a anulação da conferência. Demasiado simples? Francamente, não creio. A especialização nas chamadas “causas fracturantes”, que tornou o Bloco conhecido do bom povo português, tende a fazer esquecer algumas características ideológicas que identificam no essencial aquela tão moderna agremiação. É que, sob as vestes da modernidade, o que conta verdadeiramente são ainda as arcaicas concepções totalitárias que se encontram na sua origem. É isso que fornece uma unidade subjacente à multiplicidade das “causas”. Que isso permaneça imperceptível a uma grande parte das pessoas deve-se em grande parte a um efectivo talento para o marketing político que descobriu um muito conveniente nicho ecológico nos media. A maneira como esta ocultação da presença da origem no presente foi levada a cabo com sucesso é provavelmente um dos factos mais reveladores da facilidade do triunfo da impostura em política, uma impostura desde há um ano devidamente recompensada, para nossa grande desgraça, com a generosidade de António Costa.

 

(...).

 

É bom percebermos que estamos a lidar com gente para a qual não há, em domínio algum, qualquer espécie de neutralidade, inclusive académica. O silêncio em relação ao caso de Jaime Nogueira Pinto exibe-o perfeitamente e de forma inadulterada. O outro de que se discorda não é susceptível de merecer a distância que nos permita ouvi-lo. Insultá-lo, identificá-lo como inimigo, é mais fácil. No caso de Nogueira Pinto, é “fascista”. Noutros tempos, é bom lembrá-lo, bastava ser “socialista”. Desde que António Costa, com a sua proverbial fortitude, derrubou pela segunda vez o Muro de Berlim, os socialistas, tirando um excêntrico ou dois, podem estar tranquilos: “socialista” não é um nome feio. Mas nada garante que seja sempre assim. A não ser que certa gente do partido que Costa trouxe para junto de si tomar definitivamente conta do PS. Nesse caso, a paz poderá tornar-se definitiva. Com o PS a mudar até de nome: PSE – Partido Socialista de Esquerda. Lenine explica.

 

(também publicado aqui.)

publicado às 10:46

A velha-bloquista do Restelo

por John Wolf, em 03.01.17

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O governo de sua geringonça está metido num berbicacho. O BE e o PCP não apoiam as parcerias público-privado (PPP) do sector hospitalar. O Hospital de Braga que acaba de ganhar o pódio dos prestadores de serviços de saúde, é, como todos sabemos, uma entidade gerida pelo Grupo José de Mello através de concessão pública. A operação contratualizada, mais do que bem sucedida, permitiu uma economia de escala na ordem dos 40 milhões de euros anuais, sem comprometer a grande qualidade dos tratamentos concedidos aos utentes do serviço nacional de saúde.  Mas a ideologia é uma coisa tramada, e a Catarina Martins não desarma à luz das evidências de eficiência administrativa. A bloquista, com a mesma cara de fado que se lhe conhece, afirma que tudo fará para impedir novas e futuras PPP. Não é preciso ser teimosa como a mula para perceber que a mula está enganada. São bloqueios mentais de governantes deste calibre que comprometem nações inteiras. Mas permitam-me um disclaimer elogioso - Portugal tem dos melhores serviços nacionais de saúde do mundo, e o mesmo se pode dizer em relação ao sector privado. O problema não reside nas competências individuais, no saber, na capacidade de gestão, na ciência ou na inovação. O desafio é de outra natureza. O problema resume-se a uma patologia crónica de difícil trato - os lideres eleitos democraticamente, ou arrastados para geringonçais, deixam muito a desejar. E isso é bem pior do que ser uma mera velha do Restelo.

publicado às 20:09

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No dia em que licenciaturas fazem mais duas baixas no governo há mais fraudes a lamentar. Uma de lesa as costas e outro de lesa a Pátria. A tadinha da Tadeu reclamou que havia necessidade de haver cabides nas Necessidades, mas ninguém lhe deu ouvidos. Zás, cadeira para que te quero - toma lá jaqueta. E, sem demoras, logo nas horas seguintes, Catarina Martins e a sua gente, também segue caminho análogo. Zás, cadeira para que te quero: para não levantar o traseiro e aplaudir um chefe de Estado convidado pelo povo de Portugal. Sim, convidado pelo povão lusitano alegadamente representado por titulares dos mais altos cargos da nação. Geralmente são os americanos que têm a fama e o proveito de serem uns mal-educados, mas o Bloco de Esquerda quer fazer escolinha. O mais grave disto é que isto é uma espécie de anti-summit. O bem receber português não tem nada a ver com estes tristes. Eu que o diga e em primeira mão. Os estrangeiros são recebidos maravilhosamente. No entanto, o devaneio da anarco-teatral Martins deve ser tratado com o respeito que lhe é devido - ou seja, nenhum. Diz a moçoila que não reconhece teor democrático às escolhas reais que decorrem de linhas dinásticas. Que as mesmas enfermam de bastardia de autoridade. Talvez me possa explicar a Martins qual a ascendência de uma revolução? Um golpe militar é validado por que fonte? Pela fonte divina ou por um riacho cubano que faz jorrar sangue que nunca mais acaba?

publicado às 18:39

Esta é fácil, Centeno

por John Wolf, em 02.11.16

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"Governo falha meta de redução de funcionários públicos" (?) - como se não soubéssemos que assim seria. Esta deve ser para nivelar outras em relação às quais o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português andaram a torcer o nariz. Era óbvio que nunca iriam dar um tiro no pé. Os funcionários públicos são simultaneamente um balastro e uma arma de arremesso. Andam para alí aos tombos a bel prazer do governo que sem eles nada seria. Se reduzíssem o número de funcionários públicos de um modo credível, e à luz da eficiência administrativa, pagariam certamente um preço político muito elevado. Com as autárquicas tão próximas não convém brincar com fogo. Aliás, nos concelhos de norte a sul do país grassa aquela modalidade de sorvedor de meios e orçamentos. Sim, refiro-me às empresas municipais que têm de existir em duplicado e triplicado para justificar os directores de serviços disto e daquilo. Falam em acordos e entendimentos, declamam estrofes de solidariedade de Esquerda, mas ao longo de tantos mandatos passados ou presentes, não foram capazes de criar plataformas inter-municipais para afectar positivamente os orçamentos locais que por sua vez retirariam alguma carga a Orçamentos de Estado generalistas. Centeno não é economista. Centeno trai a geométria dos números. Centeno é, seguramente, um ideólogo com uma agenda imposta pelo Largo do Rato. Calculo que tenha sido esse um dos pré-requisitos para ser contratado. Tratar da contabilidade, mas não orientar a máquina que tem os carburadores a dar o berro - Deixa estar. Fica quieto. Não estragues o que está estragado.

publicado às 15:44

A alegoria da acumulação do BE

por John Wolf, em 22.09.16

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Queria encontrar outro tema para explorar, mas regresso ao mesmo. São questões incontornáveis. São pedras no sapato. São alergias e urticárias provocadas pela audácia descarada de quem nem sequer consegue apalpar o conceito de riqueza - a ideia de que o mundo abunda em meios financeiros acumulados é totalmente falsa. A maior parte do "dinheiro" está consignada a propriedades imobiliárias (na forma de residências principais) e fundos de pensões que investem em títulos de tesouro e acções. Quando um governo ataca a sua própria base de poupança, invocando falsas teses de redistribuição de riqueza, operada pela via fiscal persecutória, omite a grande tendência de ascensão económica e social do nosso mundo. São os aforristas chineses e indianos que demonstram o caminho da sustentabilidade. São nativos desses países que têm vindo progressivamente a "pôr de parte" uma parte dos rendimentos auferidos do trabalho para dispor dos mesmos no último terço das suas vidas enquanto complemento de reforma. Ou seja, mesmo que os sistemas de pensões não entrem em falência material, estarão "minimamente" preparados para o advento do mesmo. O Bloco de Esquerda (BE) faz leitura diversa da realidade. Ao castrar a ideia de poupança e "acumulação" grande ou pequena, lança sobre os ombros da administração central um ainda maior fardo de garantia de sustentação dos seus súbditos. A riqueza acumulada a que se refere a mestrina Mortágua não está parada num cofre à tio Patinhas. Essas "fortunas" de 51 mil euros residem em aplicações dinâmicas buscando um maior ou menor retorno conforme a tolerância de risco do titular. Ora essa predisposição, essa inclinação para dar um destino ao que monetariamente nos pertence, é uma prerrogativa dos cidadãos de um Estado alegadamente democrático. São os cidadãos que devem escolher o modo como interpretam o futuro. São os pequenos ou grandes investidores que decidem quem os deve governar. Nessa medida, e atendendo à declarada autofagia do BE, encontramo-nos diante de uma profecia que realizar-se-á sem grande necessidade de nervosismo ou alarido. O radicalismo extremo encontra sempre uma saída - um beco daqueles que tão bem conhecemos.

publicado às 10:34

O BE e o despudor do roubo

por John Wolf, em 18.09.16

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A cada semana que passa confirmamos o seguinte. O Partido Socialista tornou-se refém do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português. A ministra das finanças Mariana Mortágua transformou-se em Peter Pan (PAN, também fazes parte disto!). Quer roubar a quem está a acumular dinheiro? Como não fazem ideia de como se cria uma economia vibrante e se gera riqueza, preferem ir assaltar propriedade alheia. Assistimos à venezuelização de Portugal. Somos testemunhas da nacionalização de património privado. Só que há aqui um pequeno problema que a Esquerda desenfreada terá de enfrentar. Muitos dos ricos que querem comer fazem parte das hostes do governo. São socialistas milionários ou são comunistas detentores de vastas propriedades imobiliárias. Ou seja, é uma pescadinha de rabo na boca. Riqueza acumulada? Pois bem. As reservas do Estado Português são exactamente o quê? As toneladas de ouro de Portugal pertencem a quem? E os fundos detidos pela Segurança Social não será dinheiro malparado? Já agora os fundos soberanos da Noruega também devem ser alvo desta intempérie? Porque afinal, o Bloco de Esquerda, que se diz europeísta, deve pensar à escala da União Europeia. Deve apresentar a sua moção de "perca de vergonha" às instâncias legítimas. Deve submeter o plano às congéneres tsipristas ou podemistas para evitar que um certo governo europeu se torne em pária. O que se passa é tão grave quanto um Hofer ser eleito na Áustria ou um Trump passar a residir na Casa Branca. As manas Mortágua e a Catarina Martins não devem ser egoístas. Devem repartir os espólios dos despojos de guerra com os camaradas oprimidos por essa Europa fora. Lamentavelmente, embora previsivelmente, Portugal está nas mãos da extrema esquerda. Antes queriam umas coisas. Agora querem o caviar dos outros.

publicado às 12:26

M&M - Marcelo e Merkel

por John Wolf, em 02.06.16

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De maneiras que é assim. Acabou o namoro entre Marcelo e Costa. O fim do matrimónio deve implicar separação de bens. A escapadinha tinha de acontecer - agora é M&M bff. O Presidente da República Portuguesa foi chamado à liça por Merkel. Entre duas ou três bolas de Berlim, a chanceler alemã puxou o professor para um canto e disse: "vê lá se ganhas juízo". Costa = Passos. Por outras palavras, Portugal = Portugal. E a festa é para continuar. Mas, Marcelo Rebelo de Sousa que passa mais tempo em Belém do que Berlim, ainda teve tempo para inventar uma ficção para consumo interno. O Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP) aceitaram a realidade? Minha Santa Ângela das mudanças de sexo aos 16!!! Eles nem sequer viram a realidade. Já ouviram falar do Bremain? Pois. Seis meses nem chega a ser uma gestação como deve ser.

publicado às 13:47

Primitivismo do Bloco de Esquerda

por John Wolf, em 26.02.16

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Não é preciso ser católico praticante para avistar o primitivismo do Bloco de Esquerda (BE). Não é este o modo de celebrar a eucaristia da adopção por casais do mesmo sexo. O mau gosto, a falta de respeito e pudor, e a baixeza de nível deste modo de propaganda inscreve-se no repertório de truques rudimentares. Em plena época de clivagens entre distintas religiões na cena geopolítica, o BE abre a caixa de Pandora da bandalheira. Hoje os católicos, amanhã os muçulmanos e na semana seguinte os judeus. Mas existe uma outra dimensão que confirma uma enorme falta de sensibilidade. A Esquerda, que se autoproclama defensora dos ostracizados económica e socialmente, esquece, que grande número dos "pobre coitado" deste país, atravessando momentos de grande privação, serve-se da fé enquanto bengala para superar os obstáculos da vida. A instituição religiosa (seja ela qual for) merece essa consciência colectiva. O Bloco de Esquerda, porventura inspirado pelos cânticos de Charlie Hebdo, confirma que criativos de comunicação política não existem naquela casa. Se era para causar estardalhaço a qualquer custo, poderiam ter consultado a paternidade bombista das irmãs Mortágua. Não se brinca com a fé dos homens - mesmo não tendo Igreja, como é o meu caso.

publicado às 10:59

Fisting político de António Costa

por John Wolf, em 10.11.15

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Portugal vive, hoje, mais um dia histórico. Alguns pressupostos do funcionamento do sistema político caem por terra. A força política que ganhou as eleições será derrotada no parlamento, apesar de ter ganho nas legislativas. E esse facto abre um precedente interessante. No futuro deixará de ter importância vencer eleições legislativas - o mérito eleitoral será um assunto dispensável. Contudo, a maioria dos menores não significa necessariamente que o Presidente da República emposse um governo resultante desse arranjo. Um governo de gestão não seria o fim do mundo. A Bélgica teve um durante dois anos e registou crescimento económico assinalável. Um governo de iniciativa presidencial parece estar fora de questão, porque qualquer que seja o seu programa irá esbarrar com a censura e a rejeição da maioria do parlamento. Se António Costa vier a ser primeiro-ministro, como tudo aparece apontar, terá de lidar com as mesmas condicionantes que afectaram os movimentos de Portugal. À entrada para a reunião do Eurogrupo, Schäuble e Dijsselbloem disseram que Portugal «vai continuar no bom caminho». Por outras palavras, não permitirão extravagâncias a Costa e seus colaboradores. Ou seja, de uma perspectiva externa nada pode mudar. Catarina vai ter de se dobrar, e mesmo assim nunca estará à altura do ministro das finanças alemão. Os socialistas já produzem afirmações como se o país fosse integralmente soberano, como se não fizesse parte da União Europeia e como se não existisse um diktat da Troika. Todas as premissas de libertação do jugo da Austeridade são falsas. Registamos, deste modo, elementos de desconexão com a realidade. Os próximos seis meses serão de tumulto governativo, de fissuras entre o Partido Socialista e os subalternos acomodados do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda. A "nova oposição" deve, na minha opinião, ficar quietinha, nada fazer. As contradições de um menage político a trois falarão por si. Não faz parte da matriz cultural e ideológica da Esquerda ceder ad eternum no que diz respeito às suas premissas identitárias - hão-de querer voltar às suas casas. Os acordos de incidência comprados por António Costa são na sua essência a perfeita expressão do mercado que tanto abominam - houve manipulação, existe um cartel e confirmamos dumping ideológico. Ao que parece, António Costa terá feito uma proposta irrecusável aos partidos do barco de governação, mas não tarda nada irá meter água. A canoa está carregada com promessas obesas, passageiros do irrealismo que Portugal deveria deitar borda fora. Esperemos que não tenham sido quatro anos em vão.

publicado às 08:56

Comunistas no governo socialista? Jamais!

por John Wolf, em 08.11.15

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Estou desiludido com o Partido Comunista Português e com o Bloco de Esquerda. Em relação ao Partido Socialista nem sequer estou iludido. Teria preferido que aqueles partidos tivessem sido intransigentes nas negociações. Parece que abdicam da sua disciplina ideológica apenas para derrubar o governo, mas não fazem valer os seus pergaminhos. Nem farão parte do governo que está para ser inaugurado. Os comunistas poderiam se ter inspirado em Cameron. A saída do Euro deveria ter sido um dos pontos da sua proposta irrecusável. Deste modo, a palavra dada deixa de ter valor. Deixámos de acreditar que continuam a ser comunistas. E nem sequer irão receber um posto ministerial. Não governarão. Ponto final. Os comunistas mancham a reputação de Portugal - foi o que provavelmente sussurraram nos corredores do Rato.  Os socialistas devem ter vendido a alma ao diabo para afastar o perigo vermelho das próximas reuniões em sede de Comissão Europeia. Os socialistas, por seu turno, também são um pouco menos internacional-socialistas. Por mais que reafirmem o seu estatuto pró-europeu, a verdade é que dependem de um anti-corpo, de uma força que não vê com bons olhos a União Europeia e o Euro. A Catarina Martins, temendo a crueza da realidade governativa, já começou a sacudir a água do capote. O ónus do descalabro será sempre colocado sobre os ombros das forças capitalistas, dos senhores da Austeridade. A sua mais que provável incompetência em relação à capacidade de pensar o lado das receitas de uma economia, leva-a, no imediato, a criar mecanismos de defesa, a passar a bola para os maus da fita. Em última instância serão os mercados a ditar a sua sorte política. Por mais que repita que defende os interesses das pessoas, a verdade é que não tem a mínima ideia de como irá financiar a operação de resgate. Os grupos financeiros que ela refere, já existiam nos tempos revolucionários. Quem é que julgam que financiou ambos os lados da Revolução Americana? A Catarina Martins realmente desconhece como funciona o mundo ou será que o falido Partido Socialista vai financiar o seu partido? Ao bom estilo político nacional, nada é claro, pouco é transparente. E os portugueses serão os últimos a saber, mas os primeiros a sofrer as consequências da insensatez.

publicado às 19:23

Catarina baixa a bolinha

por John Wolf, em 01.11.15

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Os episódios psicóticos, na sua generalidade, têm uma duração limitada. Pouco a pouco, face aos factos incontornáveis da realidade económica e financeira, Catarina Martins parece estar a baixar a bolinha - a sair do transe. Está a cair em si. Insiste na questão do descongelamento de pensões, mas ela sabe que se não alterar o tom das suas reinvindicações, irá ser apanhada a morder a própria cauda. Será igual aos políticos que abomina - aqueles que fazem promessas e depois fazem o oposto. A Catarina Martins apenas tem experiência na gestão de palavras, e isso é declaradamente pouco para alguém com aspirações a executiva-júnior de um quadro socialista. Em nome de um putativo acordo, do calibrar de posições com António Costa, o Bloco de Esquerda (BE) corre os mesmos riscos que afligem o Partido Socialista (PS) - de ser um partido descaracterizado, transgénico, disposto a alterar o seu ADN para lá chegar, ao poder. A ideologia é assim mesmo. É uma ranhosa tramada. Não tolera traições. As testemunhas dessas igrejas férreas entram facilmente em depressão assim que lhes tiram o tapete de sustentação debaixo do corpete. Daqui a nada teremos em Portugal poucos partidos de gema. O PS, pela mão de Francisco Assis, já está a promover uma sangria no seu partido - a cura para libertar o Largo do Rato de espíritos sombrios que deixaram de adorar os valores da sua casa e preferem o oportunismo declarado. O PS e o BE, se não tiverem cuidado, se cederem ao que a realidade política exige, serão iguais ao governo de coligação. Ou seja, farão o que é necessário fazer, porque chegarão à conclusão que não existe alternativa alguma. Os números da administração não são fáceis de somar. A adição de maioria parecia ser favas contadas. Daqui a alguns dias veremos, mas tenho a impressão que no PS já há "traidores" suficientes para forçar a demise de Costa. A política não é um jogo de sono zero. Há que estar acordado. Alguém vai levar uma ripada não tarda nada.

publicado às 14:11

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Cá vamos mais uma vez. Se certas ideias são boas para os outros, também devem sê-las para os próprios. O que fará António Costa se eventualmente "três minorias" dentro do próprio Partido Socialista (PS) decidirem formar uma "maioria" para o remover da liderança? Será que aceita essa realidade ou será igual a Cavaco Silva? As semelhanças são mais que muitas com o Presidente da República, não tenhamos dúvidas. Mas analisemos mais em detalhe o "percurso de favas contadas" do secretário-geral daquele partido. Primeiro pensou (e mal) que bastaria varrer António José Seguro da sua frente e que as eleições legislativas estariam no papo. Assim não foi. Depois, sem nunca abrir o jogo, e como solução de recurso face à derrota eleitoral, inicia negociações com o Bloco de Esquerda (BE) e a Coligação Democrática Unitária (CDU). E isso correu mal, ficando provado que não é possível misturar as bebidas políticas - ser europeísta convicto e ao mesmo tempo sair do Euro. Ser atlanticista de gema e procurar abandonar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). António Costa meteu-se mesmo em trabalhos. Mas não fica por aqui. Assume desde já que rejeitará qualquer iniciativa governativa emanada da coligação (sem as conhecer). Ou seja, irá impor um regime autoritário a eventuais deputados que façam uma outra leitura do estado da nação. O Partido Socialista não existe mesmo. A sua razão de ser, neste momento único da história de Portugal, é derrubar o governo de coligação em vez de avançar com soluções de compromisso político que seriam também a sua única tábua de salvação. Será que António Costa ainda não percebeu que perdeu as legislativas, a liderança do seu partido, o respeito de pares da sua bancada parlamentar, a consideração dos portugueses e a confiança das instituições europeias ou externas que tornam possível a solvabilidade de Portugal? A dissolução do Parlamento, e a convocação de novas eleições, obriga Costa a coligar-se com o BE e a CDU, mas já sabemos que resultados isso trará. Os socialistas moderados não querem ser confundidos com bloquistas ou comunistas, e desse modo abster-se-ão de votar no PS contribuindo para um ainda maior descalabro daquele partido e uma mais que provável maioria absoluta do governo de coligação. António Costa não se revelou por completo, mas oferece provas irrefutáveis do modo como entende a política e  como esta deve ser conduzida em Portugal. Ainda vamos ter de levar com ele durante algum tempo, mas quando for, será como se nada fosse. Passará à história para ser lembrado com pouco carinho.

publicado às 14:06






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