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A estirpe de neo-liberalismo do governo de António Costa é diferente. Não obedece às leis do mercado - é do género político. E o Banco Central Europeu sabe disso. A partir do momento em que países cuja supervisão de bancos não é equivalente às práticas da zona euro, são "convidados" a entrar na bolsa, o rácio de credibilidade vê-se afectado. O BPI, que se meteu em aventuras que deram para o torto, encontra este modo de passar o encargo ao mercado, aos investidores, e se a coisa correr mal, aos contribuintes. Esta operação, embora com contornos distintos, é uma modalidade de Swap - uma troca manhosa de dinheiros e direitos. A bolsa de Lisboa terá de ter algum cuidado ao aceitar as rifas desta ou daquela empresa. A New York Stock Exchange (NYSE) tem critérios de aprovação muitos apertados em relação a American Depositary Receipts - a cotação de empresas estrangeiras na sua praça. A única empresa portuguesa cotada nessa praça americana é a Portugal Telecom, e veja-se o que aconteceu à mesma. Enquanto um Santos Silva janta com o Sócrates, o outro Santos Silva serve-nos esta refeição.