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O Facebook sugere-me que veja o meu ano de 2013 em revista. Eu passo, porque não preciso de ver em revista um ano que está e estará, mais do que qualquer outro, presente na minha mente. 2013 foi um ano lixado que se iniciou com a denúncia pública a respeito do funcionamento da FCT no concernente à atribuição de bolsas de doutoramento, luta que continuou com o recurso ao crowdfunding para poder financiar o doutoramento. E se, nesse mês de Janeiro, consegui aliviar a revolta que sentia, se até agora tenho ficado verdadeiramente sensibilizado com a generosidade dos que me têm ajudado nesta campanha de crowdfunding, e se tive também a sorte de sair de uma situação de emprego precário e temporário para um emprego na minha área de estudos nos primeiros meses do ano, não consigo, todavia, de deixar de pensar que 2013 foi o ano que fez ascender, sem aviso, o meu pai e o meu avô paterno à essência, que me revelou a verdadeira face de muitos dos que me rodeiam/rodeavam, para o bem e para o mal, e que, já mesmo no seu término, ainda me conseguiu fazer ter um acidente em casa que me obrigou a ser operado a uma mão há cerca de duas semanas e cuja recuperação se dará ao longo de todo o próximo ano.
No meio de tudo isto, há que continuar em frente tendo em consideração que, como dizia Chesterton, devemos rir-nos em face da tragédia, já que pouco mais podemos fazer. Mas se é verdade que as dificuldades moldam o nosso carácter e que a forma como as enfrentamos nos definem, também não deixa de ser verdade que este ano teria sido bem mais complicado se o tivesse enfrentado sozinho. No balanço entre coisas boas e más com que Universo me decidiu presentear, tive a felicidade de conhecer a Ana Rodrigues Bidarra, um dos melhores acontecimentos da minha vida, uma das melhores pessoas que já conheci e com quem espero passar o restante tempo que por cá andar. Sem ti, Aninha, seria bem mais difícil olhar para as coisas boas da vida neste ano e a vontade de continuar a olhar em frente teria sido, provavelmente, obliterada. Não tenho sequer palavras para te agradecer por tudo o que tens sido, por me teres ajudado a enfrentar este ano, por me fazeres sentir especial e sortudo mesmo nos momentos mais difíceis. Só contigo compreendi, finalmente, que a verdadeira felicidade só se pode alcançar a dois. Que os anos que aí vêm sejam bem melhores, é o que desejo e o que quero prometer-te, porque tudo farei por isso.
Ora então, agora sim, e como é da praxe, termino desejando-vos boas entradas e que 2014 seja um óptimo ano.