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O churrasco do Orçamento do Estado 2018

por John Wolf, em 23.10.17

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O Orçamento do Estado (OE) de 2018 já está a arder. O governo encontrou um nome todo catita para ficcionar as contas e fingir que está tudo óptimo - cativações. Imaginem que têm os dentes a apodrecer, mas que ainda conseguem mastigar uma bela açorda, e em função desse repasto, decidem que afinal aquele investimento na placa dentária não vale a pena. De repente ficaram umas centenas de euros mais ricos. As contas lá de casa melhoraram. E os caninos e molares? - logo se vê. É mais ou menos assim que o Estado está a ser gerido. É quase definitivamente deste modo que governam. A derrapagem orçamental que aí vem, terá, no entanto, uma desculpa do tamanho do Pinhal de Leiria. Os incêndios florestais serão invocados sem piedade para espremer a simpatia de Bruxelas e uma interpretação excepcional do cumprimento ou não do OE. A falta de emoções de António Costa poderá agora ser transsexualizada directamente de São Bento para divisa política pura, para moelas deploráveis de troca. De um modo racional e mensurável, as tragédias florestais e a perda de vida humana, poderão ser cambiadas por argumentos no mercado político da União Europeia. Na lista de descalabros tudo poderá ser incluído. A saber, e a título de ilustração; as cabeças de gado bovino e caprino que sucumbiram na densa mata de fogo, a contaminação de cursos de água - decorrente da putrefação dos referidos animais; o impacto que se fará sentir no sector agrícola e florestal, a perda de empresas de base familiar e respectiva mão de obra, a sobrecarga do sistema de segurança social que terá de atender a pessoas em estado de carência e emergência, o peso sobre o sistema nacional de saúde que terá de cuidar dos queimados e outros feridos, mas também de um número insondável de pacientes que emergirão por degradação da qualidade do ar na proximidade das ocorrências ou em destinos mais afastados. Enfim, uma quantidade de alibis operacionais de natureza financeira e administrativa será sacada de uma espessa nuvem de consequências oportunas, mas mesmo com todas as cativações do mundo e todos os favores de Bruxelas as contas não baterão certo. Das duas uma; ou deixam a factura sair fora de controlo -"estou-me cagando para a dívida" ou assumem a iminência do descalabro à moda de 2011, e toca a aplicar ainda mais descaradamente efectivas medidas de austeridade que, em jargão geringonçal,  terão outro nome mais adequado para não ferir a massa associativa de funcionários públicos que colocou no triatlo os três partidos de governação. Uma outra hipótese, mais remota porém, será o PCP ou BE acabarem de vez com esta fantasia cozinhada à La Carte dos interesses ideológicos dos partidos em causa. Esperemos para ver. E nem tem de ser sentado. Parece-me que tudo isto será rápido, mas a doer. Pacientes, paciência. Os portugueses, como sempre, são as vítimas.

publicado às 17:23

Algumas advertências

por Nuno Castelo-Branco, em 24.06.16

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Há uns anos, Miguel Castelo Branco, Samuel de Paiva Pires e eu próprio enviámos esta carta à Europa. Teve algumas repercussões e o deputado britânico Hannan divulgou-a da melhor maneira. 

Era previsível, incontornável, não valerá a pena recorrerem ao habitual bicho-papão muito válido em França e outros países do continente.

Não foi a minúscula "extrema-direita britânica" quem decidiu o exit. Foram sobretudo os súbditos de S.M. no seu todo  - especialmente muito deles provenientes do Labour - e deram a expectável resposta ao bullying que há meses lhes era vergonhosa, indecente e diariamente ministrado por todo o tipo de sujeitaços estranhos às ilhas britânicas. Foram pouco ou nada susceptíveis às grotescas e inusitadamente ameaçadoras reprimendas de Obama. Caçoaram dos estapafúrdios delírios de toda a miserável e grosseira cáfila de Bruxelas. Precisamente quem menos economicamente pode, sim, esses mesmos, os tais eu e tu, não esteve com contemplações para com as iracundas recomendações da banca, bolsas, corretoras e toda a restante panóplia à disposição de quem se julga dono de tudo e de todos. 

Como português e devido a múltiplas razões, entre estas um certo sentimento de solidão nacional, era favorável à permanência do Reino Unido na U.E. Ditava esta posição um certo egoísmo pontilhado de inconsciência das realidades que há muito remeteram os mais estritos princípios da velha Aliança para o baú das recordações. Utilizando uma expressão muito em voga, tentava-me o wishful thinking, vendo na grande ilha o travão protector perante Bruxelas, Paris, Berlim, Washington e todos os centros de poder demasiadamente obscuro que comandam este pequeno mundo. Várias vezes dei comigo a vociferar diante de um televisor que não sendo um ente vivo, tem a extraordinária capacidade de nos fazer entrar em casa todo o tipo de criaturas indesejáveis, desde os idiotas entusiasmados por qualquer marginal transferência de jogadores do ..."agora é que é!", até às mais supinas entidades que nos querem fazer acreditar que a verdade não é aquilo que o rei vai nu demonstra e não a realidade oposta, aquela nudez que os factos garantem até ao mais descarado distraído.


Este exit é lamentável e tão mais deplorável porque facilmente poderia ter sido evitado. Escusado será dizer que a Grã-Bretanha não deverá ser tratada como a Irlanda ou a Dinamarca - e a França de Sarkozy - que há uns tempos sofreram o que se sabe após a realização de referendoscujo resultado foi considerado "errado". 

Em termos nacionais, temos os nossos populistamente parvos de estimação em todo o espectro parlamentar - totalmente ignorantes da mais básica e elementar lição de História - e prevê-se desde já o agitar de todo o tipo de espantalhos a que nos habituaram - xenofobias, extremismos para todos os apetites, etc -, nisto fazendo o jogo dos agora ostensivamente mais prejudicados, ou seja:

- as bolsas que logo cairão, as multinacionais que como sempre ameaçarão com o abandono do país, a banca internacionalizada, as agências de rating que esfregarão as mãos de contente agiotismo, em suma, os inefáveis  mercados reagirão da pior forma. A Libra atingirá os níveis mais baixos de sempre, ou seja, as primeiras boas notícias para as exportações britânicas. Tudo isto é previsível e dará azo a todo o tipo de teorias da conspiração. Os primeiros tempos - prevejo ser apenas uma questão de dias ou semanas - serão de desvario e desgarradas de histeria colectiva. Histeria colectiva da ínfima e muito abastada minoria que comanda.

O que não pode nem deverá ser feito? 

1º. Investir-se em vinganças mesquinhas como a penalização dos britânicos que residem em qualquer um dos países que ainda se mantêm na União. Deverão manter intactos, absolutamente intactos os seus direitos gozados até esta madrugada e os residentes em Portugal - os que mais nos interessam - não poderão ser molestados com torpes retaliações que lhes cortem o acesso ao SNS e à livre circulação de pessoas e capitais, por exemplo. Portugal pode até invocar a tradicional Aliança para manobrar no sentido de uma inesperada decência e desde já se aconselha a imediata ida a Londres do ministro dos Negócios Estrangeiros, para tratar do que pode e deve ser feito pelos portugueses lá estabelecidos e pelos britânicos radicados em Portugal. É o melhor que as autoridades portuguesas poderão desde já fazer, servindo de exemplo a quem as queira seguir.  Não há qualquer necessidade de sugestões de mudança de nacionalidade ou outros artifícios que mais nada significam senão um gratuito expediente na senda do ..."serás o último da bicha!" alarvemente proferido pelo presidente americano. 

2º. Investir-se na destruição daquilo que o Reino Unido representa como realidade histórica, acicatando a secessão da Escócia e da Irlanda do Norte, onde por várias razões o remain venceu. Atentem num detalhe: suceda o que suceder, os espanhóis não estarão dispostos a permitir a permanência de qualquer parcela componente do R.U. na União Europeia. Jamais.

Pela primeira reacção de M. Schultz, nitidamente furioso e sugerindo um "divórcio o mais brevemente possível", prevê-se desde já o pior. A segunda declaração, mais fria, é sempre melhor do que uma imediata ora ditada pelos nervos. De cabeça quente, todos os componentes daquilo que designo de Soviete Supremo, rapidamente embarcarão no que deu razão ao resultado deste referendo que é em tudo muito diferente de outros como aquele realizado na Itália de 1946, ou noutros países submetidos à consulta acerca de Tratados europeus. Em suma, este tipo de actuação é para os britânicos um insulto totalmente ineficaz e como se verá, terão instrumentos para reagir. Não resultará em qualquer benefício, o arremesso de mais um boomerang.

3º. Investir-se na diabolização dos eleitores britânicos que apenas exerceram o seu direito à soberania que se sobrepõe claramente aos ditames de umas dúzias de milhar de incógnitos e bem instalados burocratas instalados nos escritórios e sucursais de negócios espalhadas em todas as 28 capitais da U.E.

Estas são as primeiras condições na fase de rescaldo e recomendam exactamente o oposto daquilo que se prevê como mais evidente salivar: a vingança.

A solução? Só pode ser uma, o rápido início de negociações que permitam limitar os estragos, levando o Reino que se pretende que continue Unido, à mesma situação da Noruega. 

Nem vislumbro sequer outra hipótese. 






publicado às 08:08

Esganiçados da União Europeia

por John Wolf, em 28.03.16

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Passei uns dias em Madrid. Três noites bastaram para arejar a cabeça e ganhar distância em relação à pequena política de esganiçadas ofendidas ou feriados reconquistados pelos campeões socialistas. Há mais vida (e morte) para além do sórdido local. Karl Marx escreveu o seu Manifesto Comunista em Bruxelas e podemos afirmar, sem reservas, que foi um sucesso notável. A capital belga é um emaranhado de 19 bairros administrativos, uma torre de Breugel de burocracias e gastos despropositados. Mas dizem salvar o orgulho "nacional" por via da intransigência dos idiomas, do flamengo ao francês, passando pelas casas políticas dos socialistas valões, os democratas-cristãos ou os nacionalistas do norte. Contudo, a manta de retalhos de Bruxelas não fica entre portas. A sua vocação disfuncional confunde-se com a da própria União Europeia. Porém, não se sabe ao certo qual o sentido da contaminação. Se os comissários europeus se inspiraram nas virtudes nativas ou se Bruxelas impôs a sua cultura letárgica às instituições comunitárias. O tema de constructivismo político permite as mais variadas interpretações. Podemos, no entanto, concluir, que não seremos os únicos observadores das brechas da alegada construção unionista. Os jihadistas sabem muito bem onde fraqueja a ambição europeia, e Molenbeek, tratado pelos media como um gueto, não é um banlieu à distância de duas horas. Da rue Dansaert (Av. Liberdade dos Gucci e Armani lá do sítio) ao coração das comunidades muçulmanas marroquinas é um tiro - quinze minutos chegam. Pelos vistos a paz e prosperidade de Robert Schuman e Jean Monnet não bastaram. Cometeram-se erros crassos de leitura histórica. A França e a Bélgica (e muito pouco da Alemanha) foram impérios coloniais e não terem pensado o conceito de construção da Europa sem levar em conta o seu legado implica algum teor de responsabilização. Portugal, também grandiosamente imperial, fez um trabalho mais interessante. Os angolanos, os cabo-verdianos ou os moçambicanos, são "portugueses" no modo equivalente com que estabelecem relações cordiais com os seus "anfitriões". Nessa medida, Portugal deve ser considerado um caso de sucesso. A língua é a mesma, e as gentes entendem-se. Na Bélgica, os flamengos não sabem ou recusam falar francês, e ainda têm de levar com aqueles que falam alemão na região de Liége. A monarquia, a suposta cola de contacto das divergências, também não serve de grande coisa. Em suma, a grande questão de integração, que aflige os espíritos iluminados de uma esquerda baudelairiana, deve ser encarada de um modo frontal, mas dirá mais respeito aos da casa do que àqueles de proveniência excêntrica. Os estrategas do Estado Islâmico são porventura muito mais inteligentes do que os eurocratas ou qualquer eurodeputada que se chame Marisa Matias. Conseguiram arrestar a entrada de políticos na capital belga. Simplesmente fecharam o aeroporto de Zaventem, enquanto pacifistas europeístas descartam informação importante fornecida pelos serviços de inteligência turcos. Portugal, com Marrocos aqui tão perto, está obrigado a acautelar-se. Não sei qual o grau de superficialidade dos jornalistas da praça portuguesa, mas parecem omitir a taxa de radicalização dos marroquinos no bairro de Molenbeek, que é, como sabemos, das mais altas. No meu regresso via Barajas em Madrid, confirmei os meus piores receios. A Europa parece estar à espera que a próxima aconteça. Existe luz ao fim do túnel. Mas não é essa.

publicado às 13:13

DBRS vs. António Costa

por John Wolf, em 06.02.16

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And the winner is....DBRS! Deixemo-nos de danças de salão, de intrigas e rancores ideológicos. O que ontem aconteceu em Bruxelas não foi o resultado de trabalho de contabilistas engenhosos. As convicções políticas foram definitivamente varridas do espectro do processo de tomada de decisões. O malabarismo de números é um apenas: + Austeridade. Seja qual for a fórmula de eufemismo que se escolha, os portugueses vão contribuir ainda mais para salvar os erros de governação de sucessivas gerações. Coloco-me, deste modo, à margem de preferências partidárias, como se fosse uma parte não interessada. Mas não é verdade. O que se passa em Portugal é excessivamente importante para ser menosprezado. Ficou demonstrado que os mercados continuam a falar mais alto. Uma "mera" agência de rating encostou os socialistas, os bloquistas e os comunistas às mesmas cordas. Os grandes investidores, os lobos de Wall Street, os chefes de Hedge Funds e os gestores de Government Bonds encomendaram o serviço à agência de rating canadiana. Ou estás connosco, ou levas com um downgrade que fará disparar os juros da dívida pública - é isto, em traços largos. É assim que funciona lá fora, no mundo cruel, hardcore. O mais alarmante, contudo, tem a ver com a parcela atribuída em sede de Orçamento de Estado ao departamento de "estímulos à economia". Até parece uma piada de mau gosto. 140 míseros milhões de euros para lançar novos incentivos ao investimento? A espinha dorsal de um país, que permite devaneios de funcionalismo público e extravagâncias de outra natureza, foi simplesmente preterida. Sem uma economia vibrante não há nada que se possa fazer a seguir. A não ser que o pressuposto seja esse mesmo. Garantir a continuidade de dinheiro fresco de entidades externas, comprometendo de um modo ainda mais intenso o nível de dívida e a competitividade da economia. Por outras palavras, António Costa e Mário Centeno são apologistas do pobre "coitadismo" de Portugal, eternizando um problema de auto-estima que já está cravado na matriz nacional há demasiado tempo e acentuado sempre que os "subvencionistas" socialistas chegam ao poder. Não se escutou da parte deste governo uma palavra sequer alusiva à grande estratégia nacional. Tiraram uma fotografia que é igual a tantas outras gastas. O Orçamento de Estado de 2016 espelha o passado. É saudosista na sua substância, e retrógrada na obrigação que lhe competia. O Partido Socialista, e as roulottes mais à Esquerda, que andam a reboque ou puxam o cangalho, deixaram de ser ideologicamente disciplinadas. Tanto se lhes faz serem marxistas ou social-democratas. Os portugueses, vítimas do arresto parlamentar, não entregaram a chave de sua casa à Esquerda. Assinaram de cruz e passaram a procuração a um módulo de decepção. Mas o mais grave no meio disto tudo é a falta de sinceridade, honestidade intelectual. Foram os de Bruxelas que ganharam. E esses dependem de terceiros.

publicado às 15:12

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"António Costa intensifica contactos para garantir sucesso das negociações" parece o redux do filme que passou recentemente em Portugal. Aquela curta-metragem do festival das eleições que permitiu usar a tal prerrogativa de maioria parlamentar para assaltar o governo de Portugal. O Orçamento de Estado de 2016, cujo guião deixa muito a desejar, já entrou no escritório da mesma discussão. Não sei que contactos anda Costa a fazer em Bruxelas, mas o amigo Martin Schultz não decide o que quer que seja. Quem aprova ou deixa de aprovar é o putativo governo da União Europeia - a Comissão Europeia. Este show de bate-pé socialista não resultará na mudança de posição de Bruxelas. Se as exigências intransigentes de António Costa, ao que se soma a vocalidade da padeira do Bloco de Esquerda, fossem aceites pela Troika (sim, a Troika), abrir-se-ia um precedente inaceitável que seria isco para ser mordido por hermanos de causas próximas. Enquanto a nega não chega, João Galamba foca a sua antena de entertainer na questão de aumento de salários de um conjunto de gestores públicos, por sinal nenhum deles socialista. A única forma de António Costa vender o seu peixe, será cumprir com o prometido, mas acompanhando esse prato por impostos e taxas invisíveis, sobrecargas "discretas" para passarem despercebidas junto dos contribuintes. A sorte dos portugueses com juízo é não haver possibilidade de assalto em sede de Parlamento Europeu. Por outras palavras, António Costa pode espernear à vontade - o seu tempo novo não coincide com o fuso horário das contas europeias. Ter amigos não chega. Boas contas, sim.

publicado às 19:57

Comunistas fora da NATO, do EURO e do COSTA

por John Wolf, em 25.10.15

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Jerónimo de Sousa é bom homem, educado e coerente. Enquanto discute com o corretor de apostas António Costa e modera o seu discurso para consumo interno, avança em Bruxelas com o apoio à iniciativa para financiar países de saída do Euro. A ironia do destino dessa proposta é implicar a traição do Tratado da União Europeia da parte daqueles que o sustentam. Seria como pedir a Sócrates para se acusar e decidir a sentença mais pesada. A Juventude Comunista, presente em massa no protesto contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) de ontem em Lisboa, porventura também terá enviado um delegado de informação ideológica à sede da NATO para propor uma forma de desembarque daquela organização. Aposto que as centenas de participantes na marcha nem sequer sabem quais são os seus princípios fundadores e a sua missão principal. Contudo, há questões mais prementes. Com que estojo de facas e garfos se lida com Putin? Talvez seja boa ideia perguntar ao comité-central do Partido Comunista Português. Afinal os estalinistas têm grande experiência na arte da dizimação de povos inteiros e no envio de detractores para a Sibéria.

publicado às 07:14

O Justiceiro em Bruxelas

por Manuel Sousa Dias, em 26.05.14
Factos: Marinho Pinto foi o único bastonário da Ordem dos Advogados que recebeu remuneração. Esqueceu-se de assumir os gastos que a OA suportou com o próprio nos seus dois mandatos. Durante os seus dois mandatos nunca teve um orçamento aprovado.

O ex Bastonário da OA e novo justiceiro da política, reclama agora com a sua eleição que "falta à política portuguesa verdade e transparência" e que "não se pode mentir como se tem mentido em Portugal ao povo português".

Depreendo que Bruxelas seja o melhor lugar para o ex bastonário começar a moralizar a política portuguesa.

publicado às 21:56

In Cauda Venenum

por Fernando Melro dos Santos, em 23.10.13

Sócrates é o parasita perfeito, a prova viva e viçosa de que Darwin acertou em qualquer coisa.


Se fosse vivo, H.R. Giger teria em Sócrates matéria para dois séculos de conceitos.


Isabel Moreira consegue, impune, chamar traidor ao PR. Eu consigo, impune, dizer que isto é um post sobre o filósofo grego. 

 

Vindo a ser coisa diferente, teremos matéria para rir.

publicado às 13:07

A célula terrorista de Bruxelas

por John Wolf, em 17.03.13

O que está a acontecer no Chipre não é um evento de uma terra distante, um local exótico. Está a decorrer na Europa, e não é uma Europa qualquer. Estamos a assistir a convulsões que estão a ocorrer na Eurozona. O Chipre é membro de pleno direito da União Europeia. A terra sagrada que supostamente deveria garantir uma maior segurança económica, social e financeira aos seus cidadãos. A população Cipriota, nativa ou não, foi vítima de um assalto orquestrado. Uma operação congeminada à distância de um abrigo secreto chamado Bruxelas. O rebentamento das guarnições bancárias não foi perpetrada por uma célula terrorista, a partir de um enclave que se poderia chamar Furtistão. O roubo foi aprovado por um conclave de políticos desesperados. A campanha que se inicia no Chipre, demonstra que as marcas existem para ser ultrapassadas, derrubadas por decreto bancário. A pergunta que coloco é a seguinte; o que acontece quando a população nem sequer tem dinheiro para levantar? A população levantar-se-á porque nada tem a perder. Esse é um dado adquirido e parece-me que Portugal é um sério candidato a ser engolido por um fenómeno extremo. Uma corrida aos bancos é um fenómeno de extrema gravidade. Uma corrida aos bancos é a modalidade financeira mais rápida quando a realidade começa a desmoronar. É uma espécie de olimpismo da desgraça do crédito, descrédito. Se uma massa de gente decide proteger o seu património, por mais parco que seja, haverá muito pouco que os políticos poderão fazer para contrariar a fúria das massas. Não me surpreende que tenham escolhido o Chipre para realizar a experiência. Trata-se de uma ilha mal-amada, uma espécie de Alcatraz da economia e política da Europa. Um dos espinhos cravados no alargamento Europeu, pela divisão do poder com a Turquia - um prospectivo membro da União Europeia que tambem traz consigo problemas de outra natureza política. Embora os Eurocratas possam pensar que estão a salvo, protegidos pela distância líquida do Mediterrâneo, o contágio ocorre sem necessitar de suporte ideológico. Estaremos na presença de processos de retoma de equilíbrio, que obedecem a impulsos de natureza física-financeira. Estamos a lidar com instintos de sobrevivência profundamente cravados no espírito de aforristas. Entramos deste modo, em vésperas de feriado Cipriota, numa nova fase de ousadia política. A insensatez, guiada por argumentos que deixaram de o ser, para inaugurar sem pudor, a prática animalesca, regida pela lei do mais forte. Mais forte, mas por pouco tempo mais.

publicado às 15:53

Bruxelas "nas mãos" do Islão

por Pedro Quartin Graça, em 18.08.12

publicado às 07:53

Blogosfera, Parabéns blogosféricos e Em destaque

por Samuel de Paiva Pires, em 07.05.09

1 - O caríssimo António de Almeida celebrou ontem o segundo aniversário do excelente Direito de Opinião. Muitos parabéns e que continue por muitos anos a presentear-nos com os seus postais.

 

2 - Entra para a coluna da direita e colocamos em destaque o novo blog do Henrique Burnay, directamente de Bruxelas.

publicado às 20:46






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