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Não existe tal coisa de caça à multa. Foram os próprios condutores portugueses que de mão beijada entregaram 907 milhões de euros à Administração Central em 2015. Este imposto, esta forma de austeridade, é totalmente voluntário. São os condutores que se fazem à estrada que não respeitam o código de estrada, que gastam mais benzina do que deviam, que bebem quando deviam jejuar, que aceleram onde não devem, que estacionam nos locais reservados a deficientes ou que pisam traços contínuos. Aqui não se trata de ideologia, de partidarite, de esquerda ou de direita. Trata-se de indisciplina colectiva, de falta de civismo, de correr riscos com a vida dos outros. É semelhante ao flagelo dos incêndios, com a diferença de servir a colecta - transgredir é uma fonte de receitas para o Estado. No entanto, as polícias de trânsito não fazem mais do que a sua obrigação. Até parece que as brigadas de trânsito têm meios e mais meios para defender a segurança dos portugueses nas estradas de Portugal. Não é verdade. Os agentes de trânsito são quase voluntários, são quase bombeiros. Por esta e outras razões, são os condutores encartados de Portugal (ou nem por isso) que devem decidir se querem continuar a pagar este imposto. O semáforo fechado é sempre culpa do outro. O lugar do deficiente à mão de estacionar é culpa do paralisado. Não há paciência. Não há pachorra. Arranca. Está verde-tinto.