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A partir de hoje, quando fizerem menção ao "acordo", queiram especificar a qual deles se referem. Teremos vários, pelos vistos. António Costa inaugura uma nova modalidade de buffet político - pica aqui, come acolá, mas é incapaz de apresentar o menu completo. Mais valia ficarem quietos. A grande conquista de Catarina Martins: aumento de pensões na ordem dos 0,3%! Vou repetir: z-e-r-o-vírgula-t-r-ê-s-porcento! Tanta prosápia para parir uma vantagem desta dimensão. Está mais que visto que não teremos um documento único de entendimento político - quase que se poderia prever. Foi só espectáculo para distrair. Raramente chefes de pequenos quintais conseguem partilhar o mesmo grelhador. As sebes tapam a vista. Ninguém quer abdicar dos seus valores sagrados, do seu património ideológico - muito melhor do que os restantes. Acho muito bem que o governo de coligação não entregue a casa a estes desavindos. Que venha de lá um governo de gestão, a prazo, até as próximas eleições. Depois veremos como elas são. Se o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e a Coligação Democrática Unitária formam um PàE - um Portugal à Esquerda para ir a votos. Veremos o que sai dessa Bimbi. Uma matéria consistente para ser apreciada pelos epicuristas políticos, pelos ferrenhos agarrados ao favor partidário lá na autarquia, pelos directores que colocaram os seus filhos nos quadros de cor favorável. Vamos ter uma palette muito interessante. Bloquistas quase socialistas, mas nem por isso. Socialistas confundidos com comunistas e cunhalistas que mais parecem capitalistas. Portugal está cada vez mais interessante - a cada novo acordo.